A Análise Covid - LATAM
Por: Gian Bachstein • 16/9/2021 • Relatório de pesquisa • 795 Palavras (4 Páginas) • 142 Visualizações
ANÁLISE COVID
Para iniciarmos uma análise do impacto da pandemia do COVID-19, mais conhecido como Coronavírus, principalmente em âmbitos econômicos, precisamos primeiramente analisarmos os países mais impactados.
Inicialmente, a China foi considerado o epicentro da pandemia global, e sendo a 2° maior economia do mundo, impactou diretamente e imediatamente a economia de todo o planeta. O país, que produz tanto bens inferiores como bens superiores, que vai desde a produção de roupas, brinquedos e comida, até a produção de produtos de alto tecnologia como maquinário, celulares, semicondutores e algo que foi essencial durante essa pandemia: materiais de apoio a centros médicos, como respiradores, máscaras e luvas. Dentro desse cenário, a China focou boa parte de sua produção nesses materiais essenciais, e fábricas de outros bens tiveram redução e até uma completa parada em suas redes.
É importante notarmos, que em um cenário catastrófico e inédito, como esse, tivemos pouco tempo para se preparar, e muita coisa acabou sendo de forma errônea. Isso fez com que muitas companhias tivessem dificuldade para a sua adaptação, levando a falência de diversas áreas.
Para alguns setores, manter um nível anterior ao impacto de uma pandemia seria impossível, pois demandaria um deslocamento de pessoas, e isso seria impossível de acontecer. Para outros setores, como por exemplo o de vendas, o seu funcionamento poderia ser substituído quase imediatamente e inteiramente por um sistema online. Por isso, para analisarmos os impactos negativos e positivos, precisamos olhar os motivos para que tal setor tenha performado tão mal, ou tão bem, independente da crise causada pela pandemia.
Primeiramente, para a empresa, e consequentemente o setor que mais foi impactado na pandemia, resolvi escolher a LATAM Airlines Group (companhia aérea). Esse setor, como notei anteriormente, foi severamente impactado pela falta de mobilidade das pessoas, sendo impossível de ser substituído por outras formas de serviço. Essa companhia, em específico, atende principalmente os países da America Latina, cuja pandemia perdura até os dias atuais, fazendo com que ela ainda sofra com as restrições impostas pelos governos e até mesmo pela falta de confiança das pessoas para realizar viagens.
Segundo uma pesquisa da The International Air Transport Association (IATA), o setor aéreo teve uma perda estimada de 84.3 bilhões de dólares apenas em 2020, com uma redução pela metade das receitas das empresas (de 800 bilhões para 400 bilhões), sendo esse ano foi considerado amplamente como o pior ano da história para o setor.
A LATAM, em específico, registrou perdas de US$ 4.6 bilhões no ano de 2020, com um prejuízo de US$ 962 milhões apenas no último trimestre. A receita do quarto trimestre do ano foi US$ 897,5 milhões, uma queda de 68.7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda de receita de passageiros foi de 81.6% e na oferta da empresa de 67%.
Já a receita total de 2020 chegou a US$ 4.3 bilhões, um declínio de 58.4% comparado a 2019, no período pré-pandemia.
A queda total do ano levou a companhia a operar com 33% da sua capacidade em diversas áreas, e as perdas operacionais no ano foram de US$ 1.6 bilhão. Os resultados da empresa foram tão negativos, que em 26 de maio de 2020, a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, e em sequência fechou suas operações na Argentina. Tudo isso evidenciando como o setor, e a empresa, foram severamente impactados pelo COVID-19.
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