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Sociologia

Por:   •  16/5/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.668 Palavras (7 Páginas)  •  252 Visualizações

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  1. Qual é o significado de Polis e política segundo os gregos?

   Polis é a cidade-estado, não como conjunto de edifícios, ruas e praças, e sim como “espaço cívico”, ou seja, entendida como comunidade organizada, formada pelos cidadãos, homens livres e iguais nascidos em seu território, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e isegoria (igualdade de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a cidade deve ou não fazer). Para os gregos, a justiça era tanto um bem político quanto uma virtude individual.

  1. Qual é o significado de politikós e civis segundo gregos e romanos?

   Tanto para os Gregos, quanto para os Romanos, “politikós” são os cidadãos. A palavra deriva de “polis” negócios públicos dirigidos pelos cidadãos que vem da polis: costumes, leis, erário público, organização da defesa e da guerra, administração dos serviços públicos (abertura de ruas, estradas e portos, construção de templos e fortificações, etc..) e das atividades econômicas da cidade (moeda, impostos e tributos, tratados comerciais, etc). Atenas por exemplo, existiam certos critérios para o indivíduo ser considerado cidadão, entre eles: homem, filho de pais atenienses, maiores de 18 anos.

  1. Por que podemos afirmar que os Gregos instituíram a democracia?

   Foi criado na cidade de Atenas um novo sistema político, a democracia, que representava uma alternativa para a tirania, atribuindo o poder ao povo. Esse regime político se caracterizava por todos os cidadãos serem iguais perante a lei e terem o direito de eleger e ser eleitos para os diversos órgãos do governo da cidade. Como os cidadãos podem participar na vida política, não havendo um grupo designado para representá-los dizia-se que era uma democracia direta. Atenas era governada por uma monarquia, caracterizada por uma série de conflitos que deram azo à tomada do poder, através disto, Clístenes instituiu a democracia, priorizando a igualdade de todos perante a lei e alicerçou um conjunto de reformas democráticas. Com estas reformas abriram-se perspectivas para a melhoria das condições de vida dos camponeses e uma maior participação dos cidadãos na vida política.

  1. Em que circunstâncias podemos perceber que a política foi e é desviada do seu real sentido?

   Antes dos Gregos não havia politica, pois os Estados eram governados por reis que se mostravam aos governados como deuses ou escolhidos dos deuses, na chamada Teocracia, onde os reis justificavam seus atos utilizando os mitos. Porém, com o passar do tempo e o desenvolvimento da filosofia, já não era mais possível governar com base nos mitos. Eis que surge Aristóteles, que acreditava que o Estado deveria ser uma associação de homens iguais visando o bem comum, isto é, tudo aquilo que garantisse a sobrevivência dos cidadãos sem interferir na sobrevivência dos demais. A finalidade da vida política, para ele, deveria ser a promoção da justiça entre os homens. Ou seja, a política era algo mais social, que visava o bem de todos, porém “controlada” por poucas pessoas. Podemos perceber, então, que a politica começa a se desviar do seu real sentido quando se torna remunerada. Na nossa sociedade contemporânea, percebemos que a politica é algo muito próximo do capitalismo: troca de favores, corrupção, investimento em interesses privados, entre outros, quando na verdade deveria ser direcionado para população, visando o bem de todos.

  1. Quais são as contribuições mais importantes de Platão para a política?

   Segundo Platão, cada classe social deve ser ensinada de acordo com a sua função, prevendo uma divisão em grupos sociais. A finalidade do Estado como um todo é educar os cidadãos na virtude. Para Platão a polis possui uma estrutura formada por três classes sócias: a classe econômica dos proprietários de terra, artesões, comerciantes, que garante a sobrevivência material da cidade, a da classe militar dos guerreiros, responsável pela defesa da cidade, e a classe dos magistrados, que garante o governo da cidade sob as leis. Sendo assim, Platão afirma que a hierarquia mais aplicada à comunidade é aquela que os sábios legisladores devem governar, os militares, subordinados aos legisladores, devem defender a cidade, e os membros da classe econômica, devem assegurar a sobrevivência da polis. Portanto, a cidade justa é governada pelos filósofos, administrada pelos cientistas, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores, em que cada classe cumpre sua função para o bem da polis.

  1. Cite as contribuições básicas de Aristóteles para a política?

   Aristóteles conclui que precisamos distinguir dois tipos de bens: os partilháveis, que é um bem que pode ser dividido e distribuído, como exemplo a riqueza. E o bem participável, que seria uma qualidade indivisível, não podendo ser repartida e nem distribuída, exemplo o poder político. Existem também dois tipos de justiça, a distributiva, referente aos bens econômicos partilháveis e a participativa, dirigente ao poder político participável, em que a cidade justa irá saber distingui-las e realizar ambas. Para Aristóteles, a justiça política consiste em respeitar o modo pelo qual a comunidade definiu a participação no poder, de acordo com os critérios que mais valoriza e quais regimes políticos são mais respeitados pelos cidadãos. Diferente de Platão que se preocupa com a educação e formação do dirigente político, Aristóteles se interessa pela qualidade das instituições políticas.

  1. Fale a respeito das contribuições de Maquiavel para a política.

    Maquiavel pretendia que o conhecimento político fosse aplicado enquanto ciência do domínio dos homens e que tinha como pressuposto uma natureza humana imutável. Para ele, se há uniformidade nas leis gerais das ciências naturais, também deveria haver para as ciências humanas. Isso foi necessário para manter a ordem dentro do Estado burguês então nascente, que precisava desenvolver suas atividades e prosperar.

   O problema para Maquiavel, entretanto, é saber a quem serve a ciência política e o que fazer para se manter no poder. Apesar de, obviamente, ser um defensor da burguesia, não se sabe ao certo qual a sua preferência de forma de governo.

   Maquiavel lança mão de dois conceitos chaves: virtu e fortuna. Este diz respeito à grande maioria dos homens, é a sorte, o destino a que estão determinados; capazes de fazê-los manter o poder máximo possível e para isso podem matar, roubar, mentir, sem nenhum escrúpulo.

   A diferença entre Maquiavel e os outros cientistas naturais é que estes, ao publicarem suas obras, não relacionam a sociedade de modo geral. Por causa disso, o adjetivo “maquiavélico” significa que “os fins justificam os meios”, ou seja, para se alcançar um objetivo (no caso de Maquiavel, o poder e sua manutenção) vale utilizar-se de qualquer método.

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