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Resumo sobre o que é cultura

Por:   •  27/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.267 Palavras (10 Páginas)  •  195 Visualizações

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FACULDADE CATHEDRAL DE ENSINO SUPERIOR

Luciano Thalisson Amarante da Silva

O QUE É IDEOLOGIA?

BOA VISTA-RR

Agosto 2017

Luciano Thalisson Amarante da Silva

O QUE É IDEOLOGIA?

Trabalho apresentado para avaliação do 3º semestre da disciplina de Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso, na turma 3B, Curso Bacharel em Direito.

Orientação: Professor Mauro José do Nascimento Campelo.

Boa Vista-RR

Agosto 2017

1.INTRODUÇÃO:

A autora do livro chama-se Marilena de Souza Chaui, nasceu em Pindorama em 4 de setembro de 1941. É uma filosofa e professora universitária brasileira, é filha do jornalista Nicolau Alberto Chaui e da professora Laura de Souza Chaui. Foi casada com o jornalista José Augusto de Mattos Berllinck, com quem teve dois filhos, que são: José Guilherme e Luciana. Atualmente é casada com Michael Hall, historiador e professor da Unicamp. Esta é também uma das fundadoras do Partido Político PT. Importante salientar que Marilena tem mestrado e doutorado que foi feito na França, tem como linha de pensamento em seus livros, falar sobre a sociedade, ela tem uma linha de pensamento esquerdista. Deve-se frisar que a mesma é ativista, militante, acadêmica. Por fim, Marilena é marxista.

Este trabalho tem o escopo de demonstrar os conceitos de Ideologia de acordo com o livro “O que é ideologia” da Maurilena Chauí, e consequentemente explanar sobre a ideologia aplicada a parte social, cultural e política. Outrossim, é necessário atentar-se sobre as críticas que o filosofo Karl Marx faz em relação as ideologias francesas, inglesas e alemães.

Ademais, a autora a partir dos conceitos empregados pelas ideologias francesas, inglesas e alemães irá criar definições, nas quais ela irá demostrar o seu pensamento sobre ideologia.

2. Compêndio

O tema abordado é muito interessante, pois quando se fala em ideologia muitas pessoas chegam a conclusão de que ideologia é apenas um conjunto de ideias, no entanto, segundo a autora ideologia é um “ideário histórico, social e político que oculta a realidade, e que esse ocultamento é uma forma de assegurar e manter a exploração econômica, a desigualdade social e a dominação política”.  Aristóteles afirmou que para se ter conhecimento total da realidade, é necessário que haja conhecimento também da causa. Sendo assim, este desenvolveu uma teoria, a qual se chama teoria das quatro causas, nas quais as causas recebem os respectivos nomes: Causa material, causa formal, causa eficiente e causa motriz. Segundo Aristóteles, essas causas são hierarquizadas, ou seja, elas não possuem o mesmo valor, diante disso, ele afirmou que a causa menos valiosa é a causa eficiente (causa responsável pela presença de uma forma em uma matéria) e as causas mais valiosas e importante são a causa formal (causa responsável pela essência da coisa) e a causa final (causa responsável pelo motivo da fabricação desta coisa).  Essa teoria levou a uma distinção de duas atividades, que são as atividades técnicas (conhecida como poiésis) e as atividades éticas e políticas (conhecida como práxis), e segundo Aristóteles a atividade práxis é superior a atividade poiésis.  Existe uma teoria geral para explicação da realidade e de suas transformações, que chega à conclusão de que uma teoria exprime por meio de um conjunto de ideias uma realidade social e histórica determinada, e o ideólogo pode ou não estar ciente disto. Sendo assim, a autora conclui que a “ideologia consiste, justamente, em tomar as ideias como independentes da realidade histórica e social, quando na verdade é essa realidade que torna compreensíveis as ideias elaboradas e a capacidade ou não que elas possuem para explicar a realidade que as provocou”.

