Tiros em Columbine - Documentário
Por: Rodolfo Skrebsky Teixeira • 20/6/2017 • Abstract • 651 Palavras (3 Páginas) • 295 Visualizações
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BOWLING FOR COLUMBINE
MOORE, Michael Francis. Bowling for Columbine. EUA, 120min, 2002.
“Bowling for Columbine” foi dirigido e protagonizado por Michael Moore, ganhando 6 prêmios no ano de 2002, incluindo um Oscar de Melhor Documentário. Moore, baseou-se no famoso massacre de Columbine, onde os alunos Eric Harris (17) e Dylan Kleboldd (18) em abril de 1999 assassinaram 13 pessoas, para levantar opiniões sobre a cultura americana de armamento. Ele também já dirigiu clipes de bandas, como System of a Down e Rage Against the Machine, além de outros documentários que criticam o ex-presidente americano G.W. Bush (Fahrenheit 9/11, de 2004), e a prática lesiva adotada por grandes empresas (The Big One, de 1997).
Moore traz à tona assuntos variados, dentre eles, a intolerância da sociedade americana, o fácil acesso às armas, a cultura vingativa do povo. Como dito no documentário “a mídia, as empresas e os políticos conseguiram assustar tanto os americanos, que não era preciso ter um motivo para adquirir armamento”. Após um conceito geral de cada fator, o diretor entra em contato com grupos ligados ao tema, incluindo os membros da Associação Nacional de Rifles (NRA), que defendem o porte de armas, pois é a única maneira que se sentem seguros.
Na sequência é destacado a responsabilidade do governo norte americano, que de alguma forma influencia o elevado número de casos de violência no país, pois é uma questão histórica os EUA estarem envolvidos em conflitos armados e tratar isso como se fosse algo comum.
Muitos civis norte-americanos tentam achar algum “culpado” para a situação de caos tamanha era a violência. Citam jogos de vídeo games, desenhos animados, televisão, religião –ou a falta dela–, acesso às drogas, e até mesmo estilos musicais como o de Marilyn Manson, também entrevistado no documentário. Manson mostra-se tranquilo perante a isso, porque ele expõe fatos que mostram problemas muito maiores na cultura do povo, “esquecemos sobre a influência do dinheiro, esquecemos que o presidente estava atirando bombas no mar no mesmo dia do massacre”, disse ele.
Michael Moore desmistifica as teses dos jornalistas, políticos e influenciadores americanos, primeiramente pelo fato de haver em todos os países do mundo as causas de violência citadas por eles. E após isso ter ido ao Canadá, país vizinho com muitas culturas semelhantes à dos Estados Unidos, principalmente a cultura de caça à animais, e resultando disso um número tão abundante de armas também. A grande diferença é apenas cultural, a discrepância de mortes devido a armas de fogo é alarmante, sendo esse número quase zero no Canadá.
Fica visível aos olhos de Moore o fascínio que os americanos têm por armas, quando ele questiona o ex-presidente da NRA, Charles Carter, levantando o caso do menino de 6 anos que atirou em sua colega, também de 6 anos, e recebe como resposta: “os americanos sempre tiveram sangue em suas mãos”. Sem argumentação lógica, nem racional para os conservadores, que idolatram seus líderes e defendem a cultura de guerras.
O documentário tem propósito de fazer com que o espectador reflita sobre as causas principais das tragédias, como exemplo, a de Columbine, a facilidade de adquirir armas e munição no país e a conduta do governo norte-americano estimulando a violência pelo seu histórico.
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