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SINOPSE DO FILME A RAINHA MARGOT, DE PATRICE CHÉREAU

Por:   •  14/11/2017  •  Resenha  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  1.309 Visualizações

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FACULDADE SÃO SALVADOR

CURSO: DIREITO – MATUTINO – 1ª SEMESTRE

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO

PROFESSOR: RAPHAEL CLOUX

ALUNO: MEACIR GONCALVES DOS SANTOS JUNIOR

SINOPSE DO FILME A RAINHA MARGOT, DE PATRICE CHÉREAU

Esse filme, conta a história da Rainha Margot (Isabelle Adjani) depois de seu casamento com o príncipe protestante Henrique de Navarra (Daniel Auteuil). O filme mostra os propósitos do casamento, as tentativas da família real francesa de manter o trono em domínio de um rei católico, os amores proibidos da rainha e a perseguição aos protestantes durante a cerimônia de casamento. O filme também fala da manipulação dos homens, as tentativas fracassadas de assassinato, palavra em falso do outro que é dito para iludir e enganar. A lealdade a uma promessa de amor, a quebra de uma promessa de honra em nome de salvar a própria vida.

Tudo tem começo em 1572, quando a França está dividida pelas guerras que assolam a Europa. Católicos e Protestantes vem se matando há anos em uma guerra sem fim.

Coroado Rei aos 10 anos, Carlos IX deixa sua mãe Catarina de Médicis, as rédeas do poder. Hoje o almirante Coligny, chefe dos protestantes tem a confiança do rei e tenta induzi-lo a uma guerra perigosa contra a Espanha Católica. Os irmãos do rei, Anjou e Alençon junto com seu aliado o duque Guise, são contra Coligny e a influência que ele exerce sobre o rei.

Para abandonar os ódios Catarina propõe uma aliança para paz: o casamento de sua filha Margot, com Henrique de Bourbon, rei de Navarra, seu primo protestante. Em 18 de agosto, milhares de protestantes, vindo de suas províncias invadiram a cidade para a festa de casamento e se misturaram aos católicos. Os noivos, por sua vez, sequer se conheciam. Aquele matrimônio entre o rei protestante e a princesa católica pretendia simbolizar a paz que o país precisava após uma série de conflitos religiosos envolvendo as duas facções. Porém, longe de trazer a conciliação desejada, as bodas de Henri e Margot foram marcadas por uma grande chacina, ocorrida no dia de São Bartolomeu. Seis dias depois do casamento, milhares de huguenotes foram assassinados por ordens da coroa.

O matrimônio, era malvisto pelas duas facções do reino. Essa tensão fica evidente na cena do filme, a do casamento. A repugnância de Margot por seu cônjuge está estampada no rosto da princesa Valois. Quando questionada pelo arcebispo se aceitava Henri como seu marido, ela desperta do seu estado de indiferença, respira fundo, mas a resposta não vem, o que causa preocupação em sua mãe e irmãos, que assistiam à cerimônia.

Catarina de Médicis foi a figura dominante na infância de Margarida de Valois. A reverência com que a princesa tratava a rainha-mãe era acompanhada por uma pitada de ressentimento, uma vez que Catarina não fazia questão de esconder sua preferência por Henrique, que após a morte do irmão, Carlos IX, se tornou o rei Henrique III. Com o tempo, esse ressentimento se transformou em rancor, devido às suas bodas sangrentas com Henrique de Navarra. Margarida se sentiu usada como uma isca dentro de uma emboscada para assassinar os líderes huguenotes, correndo sério risco de vida. Depois da fatídica noite de São Bartolomeu, ela jamais perdoaria a mãe.

Essa experiência marcou profundamente a vida de Margarida de Valois e deixara sob ela uma impressão muito negativa de sua mãe e irmão, rei Carlos IX. Em todo caso, esse novo casamento coroado pelo banho de sangue provocado pelo massacre de São Bartolomeu deixou Margarida numa situação muito complicada. Alguns dias depois da fatídica noite, ela confronta sua mãe, que queria anular o casamento da filha com base na não consumação carnal da união. Contudo, a princesa estava disposta a permanecer dentro do estado do matrimônio e a proteger o marido, que era mantido prisioneiro no Louvre.

Depois da grande provação pela qual passou, Margarida de Valois pretendia viver a vida da forma como lhe aprouvesse, desconsiderando que com isso estava destruindo sua própria imagem como rainha. Porém, ainda continuava sendo usada pela sua família como um instrumento político, ora a favor do marido, ora a favor da mãe. Ela amava os prazeres da vida e não fazia questão de esconder isso de quem quer que fosse. Em tese, a fidelidade conjugal só era exigida para as mulheres, mas a nova rainha de Navarra decidiu ignorar isso. Suas aventuras amorosas só eram superadas pelas do próprio marido. O rei Henrique nada podia fazer quanto à conduta da esposa, pois era mantido encarcerado pela família dela. Mas quando esse período de cativeiro terminou, em 1576, ele fez questão de ostentar a sua infidelidade, desfrutando dos favores de Charlotte de Sauves, dama do séquito de Catarina de Médicis. Estes casos extraconjugais de ambas as partes não eram praticados com a intenção de provocar escândalo, mas num mundo em que os olhos e ouvidos dos cortesãos estavam atentos ao mínimo deslize cometidos por membro da família real, seria quase impossível esconder relações de adultério, por mais cautelosos que os indivíduos fossem. Para Margarida, essa situação era ainda mais preocupante, pois uma rainha adúltera era condenada à morte.

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