Uma Resposta à Acusação
Por: Glauber Sepp • 19/9/2020 • Trabalho acadêmico • 801 Palavras (4 Páginas) • 89 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXX-XX.
Processo No : XXXXXXXXXX
Caio (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG nº XXXXXX, e CPF nº XXXXXXXXXXX, residente e domiciliado à (endereço completo), por sua Procuradora que esta subscreve, ante a ação penal promovida pelo Ministério Público Do Estado De XXXXXXXXXXX-XX, sob a alegação de cometimento de crime de Extorsão Qualificada Pelo Emprego De Arma De Fogo, vêm mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base nos arts. 396 caput e 396-A do Código de Processo Penal, apresentar
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Conforme segue:
DOS FATOS:
Tendo sido oferecida a denúncia pelo Ministério Público Do Estado XXXXXXXX-XX em face de Caio, sendo lhe imputado as condutas delitivas descritas no Art. 158 caput e § 1º e 2º, descrito como extorsão, mediante ameaça e violência com emprego de arma de fogo.
Segundo as alegações supra citadas, o acusado, compareceu em 24 /05/ 2019 ao restaurante de Laerton de posse de uma pistola, no intuito de que este quitasse sua dívida imediatamente, e caso contrário, ‘ele pagaria com a própria vida’.
Ocorre que Laerton contraiu de Caio, empréstimo de R$ 20.000,00 ( vinte mil reais), para abrir um minimercado, Dando-lhe em garantia, nota promissória no mesmo valor, com o vencimento para 15/05/2019, que restou frustrado por parte de Laerton.
Caio então, contatou-o educadamente através de ligação telefônica, solicitando que o pagamento fosse efetuado, oportunidade em que o autor da presente ação, garantiu a quitação na mesma semana.
Findo o prazo, o pagamento não foi realizado, vindo então o acusado, em 24/05/2019 acreditando estar de posse legítima da razão, uma vez que as datas acordadas já estavam extintas, e após a expiração da última, alegou o autor estar sem o valor da dívida, pois o estabelecimento não teria lhe dado o lucro suficiente. Caio então, sob violenta emoção, dirigiu-se ao local de porte de arma de fogo, SEM CONTUDO EMPUNHÁ-LA, apenas MOSTRA ao autor que está armado, incorrendo nesse momento, em exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do Código Penal).
DO DIREITO:
Certamente Caio não agiu em conformidade com a lei, porém estava convicto que sim, por haver razões que justificassem sua ação. Neste sentido, faz-se relevante considerar antes da aplicação da pena, quais sejam:
a) Dispõe o art. 65, III,d, do Código de Processo Penal, que a confissão espontânea é causa obrigatória de diminuição de pena; não obstante a Jurisprudência referir-se à espontaneidade, como requisito fundamental de análise prévia para aplicação de pena reduzida, sendo inclusive a confissão, considerada atenuante que se sobrepõe sobre as agravantes; neste sentido, mister se faz sua consideração sem reservas.
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