Ocorre que, o pensamento moderno reduziu a teoria das quatro causas a apenas duas causas, sendo elas: a causa eficiente e a causa final. Já na física moderna, acreditam que existe apenas a causa eficiente, pois não existem causas finais na natureza, e a natureza seria propriamente dita a causa eficiente. No entanto, no plano da metafísica acreditam que existem as causas eficientes e acrescentam ainda a causa final, a qual refere-se a uma ação livre e voluntária. É imprescindível se observar que o conceito de ideologia sofrerá mudanças de acordo com o tempo histórico e os convívios sócias. Sendo assim, percebe-se que a ideologia segue um padrão do momento, na qual ela visa um ideário histórico da época, com o intuito de fazer os cidadãos sigam este ideário.

Surgiu então os homens livres modernos, mais deve salientar que esse conceito de “homem” é subdivido em dois, os quais seriam os homens trabalhadores (seria a mão de obra do burguês) e os homens burgueses (são os proprietários dos meios de produção, eles que geram as condições de trabalhos dos “homens trabalhadores”). Mas é importante salientar que o surgimento dos homens livres e modernos foi de extrema importância para a história, pois a partir de então o homem trabalhador e o homem burguês passaram a completasse, pois, o burguês precisa do trabalhador e vice e versa. Um ponto que chama bastante atenção é que os homens livres constituem a natureza, enquanto os considerados homens burgueses constituem a sociedade. Só que essa diferenciação que ocorre entre os homens livres e homens burgueses são apenas reflexos das condições reais. A partir de então surge dois conceitos do que é “real”, pois o empirismo considera real coisas ou fatos que podemos observar e que o conhecimento desta realidade se reduz a uma experiência sensorial, que pode ocasionar uma formação de ideias em nosso cérebro referente a estas coisas ou fatos. No entanto, o Idealista afirma que, o real são representações ou ideias e que o conhecimento da realidade depende do exame de dados e das operações da nossa consciência, dando assim, um sentido real e existencial para nós.

O termo ideologia apareceu pela primeira na França, logo após a Revolução Francesa (1789), no livro do Destutt de Tracy, Eléments d’idéologie (Elementos da Ideologia), no qual Destutt “pretendeu criar uma ciência de ideias, tratando-as como fenômenos naturais que demostram a relação do corpo humano, enquanto um organismo vivo junto ao meio ambiente”. Diante disto, ele elaborou uma teoria sobre as faculdades sensíveis, as quais seriam responsáveis pela elaboração das ideias, são elas: querer (se resume à vontade), julgar (se resume a razão), sentir (se resume percepção) e recordar (se resume a memória). Esse ideólogo francês fazia parte de um grupo de pensadores materialistas, ou seja, eles só aceitavam causas naturais ou materiais para as ações e ideias humanas, e o interessante é que só admitiam conhecimentos científicos através de uma observação e experimentação dos fatos. Enquanto isso no livro “Influências do moral sobre o físico” Cabanis, ele tenta convencer que o cérebro tem uma forte influência sobre o resto do organismo, em um sentido filosófico, sendo assim, este ideólogo acreditou que a natureza era possuidora das condições para o progresso, e que é a partir dela que a nossa inteligência passa a ter um sentido e uma direção. O termo ideologia passou a ser empregado com um sentido próximo do Destutt de Tracy pelo filosofo Auguste Comte em seu Cours de Philosophie (Curso de Filosofia Positiva), só que cumpre salientar que agora este termo passa a ter dois significados: pois por um lado Comte afirma que a ideologia continua estudando a as formações de ideias a partir de observação entre o corpo humano e a natureza, no entanto, por outro lado, Comte afirma que a “ideologia passou a significar um conjunto de ideias da época, tanto quanto a ‘opinião geral” quanto no sentido de elaboração teórica dos pensadores dessa época”. O termo ideologia aparece novamente no livro do sociólogo francês Émile Durkheim, As Regras do Método Sociológico, e é neste livro que ele afirma que todos os acontecimentos sociais que não respeitarem os critérios da objetividade será ideologia.  Ademais, Durkheim afirma que ideológico são os restos de ideias desenvolvidas no passado.

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