Trabalho sobre Labelling Aproach
Por: ninanani_05 • 1/6/2017 • Seminário • 4.129 Palavras (17 Páginas) • 405 Visualizações
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
Componente Curricular: Seminário: Segurança Pública e Criminologia
Alunos: Jônatas Willian Sartor, Grasiela Port Risson, Daiane, Gabriela Immich Concatto, Taíse Beatto, Eveline Xavier
Professor: Cassio Marocco
Fichamento Resumo Cap. 8
Tema: Labelling Approach
Livro: Criminologia
Autores: Sérgio Salomão Shecaira
Editora: Revista dos Tribunais
Edição: 2009
Referência completa:
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. 384 p. ISBN 9788520333037 (broch.).
Labelling Approach
Parte introdutória
O Labelling Approach, capítulo 8 do Livro Criminologia, de Sérgio Sheicara, é um movimento criminológico que surgiu no ano de 1960, nos Estados Unidos, e foi um marco da teoria do conflito. Esse movimento tem relação com o controle social, pois diversos padrões foram abandonados e foi substituída a forma estática de análise social.
Com este movimento ocorre uma mudança na visão de sociedade, passando a entender que a sociedade não é um todo pacífico, pois é permeada por uma grande crise de valores. Sendo assim, deixa-se de considerar o crime e o criminoso e passa-se a analisar o controle social, como funciona, quais são as consequências e qual é o papel da vítima perante o conflito.
O que se quer é suprimir a política, o povo e seus litígios, porém uma está ligada a outra. Essa ideia corresponde a um ambiente cultural de época que passa então a ser debatida sob perspectivas inovadoras. Portanto, a criminologia passa por uma transformação, desencadeado por fatores sociais que foram importantes para essa mudança, que antes era trilhado por uma criminologia explicativa.
O fermento da ruptura
Depois da Segunda Guerra Mundial
O início da ruptura deu-se após a Segunda Guerra Mundial, com um grande crescimento econômico interno, o qual atingiu também a população americana. No entanto, no plano externo criou-se um conflito chamado de Guerra Fria, que dividiu a sociedade\e americana interna contra o inimigo externo e pelo acesso a bens e a estabilidade, sendo que tal pensamento é chamado de ideologia do consenso.
Em todas as épocas sempre houve delinquência e essa década foi marcada pelo culto às drogas, pelo rock and roll, pela luta das minorias negras, discriminações sexuais e outras, sentimento desencadeado nos anos 50 pela insatisfação dos jovens, que buscavam a verdadeira liberdade e não acreditavam que as coisas iriam melhorar, resolveram mandar tudo para o inferno. Usavam drogas, bebidas alcóolicas, cabelos longos, viajavam em busca de aventura pela conhecida Rota 66. Essa era a nova geração que com uma linguagem própria criou conflitos no próprio idioma.
O psicólogo Thimothy Leary era conhecido como o Pai da Contracultura, pois defendia o uso de drogas como mecanismo da expansão da consciência, o qual, com a anuência do governo, solicita o fornecimento do principio ativo do LSD, para a realização de experiências na própria Universidade. Era um protesto, base do rompimento de valores tradicionais da sociedade. É também nessa época que a maconha se torna um símbolo político de liberdade e desobediência civil, “Fumar Baseado Faz de Você Um Criminoso e um Revolucionário”.
Assim, o movimento se espalha chegando a San Francisco, acreditando na criação do paraíso dos sonhos, baseados no amor, arte e no êxtase. Hippies que fugiram da sociedade industrial e fora viver em comunidades rurais.
Em 1967, acontece o primeiro festival de Rock, surgindo Janis Joplin e Jimi Hendrix como estrelas. Também os Beatles lançam um disco que faz elogios ao LSD e se firmam como músicos transgressores e criativos, sendo que se atribuía ao LSD sua criatividade. Outro fato envolvendo os Beatles é quando Lennnon diz que a cristandade vai desaparecer e que os Beatles eram mais populares que Jesus. E mais tarde Lennon defende um mundo sem fronteira, religiões e parâmetros com a musica IMAGINE.
A utopia hippie, caracterizada pelo prazer, não deixava lugar para injustiças sociais e opressão, pois na marcha ao pentágono foi marcado pelo maior confronto entre estudantes e a força militar, onde a desobediência assume posição de radical atitude política, a oposição a guerra ganha espaço, e o movimento hippie fervilha, chocando o juízo ocidental.
Outro conflito acontece em Chicago, onde a policia reprime manifestações política com grande saldo de mortos. O liberalismo americano já não sabia se era melhor o confronto ou a tolerância, essa dúvida resultou em um grande processo criminal contra os lideres do movimento ali presente, processado por conspiração.
Em 1969, estudantes e voluntários da utopia hippie ocuparam um terreno abandonado da Universidade de Berkeley, transformando-o em um parque público (chamado People’s Park), com fontes de água, playgrounds, concertos de Rock. Temendo o movimento, Ronald Reagan, Governador da Califórnia convocou a polícia que acabou com o movimento. Um estudante foi morto.
O ano de 1968 foi o estopim do movimento jovem contra o Establishment Social, Cultural, Político. Aconteceram muitas revoltas estudantis por todo o mundo. Na França, no histótico Maio de 1968, no chamado Plano Fouchet, Paris foi tomada, transformada em um verdadeiro cenário de guerra civil. Lider do movimento francês, Daniel Cohn Bendit, foi processado, perseguido e expulso da França por dez anos.
No Brasil, à época, a morte de Edson Luiz, estudante de 19 anos, é o estopim para a Passeata dos Cem Mil. O regime militar no Brasil foi frontalmente atacado pelo movimento contracultural ao Establishment.
O movimento no Brasil foi inevitável, e esteve ligada à política partidária, tendo em vista que na época o plano político repressivo misturava-se com a repressão cultural, social, existencial, porque a democracia partidária era reduzida a 2 partidos permitidos no poder: Arena e MDB, os quais apenas legitimavam o sistema vigentes.
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