RESUMO DO TEXTO: "O QUE É LIBRAS; CULTURA SURDA"
Artigos Científicos: RESUMO DO TEXTO: "O QUE É LIBRAS; CULTURA SURDA". Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marlonduarte.md • 1/3/2014 • 1.020 Palavras (5 Páginas) • 8.166 Visualizações
O que é a Libras?
Libras (Língua Brasileira de Sinais) é uma língua de modalidade visual-gestual, articulada através das mãos, expressões faciais e corporais. É composta de elementos de níveis estruturais, morfológicos, semânticos, fonológicos e sintáticos. É reconhecida como língua e não como linguagem.
Libras não é uma língua limitada, ela não expressa somente informações concretas, também transmite idéias abstratas. A Língua Brasileira de Sinais não é o Português sinalizado. Um processo de interpretação da Libras para o português ou vice-versa, não pode ser feito por pessoas que conhecem apenas os sinais soltos; é preciso conhecer toda a estrutura gramatical para combinar os sinais de modo inteligível.
Porém a Libras não é universal. Cada país possui sua própria Língua de Sinais, e a cultura local influencia nesses sinais. Como qualquer outra língua, a Libras possui expressões que se diferenciam até de região para região.
A história da Língua de Sinais
A história dos Surdos através dos tempos reflete uma realidade social: a dificuldade pela qual o Surdo passou e que ainda enfrenta para constituir-se enquanto sujeito.
Na antiguidade, os ouvintes, consideravam que os Surdos não eram seres humanos competentes, pois acreditavam que o pensamento não se podia desenvolver sem a linguagem e que esta não se desenvolvia sem a fala. Sem a audição, não se ouvia, não se falava e não se pensava, assim, os surdos não podiam receber ensinamentos. Esse argumento usado por gregos e romanos privavam os surdos que não podiam falar de todos os seus direitos, eles perdiam suas condições de seres humanos e eram confundidos com retardados.
No século XVI, encontra-se a primeira referencia à distinção entre surdez e mutismo, no livro de Rodolfo Agrícola. Ele afirma haver conecido um surdo que havia aprendido a compreender o que era escrito pelos outros e que se expressava por escrito. Nesse mesmo século, o médico Girolamo Cardamo declarou que os surdos deviam receber uma instrução.
O início da educação do surdo nasce com Pedro Ponce de León, o primeiro professor de surdos na história. León se dedicava à educação de Surdos, filhos de nobres. Ao entregar seus filhos a Ponce de León a família tinha como objetivo que ele ensinasse os filhos a falar, pois se não falassem, não receberiam herança.
Juan Pablo Bonet foi um dos primeiros a se aprofundar nos trabalhos de León. Bonet publicou um livro que se diz o inventor da arte de ensinar o Surdo a falar com uma idéia nova e simples. O alfabeto digital era usado para ensinar a ler, e a gramática era ensinada através da Língua de Sinais, o surgimento do livro de Bonet deu início a todos os empenhos futuros de ensinar o Surdo a falar.
Durante os anos seguintes, a propagação de que o Surdo poderia falar espalhou-se pelo mundo. A experiência de muitos educadores de Surdos comprovou que esse método não era suficiente e que a Língua de Sinais era a linguagem natural do Surdo, devendo ser utilizada na educação. Só que, a oralização já se tinha espalhado. Assim é importante conhecer nomes que defenderam a Língua de sinais.
Charles-Michel de L’ Epée foi um dos primeiros a reconhecer que a Língua de sinais existia e servia de base comunicativa essencial entre os Surdos. L’ Epée construiu um sistema que tinha os mesmos sinais usados na ordem do Francês e que também possuía sinais inventados para as palavras francesas. Dessa forma, os alunos conseguiriam sinalizar qualquer texto escrito ou escrever qualquer texto ditado por ele. Fica clara a importância desse educador, que leva em consideração, pela primeira vez, a Língua utilizada como forma de comunicação pelos surdos.
L’ Epée criou o Instituto Nacional para Surdos-Mudos.
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