Sentença
Por: José Silva • 3/7/2015 • Projeto de pesquisa • 9.064 Palavras (37 Páginas) • 580 Visualizações
COMARCA DE PORTO ALEGRE
1ª VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL ALTO PETRÓPOLIS
Av. Tenente Ary Tarragô, 735 - CEP: 91225000 Fone: 51-3386-1027
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TERMO DE DEGRAVAÇÃO
Processo nº: | 001/2.11.0046173-4 (CNJ:.0136597-31.2011.8.21.0001) |
Natureza: | Receptação Dolosa e Especial |
Autor: | Justiça Pública |
Réu: | William dos Santos Trisch Cristiano Vasconcelos |
Data da Audiência: | 13/05/2013 - 14:20 |
Presentes: a Dra. Betina Meinhardt Ronchetti, Juíza de Direito, a Dra. Margarida Teixeira de Moras, Promotora de Justiça, o réu William dos Santos Trisch, acompanhado da Dra. Mariana Py Muniz Cappellari, Defensora Pública Substituta, o réu Cristiano Vasconcelos, acompanhado da Dr. Airton Carbonel Licht.
Inquirição de Testemunhas de Acusação:
Raquel da Silva Lopes, do lar. Advertida e Compromissada.
J: Então, Raquel, tu tens algum parentesco ou amizade íntima com qualquer dos réus desse processo? Que são o William e o Cristiano?
T: Não.
J: Não é inimiga, também, de nenhum deles?
T: Não, inimiga não.
J: Promete dizer a verdade?
T: Sim.
J: Então, tu estás sobre compromisso. Eles estão acusados aqui de receptação de um veículo Peugeot que teria sido apreendido em 08 de maio de 2011. Então, é sobre esse fato que nós estamos apurando aqui, saber quem é que tinha esse veículo, em que situação e tal. Então, eu vou te pedir, se tu puderes esclarecer alguma coisa, que tu relates o que tu sabes e depois as partes fazem perguntas, está? Pode falar então.
T: Naquele dia, eu me lembro que o meu marido estava lá na Timbaúva e daí as minhas amigas, que eram as de menor que estavam junto, conheciam o Cristiano, mas eu não conheço, nunca tinha... Só tinha visto de vista, daí a gente pegou uma carona, foi até lá embaixo atrás, nisso veio a viatura e a gente tentou fugir, daí eles vieram de frente e nos pegaram. Só que nesse meio, eles pegaram e deixaram o que estava dirigindo sair para procurar os documentos, depois disso os policiais foram ver que era roubado o carro.
J: Sim.
T: Então, daí nisso o que tinha ficado, que foi o William, que é homem, porque daí nós que era mulher, eles deixaram também nós sairmos, aí eles ficaram com o William, porque eles viram que o outro não voltou.
J: Sim.
T: Mas até então, o Cristiano nunca... Não conhecia, não... E o William, eu conhecia de vista, porque a gente se conhecia porque ele se dava com o meu irmão, só isso.
J: Sim. Ministério Público.
MP: Quer dizer que a senhora estava de carona naquele carro?
T: Isso.
MP: E aí, pelo o que a senhora está dizendo, além do William e do Cristiano, tinha um terceiro elemento?
T: Tinham mais três mulheres.
MP: Tinha mais...?
T: Três mulheres...
MP: Mas...
J: Ela já contou que ela estava com umas amigas e os dois rapazes.
MP: Mas eu estou falando, além dos dois, tinha mais um rapaz?
J: Não.
T: Não.
MP: E quem é esse que a senhora disse que saiu para pegar os documentos?
T: Não, é porque o que estava dirigindo saiu.
MP: Quem era? Quem era?
T: Que é o Cristiano.
MP: Ah, era o Cristiano, entendi que era um terceiro.
T: Não.
MP: Então, o Cristiano estava dirigindo?
T: Estava.
MP: E aí ele saiu quando chegou a polícia, para pegar os documentos para apresentar para a polícia?
T: Isso.
MP: Está. E o William estava do lado dele?
T: Estava no porta-malas.
MP: Estava onde?
T: No porta-malas.
MP: E de quem era esse carro?
T: Não sei. Até porque eu nem conhecia os outros, só as gurias de menor.
MP: Tu não conhecias ninguém?
T: Não.
MP: Tu pegaste a carona porque as tuas amigas pegaram?
T: Sim.
MP: E depois disso, elas não comentaram contigo de quem era o carro?
T: Não. Não, porque a gente sempre ficava na rua, se dava com todo mundo, sempre estava andando de carro para lá e para cá com nossos amigos e tudo. Daí eu desci, peguei a carona com elas e fui até lá embaixo.
MP: E tu não conhecias nem o William e nem o Cristiano?
T: Não, só de vista, o William.
MP: E o que o William fazia na vida? Estudava, trabalhava?
T: Estudava, que eu sabia, estudava só.
MP: E ele não trabalhava em nada?
T: Não... Não tinha, não tem...
MP: Tu nunca tinhas visto o William junto com o Cristiano?
T: Nunca, nunca, nunca.
MP: O William morava perto da tua casa?
T: Mais ou menos, umas duas, três ruas depois, eu acho.
MP: E o Cristiano tu nunca tinhas visto?
T: Não.
MP: E aí quando chegou a polícia, o que foi que eles disseram?
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