Sociologia

1. Defina Sociologia e indique quais fatores influenciaram o surgimento dessa ciência social.

Assim como o próprio enunciado já define, Sociologia é uma ciência profundamente envolvida com a sociedade moderna. Trata-se de uma forma de conhecimento científico originada no final do séc. XVIII e século XIX.

Como toda forma de conhecimento ela reflete a preocupações e as necessidades dos homens de seu tempo. Influenciada por fatores histórios e epistemológicos.

1. Qual a relação da Sociologia e da Antropologia com o Direito. Explique.

Segundo a etimologia, a palavra antropologia significa: Anthropos: homem e Logos: estudo. A Antropologia é a ciência que estuda o homem compreendendo a sua origem, a sua evolução e o seu desenvolvimento nos âmbitos físico, material e cultural. Logo para o Direito, como ferramenta importante, a junção da Sociologia e Antropologia pode trazer uma visão mais ampla em toda sua capacidade, compreendendo as várias culturas, crenças, e acerca disso poder explicar o comportamento do homem nessa passagem.

1. Analise da decisão judicial abaixo e identifique os aspectos que a aplicação do Direito sofreu influência da Sociologia e da Antropologia.

O aspecto sócio-antropológico da decisão em questão é o reconhecimento de um novo modelo de instituição familiar, o concubinato.

1. Exponha as principais características do pensamento sociológico de Émili Durkheim.

Para Durkheim, o estudo sociológico deveria seguir regras específicas, o campo social é um campo distinto, possui características próprias e para ser explorado deve se lançar mão de métodos próprios.

Durkheim propunha que a sociedade deveria ser vista através de fatos sociais. Os fatos são coisas que ocorrem no cotidiano e que de certa forma nos influencia a pensar, a nos comportar de acordo com as regras sociais. Isso cria em nós uma consciência coletiva. Assim, Durkheim enfatiza que os fatos sociais possuem duas características essenciais. A primeira é que eles são exteriores. Isto significa que o comportamento social não procede do próprio indivíduo, mas de algo exterior a ele: a sociedade. A segunda propriedade dos fatos sociais é que eles são coercitivos, ou seja, são impostos pela sociedade ao indivíduo. Assim, quando não seguimos as normas e regras sociais, sentimos a pressão da sociedade sobre nós. Em síntese, propõe estudar a sociedade por meio dos fatos sociais. Esses fatos auxiliam na construção de uma consciência coletiva que faz com que os indíviduos, com sua consciência individual, sintam-se pertencentes ao social

1. Exponha as principais características do pensamento sociológico de Karl Marx.

Karl Marx foi responsável por elaborar uma ampla teoria social cujo escopo fundamental foi compreender a modernidade em sua dimensão econômica. Em sua análise do modo de produção capitalista, ele criticou este sistema econômico que, na sua, visão, era marcado por relações de exploração e alienação. Marx dialogou sobre as principais correntes teóricas de seu tempo. Seu pensamento reflete três fontes básicas: Filosofia alemã, Socialismo utópico e Econômia política. Utilizando destas fontes, Marx desenvolveu uma ciência social que propunha uma grande transformação social, política e econômica da sociedade. Segundo Marx, uma das características do capitalismo é de que a riqueza se acumula nas mãos de poucos indivíduos, que formam uma classe dominante. Essa dominação iniciaria um processo de alienação do trabalhador. Em síntese, crítico da sociedade capitalista. Segundo esse pensador, o capitalismo provocou uma separação do trabalhador de sua força de trabalho. Isso provocou alienação. E, como consequência, o domínio de uma classe sobre a outra.

1. Exponha as principais características do pensamento sociológico de Max Weber.

A produção sociológica de Weber abarca as mais diferentes áreas da convivência social, como a economia, o Direito, a política, etc.

Ao contrário de Durkheim que construi suas teorias sociológicas com base no primado do objeto (fato social), Weber vai orientar toda a sua produção sociológica com base no primado do sujeito (ação social).

A idéia de que o indivíduo é o principal personagem na explicação da realidade social operou uma verdadeira revolução nas ciências sociais.

Desse modo, Weber focava em suas análises as ações sociais entre os indivíduos. Para ele, ação social era toda ação que tinha sentido. E sentido, para esse pensadore era o que motiva a ação. Em síntese, foca suas análise no sujeito integrante da sociedade. Ou seja, nas ações sociais que dotadas de sentido são realizadas pelos indivíduos fazendo com que a sociedade passe a exisitir. A ordem social é válida a partir do momento em que ela é entendida como legítima.

1. Diferencie a concepção naturalis de sociedade da concepção contratualista de sociedade.

Concepção naturalista da sociedade: Autores como Aristóteles, Cícero, S. Tomásde Aquino, Stº Agostinho, Leão XIII, etc, acreditam na origem natural da sociedade, isto é, entendem que a origem da sociedade tem o seu fundamento ou explicação na natural sociabilidade do homem, na tendência natural para o homem conviver com outros homens de modo a satisfazer as suas necessidades e realizar-se como pessoa.

Concepção contratualista da sociedade: Segundo outros autores (Jhon Locke,Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau), a origem da sociedade baseia-se no contrato social. Pare eles, a vida do Homem em sociedade não era natural, mas antes resultava de um acordo de vontades entre os homens. Defendem que, antes de viverem em sociedade, os homens viviam num estado pré-social ou “estado de natureza” (status naturalis), caracterizado por uma vida solitária e errante, sem vínculo comunitário, em que não havia leis nem autoridade. A passagem à vida em sociedade ou ao “estado de sociedade” (status civilis), com regras e princípios de convivência colectiva, processar-se-ia mediante um contrato social ou acordo de vontades, em que os homens prescindiram da vida errante (ou do estado da natureza) em que viviam anteriormente. Por esse contrato social os homens criam um ente regulador da vida em sociedade tendo em vistao bem comum, surgindo, desta forma, o Estado e, com ele, as normas que constituem o Direito.