Resenha do livro Laranja Mecânica
Por: Fillipy R Cruz • 1/5/2015 • Resenha • 819 Palavras (4 Páginas) • 295 Visualizações
Laranja Mecânica (1971) do Inglês John Anthony Burgess é um decorrer de fatos autobiográficos, uma ficção sujeita a realidade atemporal. Para um fim de crítica, sob a ótica da “vítima do sistema”. Revelando uma sociedade tão brutal quanto os grandes infratores das gangues. O livro é narrado pelo protagonista Alex Delarge, um “nadsat” (adolescente). Tudo se inicia basicamente com uma seção de crimes, comissionados por Alex e sua gangue, seus “drugues” formada por quatro homens: Pete, Georgie, Tapado e o próprio. Seguido de estupros, agressões, briga de gangues, violência generalizada e etc. Tendo este dialeto próprio, expressões simbolicamente caracterizadas por ultraviolência e desprezo ao gênero humano. Um exemplo é a expressão “horrorshow”, para se referir a seu bem prazer, naturalmente violento “Qual vai ser o programa, hein?” diz no decorrer do livro.
É denotada nos seus pensamentos a repulsa a sociedade, agredindo um morador de rua ou invadindo a casa de uma “babúcheca velha”, uma busca pela individualidade, caminho que logo o levou ao sistema prisional.
Traído pelo grupo, após longos abusos de poder na gangue, Tapado lhe da um golpe na fonte e Alex é deixado para traz. Condenado a catorze anos de prisão, tendo uma inteligência elevada, combina seu bom comportamento aos serviços religiosos prestados. Sabendo que o Reverendo buscava ser bem visto e boatos de novo tratamento. De toda forma buscando apoio horizontal, fingindo o vertical, espiritual.
Por fim é escolhido para ser inserido no novo programa de reabilitação como cobaia, que lhe prometia voltar a sociedade em duas semanas, tendo por objetivo diminuir a mentalidade criminosa, fazendo assistir filmes de forma que não pudesse desviar o olhar causando náusea, medo e etc. Indagado, doutor reafirma que seria a cura da violência. “Sorriu o Dr. Brannon. - A violência é uma coisa muito horrível. É isto o que está aprendendo. O seu corpo está aprendendo isso”. (p45)
Técnica Ludovico de uma espécie de trauma ao crime, com filmes de horror impondo negação psicológica, causando uma reação, assimilando seu comportamento ao sentimento “correto”, que deveria sentir. Configurando o principio do comportamentalismo de maneira radical e prejudicial. Sistema descrito por Alex como “Um verdadeiro show de horrores”. (p43)
Interpretando nas entrelinhas, podemos perceber dura crítica à cultura religiosa. Principalmente nos diálogos com o Padre dentro da prisão e o seus argumentos iniciais: “A gente foi posto nesse mundo só pra entrar em contato com Deus. Esse tipo de coisa é capaz de esgotar toda a força e toda a bondade de um tcheloveque” (p3).
Mostrando o interesse dentro de todas as esferas, inclusive religiosa, a crítica ao controle Estatal, também a finalidade da pena: “Há muitos problemas éticos difíceis em jogo - continuou ele (Carlinhos)- Você vai ser transformado em um bom menino, 6655321. Nunca mais você vai
ter o desejo de cometer atos de violência ou ofender quem quer que seja, contra a Paz do Estado”. (p40)
Onde o ser humano que é exposto ao interesse, onde o bem “correto” se separa da ética. “Você está passando agora para uma região onde você vai ficar fora do alcance do poder da prece. Uma coisa terrível
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