A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO
Por: Cleide Sousa • 24/10/2017 • Resenha • 1.153 Palavras (5 Páginas) • 271 Visualizações
MAURICE DOBB
EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO:
CAPÍTULOS IV, V, VI, VII, VII, VIII
Marx tratou do capital mercantil no decorrer de suas posições históricas e indicava que esta apresentava uma relação puramente externa quanto ao modo de produção, que permanecia independente e intocado pelo capital, sendo o mercado apenas o homem com responsabilidade de recolher os artigos produzidos pelos camponeses para ganhar a diferença de preço entre as variadas zonas produtoras. A dependência da produção ao capital e o aparecimento desse arrolamento de classe entre capitalista e produtor devem ser afrontados como um relevante divisor entre o antigo modo de produção e o novo.
A agricultura do século XVI sofria uma transformação importante, embora parcial. Houveram grandes investimentos feitos pelos mercadores urbanos na compra de propriedades rurais.
O alargamento da produção capitalista pode ser descoberto amadurecido em data bem anterior em virtude do advento precoce das cidades flamengas, séc. XII início do século XI, de uma classe errante, sem terra, sem recursos e concorrendo emprego.
Na batalha entre os percussores da nova indústria do campo e ao comando dos governos urbanos, a influência da monarquia alongou-se a favorecer as cidades e o antigo regime industrial, em parte, em benefício dos princípios de conservadorismo, do desejo de manter a estabilidade na ordem.
Quanto à acumulação do capital e o mercantilismo, tivera uma mudança na forma de concentração de propriedade por uma classe social através da compra de propriedades de outras classes, além da existência de lucros extraordinários, inflação de lucros, compra de propriedades numa época de crises a preço barato para venda posterior. Os proprietários da terra deveriam torná-la barata, ou indesejada pelos seus possuidores num primeiro período e depois mais caros, num segundo momento. A intenção era desvalorizar um bem num período e valorizá-lo relativamente em outro. Ocorre como resultado de política deliberada pelo Estado, e como incidente na queda de uma antiga ordem da sociedade, o que tenderia a apresentar o efeito duplo de enfraquecer e empobrecer os associados ao antigo modo de produção e proporcionar à burguesia uma oportunidade de ganhar certa medida de poder político, graças ao qual poderia influenciar a política econômica do Estado.
As condições para a concentração da propriedade foi o próprio declínio do modo de produção feudal. Se essa própria desintegração tinha que ser a alavanca histórica para iniciar o processo de acumulação de capital, nesse caso o crescimento da produção capitalista não poderia por si só prover o instrumento principal de tal desintegração. Era preciso que decorresse um intervalo, durante o qual o pequeno modo de produção, legado da sociedade feudal, estivesse sendo, ele próprio, parcialmente rompido ou então subordinado ao capital, e a política do Estado se modelasse por novas influências burguesas num sentido favorável aos objetivos burgueses. A nova sociedade tinha de nutrir-se da crise e decadência da ordem mais antiga. Já no segundo processo, houve um endividamento de hipotecas dos senhores feudais ingleses, o que facilitou o processo de transferência de propriedade.
A acumulação de capital no momento mercantilista para a expansão dos mercados foi uma pré-condição para o desenvolvimento da produção e do investimento. Para Adam Smith era imperioso uma regulação do preço de compra dos bens com o preço de venda. O conceito central era praticar a acumulação primitiva do capital que seria empregado para financiar o crescimento e desenvolvimento da indústria. De um lado os lucros fáceis com a exploração do monopólio de mercado, de outro a exploração da mão-de-obra industrial assalariada.
Em que pese o crescimento do proletariado, a acumulação primitiva de capital nada mais era do que o processo histórico de divorciar o produtor dos meios de produção. Para Marx a reserva de mão-de-obra fortalecia o crescimento da indústria, fortalecendo assim a acumulação de riqueza do capitalista. A principal marca capitalista capitaneada pelo estado era o recrutamento forçado da mão-de-obra para suprir as necessidades dos capitalistas. O resultado desta politica desfavorável aos trabalhadores era traduzido como politicas desumanas de escravização ao trabalho.
De inicio, essa acumulação se deu através da pirataria, do roubo (acumulação mercantil), dos monopólios e do controle de preços praticados pelos Estados Absolutistas, tendo estes no "comando", a burguesia. O autor observa que o capitalismo pode ser caracterizado de três maneiras: pelo espírito capitalista, isto é, o ideal da busca pelo lucro presente no imaginário do burguês; pela produção de um excedente para um mercado distante ou, por fim, pelas relações de produção.
A essência da transformação estava na mudança do caráter da produção que, em geral, associava-se à utilização de máquinas movidas por energia não humana e não animal. Uma característica desse processo de equipe foi a extensão da divisão do trabalho a um grau de complexidade jamais testemunhado, e sua extensão, além disso, a um grau inimaginável dentro do que constituía - tanto funcional quanto geograficamente -, uma única unidade ou equipe de produção.
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