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A História Clássica e Neoclássica da Economia

Por:   •  25/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.123 Palavras (9 Páginas)  •  237 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: História da Economia

Atividade: Individual I

Título:  A História Clássica e Neoclássica da Economia

Aluno: FHP

Disciplina:  Introdução a Economia 

Turma: T0136_0917

Introdução

        Discorreremos a apresentação das principais característica e semelhanças dos grandes estudiosos da economia das Escolas Clássicas, Neoclássicas e Keynesiana. Esses estudiosos foram ao longo do tempo determinantes em suas análises e teorias desde o Iluminismo que nasceu no auge das Eras das Luzes entre os séculos XVII e XVIII. Antes desse período, o Absolutismo era um sistema comum entre os países europeu onde a monarquia tinha o poder absoluto sobre a nação independente de outra organização de modo a concentrar todos os poderes em suas mãos. Com as expansões comerciais, houve uma dicotomia e a classe burguesa começava a ditar os rumos da nova era e as políticas tradicionais, sociais, econômicas tiveram que ser ajustas a essa nova classe sedenta por praticar comercio, novos negócios, fase conhecida pelo Mercantilismo, onde o poder do estado era medido pela quantidade de metais preciosos que possuíam.

        A Revolução Industrial teve um papel determinante na contribuição da mudança do conceito de mercado, o mesmo foi marcado pela alienação do trabalhado pois o trabalho artesanal que maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia deu espaço ao novo conceito do trabalhador produtivo e parte de uma etapa do processo produtivo com o uso das máquinas e remunerações assalariadas.

        Com a corrente do Iluminismo, duas novas interpretações econômicas foram estabelecidas a Fisiocracia e a Liberal. Os pensadores Fisiocratas desconsideram o potencial das máquinas como parte do aumento produtivo, pois consideravam que a maior riqueza econômica era provida pela terra e essa era a única fonte de riqueza e não aos metais preciosos.  Por outro lado, os pensadores Liberalistas eram voltados a macroeconomia e para as políticas voltada aos saldos favoráveis da balança comercial. De tal forma com a força do estado se concentravam no acumulo de materiais preciosos e através de protecionismos deveriam proteger e restringir as importações e incitar as exportações. Como resultado, essa ideia resultou em um nacionalismo excessivo e com guerra e protestos, a política econômica mercantilista aumentou ainda mais a ação do estado nas negociações.

        

Características principais da Escola Clássica

        A Escola Clássica é fundamentada e nasce sob a Influência do Iluminismo, baseada em ideias do grande pensador Inglês John Locke (1632-1704).

Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos os homens, cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa; a esta ninguém tem direito senão ele mesmo. O trabalho de seu corpo e a obra de suas mãos, pode dizer-se, são propriamente dele. Seja o que for que ele retire do estado que a natureza lhe forneceu e no qual deixou, fica-lhe misturado ao próprio trabalho, juntando-se lhe algo que lhe pertence, e, por isso mesmo, tornando-se propriedade dele.”   Bezerra (2008, p.27) 

        

        O pensamento clássico se desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX. Desse modo centra suas reflexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela Revolução Industrial. Os clássicos alteram mais uma vez a noção de riqueza. Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determinam a prosperidade de uma nação, mas, sim, o trabalho humano. Em seu livro a Riqueza das Nações, ele fundamenta os conceitos de propriedade privada, liberdade de empresa, contrato e câmbio, criando a Expressão:

                “Mão Invisível” a qual representa as forças que fazem o mercado atingir seu ponto de equilíbrio, sem qualquer intervenção do Estado

         Em consequência, qualquer mudança que aprimore as forças produtivas estará potencializando o enriquecimento de uma nação. A principal delas – além da mecanização – é a divisão social do trabalho, amplamente estudada por ele. A escola também aborda as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital.

        Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o conceito de racionalidade econômica, no qual cada indivíduo deve satisfazer suas necessidades da melhor forma possível sem se preocupar com o bem-estar da coletividade. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith, os homens, conduzidos por uma “mão invisível”, acabam promovendo um fim que não era intencional.

        Esta questão do valor do trabalho também será endossada por David Ricardo que também o colocará como determinante do valor de troca. A Teoria de Ricardo é a de salários de subsistência, porém com o passar do tempo ele revê essa ideia e admite que “os salários poderiam ultrapassar esse nível mínimo, por um período indeterminado, desde que a sociedade estivesse em rápido desenvolvimento”. Este adendo ficaria conhecido como a teoria do fundo de salários. Esta teoria é válida para bens reproduzíveis.

As características da Escola Clássica são o liberalismo econômico, o individualismo, o valor do trabalho, e a distribuição de renda.

Características principais da Escola Neoclássica

        E escola Neoclássica tem uma forte incidência na revolução Marginalista a partir de 1870, onde seu foco era o com o equilíbrio geral e a independência do sistema econômico expandindo e estruturando o mercado com livre arbítrio e pratica da concorrência em todas as camadas. Focada nas decisões e principalmente na relação lucro e suas margens, passam a se estudos as relações entre dos sistemas produtivos e as demandas pessoais que o sistema gera.

