A Culture Of Growth – Joel Mokir

Resenha

A Culture Of Growth – Joel Mokir

Vinícius Ferreira Soro – RA: 178235
Murilo Bridi Ferraz  - RA: 174962

        Nos dois capítulos analisados o autor introduz e analisa a importância de dois empreendedores culturais importantíssimos para o período pré Revolução Industrial. Um empreendedor cultural é um criador de “formas de pensar e analisar” o mundo. O meio para alcançar seu objetivo é formulando uma doutrina coerente com o que seus seguidores acreditariam e aceitariam, e não os forçando a seguir uma doutrina incoerente com suas crenças e como o mundo a sua volta.
        O primeiro empreendedor analisado é Francis Bacon. Bacon, chamado de “Filósofo da Ciência Industrial” teve um grande impacto na cultura, afetando diretamente o crescimento econômico dos países Ocidentais, principalmente a Inglaterra. Na sua visão, o desenvolvimento econômico estava fortemente atrelado à integração entre conhecimento da história natural e a ciência. Seu modo de pensar era um choque ao pensamento aristotélico – pensamento predominante em sua época -, que distinguia veemente objetos naturais e artificiais. O Baconianismo pregava o casamento entre o empírico e o racional, estreitava os laços entre a filosofia natural e o artesão/fazendeiro. Para Bacon, o objetivo da ciência era prover novas descobertas e recursos para a vida humana, por isso defendia que a ciência, no geral, focasse na descoberta de conhecimento útil, que é o conhecimento que busca inovações.
        Apesar de ter sido um péssimo cientista – não conseguiu pesquisar nada de fato relevante e original -, o que marcou a carreira de Francis Bacon foi o seu modo de pensar. Para Kuhn, o método experimental por ele utilizado em seus trabalhos complementou as ciências clássicas. Era mais visto como um pensando sintético, pois teve êxito em juntar algumas ideias avulsas através de um trabalho intelectual coerente. Substituiu a estrutura lógica da escolástica pela “caça” a novos fatos. De acordo com seu ponto de vista, a ciência é um produto de interação entre o homem e a natureza produzindo fatos e dados.
        Seu trabalho foi ponto de partida de muitos pensadores por 2 séculos. Um de seus principais seguidores foi a Royal Society, que financiava estudos em diversas áreas com o intuito de conseguir mais conhecimento útil, como por exemplo um estudo sobre a plantação de batatas e como aumentar sua produtividade, visando erradicar a fome.
        A ciência influenciou a economia como Bacon imaginava. Principalmente ao criar pontes entra a ciência e a Indústria, revolucionando-a. Os efeitos econômicos de seu pensamento permaneceram por décadas e irromperam na Revolução Industrial e nos subsequentes processos de mudança tecnológica. Para Bacon “coletar dados e informação do mundo físico nos levaria ao progresso social”.
        O Ethos que Francis Bacon infundiu na sociedade moderna, de que ela é inerentemente relacionada ao desenvolvimento social, continua na nossa estrutura. A Ciência é um produto de interação entre homem e a natureza, produzindo fatos e dados. Conhecimento é uma atividade coletiva, um fenômeno social, pra ser organizado e distribuído, e seu propósito é ser usado para alcançar progressos materiais.

        O outro empreendedor cultural analisado é Isaac Newton. Considerado um gênio por muitos, e também uma personalidade capaz de mudar o pensamento de sua época e de tempos posteriores. Newton é tratado como peça fundamental para o desenvolvimento tecnológico subsequente a ponto que desenvolve técnicas e ferramentas - como a mecânica e o cálculo - e também materiais usados, principalmente, na Primeira Revolução Industrial. O cientista não é considerado de fato precursor da Revolução Industrial, mas sim um grande contribuinte nas mudanças necessárias para que fosse possível a Revolução.

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