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Resenha do filme 12 homens e uma setença

Por:   •  16/6/2015  •  Resenha  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  519 Visualizações

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O filme 12 homens e uma sentença se passa nos Estados Unidos, onde 12 homens formam um corpo de jurados, para acompanhar o caso de um garoto acusado de matar o seu pai à facadas.Após serem apresentadas as teorias da defesa e da acusação, esses homens são orientados a se reunirem para definirem se o garoto será absolvido ou não, lembrando que uma vez condenado, este será penalizado com a pena de morte.

Antes de se reunirem o juiz do caso frisa ao juri que a decisão deles deve ser unânime, ou seja, os doze deveriam concordar com a  condenação ou absolvição do réu, e que por isso  deveriam pensar bastante sobre qual seria a opinião deles, pois havia a possibilidade de se condenar um inocente ou de se inocentar um culpado.

Os jurados se deslocam para a sala de reunião e nela começam uma votação, em princípio 11 concordam que o garoto é culpado e o jurado 8 fica receoso de afirmar sobre o fato. Indagado sobre o porquê de sua dúvida, o homem afirma que existe uma grande responsabilidade sob  seus ombros e que por isso deveria pensar de forma mais racional se realmente havia indícios de que o garoto  era culpado.Um dos homens alega que a promotoria apresentou provas cabais e  incontestáveis, que comprovavam a autoria do garoto em relação ao homicídio.

O jurado 8 afirma que as provas não eram tão legitimas assim, a ponto de não poderem ser questionadas, e começa neste instante um processo de reconstrução do fato, afim de fazer com que todos revessem suas concepções a respeito do crime.

Logo após levantar uma tese da possível  inocência do garoto o jurado 8 propõe uma nova votação, conseguindo levantar dúvidas em alguns jurados e assim não obtendo unanimidade dos votos para a condenação do acusado.

O filme vai se desenvolvendo dentro desse contexto, em que o jurado 8 questionando as provas apresentadas e tentando reconstruir os fatos, vai fazendo com que um por um repense o seu posicionamento em relação à condenação réu.

Durante o filme percebe-se que o jurado 8 procura ser racional em sua fala, enquanto um outro jurado usa de sua relação estremecida com seu filho, um argumento para condenar o garoto, percebe-se que neste instante o filme quer passar uma ideia de racionalidade nas tomadas de decisões, que elas devem ser imparciais, mas nunca serão neutras.

E pode-se notar também um discurso de pré-conceito, onde os homens criam a tese de que se o garoto é pobre, morou em uma favela tudo coopera para que ele mate o seu pai.

Ao desenrolar do filme, um a um, começa a repensar sua tese e a contrapor os argumentos que a promotoria havia apresentado e aos poucos vão percebendo que as provas apresentadas eram muita frágeis para punir o garoto com a morte.Assim a cada  nova votação, menos jurados tinham certeza da autoria do homicídio e começavam a ceder as teorias do jurado 8.

Por fim quando na última rodada de votação todos os jurados votam ela absolvição do réu, não pelo fato de o considerarem inocente, mas sim por acreditar que a provas não era suficientes para condenar o réu.

Uma semelhança do filme com a hermenêutica jurídica é que os fatos devem ser analisados de forma mais ampla, que não se deve ater somente a literalidade da lei,o que de fato aconteceu com aqueles jurados, eles não se prederam na essência de sua responsabilidade, mas procuraram enxergar o caso de forma mais ampla.

Assim concluo que este filme apesar de ser de uma época mais antiga, se encaixa perfeitamente nos dias de hoje, uma vez que faz-nos repensar sob qual ótica tem-se olhado as questões jurídicas se é pela razão (provas, conhecimento,persuasão)ou emoção.

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