        Nasce então o conceito Escassez: Falta ou a pouca quantidade de um produto aumenta seu valor de acordo com sua escassez – teoria da procura e da oferta.

Para Smith, Bens econômicos são bens escassos, e o valor desses bens aumenta de acordo com sua escassez. Bezerra (2008, p.27)

        

        A preocupação da Escola Neoclássica situava-se na alocação dos recursos com a consequência da Teoria da Utilidade Marginal e da Teoria dos preços, assim como abrangia o equilíbrio da inflação e a relação da oferta e demanda elaborando estratégias para analisar a formação de preços buscando interação entre o consumidor e as empresas assim equilibrando o mercado.

  • Teoria da Utilidade Marginal:  Para Alfred MarShall (1842-1924), definia o valor de um produto como forma e capacidade de atender e satisfazer as necessidades dos consumidores, sua ideia baseava no princípio marginal, ou seja, o foco passa a ser a margem de lucro, que é o ponto em que as decisões são tomadas
  • Teoria de Preços: Com a teoria dos preços, as análises e forma como precificam, ou seja, a interação leva em conta os interesses e necessidades dos consumidores para determinar o volume produtivo e consequentemente os seus custos que devem ser compatíveis com o equilíbrio do mercado.

        

Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica

        

        Ambas Escolas Clássicas e Neoclássicas, tem poucas diferenças entre elas e o que se assemelham são os papeis que cada um influenciou na economia. Sendo as seguintes semelhanças entre elas:

  • Liberdade Comercial
  • Livre concorrência
  • Flexibilização do Trabalho

Características da Teoria Keynesiana

        A Keynesianismo como é chamado a sua teoria, tinha como objetivo ideias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir e equilibrar o pleno emprego. Seu ponto de vista era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma a garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto poderia provocar o aumento da inflação.

        O keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante.

        A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.

Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal

        Na Escola Liberal mostravam as grandes causas de desemprego aos fortes monopólios e concentração de muito com poucos, como os sindicatos.

        

        Na escola clássica o estado deveria manter-se, tanto quanto possível, à margem da atividade econômica, ao contrário Keynes propõe um estado atuante capaz de gerar desenvolvimento.

        No Keynesiano, o Capitalismo defendido não tinha sucesso devido a insuficiência de demanda, ou seja, desiquilíbrio na oferta-demanda.

        Para os Neoclássicos defendiam que ‘’A oferta gera a sua própria demanda” e a decisão é independente a compra, e não a venda. O nível de emprego deixa de ser determinado pela alta procura da oferta e demanda de trabalho, passando ao regimento do princípio da demanda efetiva.

Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria Liberal

        

        

        Para a alternativa para a crise atual é o seguimento da escola Neoclássica, pois é uma liberdade à livre concorrência e liberdade econômica com menos intervenção dos estados, pois o estado deve somente atuar na proteção de propriedades privadas e ser um intermediador para aplicar regras ao mercado.

         O Estado não deve intervir em políticas macroeconômicas através de não intervir no setor privado, não deve intervir na criação de demanda.

        

        O Grande exemplo que temos foi a intervenção do Estado em 2008 em programas sociais, pois para estabelecer uma acessibilidade a renda e programas sociais, o estado acabou criando uma crise sem precedentes.

        Agora através de uma política menos intervencionista e mais transparentes, o setor privado sendo preservado, tais benefícios já podem ser vistos nos indicadores e o processo está sendo revertido com a queda de emprego, ascensão do PIB, inflação com tendência as quedas a patamares raros.

Conclusão

Baseado nos estudos acima, tivemos a oportunidade de analisar e entender as teorias e características de cada Escolas, desde a Clássica passando pela Neoclássicas e as teorias defendidas por cada corrente de pensamentos.

Até o presente momento a história tem se repetido em diversas crises do sistema capitalista, vimos que quando a crise surge seja por intervenção internos ou externos, o Estado surge no aparelhamento e no socorro em razão de um interesse maior para a população e preservação da propriedade privada. Tais intervenções já presenciamos que podem ser bem-sucedidas ou vimos que houveram intervenções malsucedidas, refletindo os problemas e permeando em todos os âmbitos, produtivo, emprego e econômico.

Como citamos acima, o Governo Brasileiro interveio de forma não transparente no governo de 2002 a 2014 com diversos incentivos a programas sociais para trazer um equilíbrio de renda a sociedade, porém não houve um critério em contrapartida para estimular e equilibrar as finanças do estado e tais problemas foram agravados por problema da globalização.

Referências bibliográficas

BEZERRA, Rogério Sobreira.  Introdução a Economia (apostila). Rio de Janeiro: FGV, [ca. 2008].

FLÓRIO, Antônio Simões. Origem da Escola Clássica. [S.l.: s.n.].

REVOLUÇÃO Industrial. Única. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial.php>. Acesso em: 23 out. 2017.

TEORIA Keynesiana. Única. Disponível em: <http://www.economiabr.net/teoria_escolas/teoria_keynesiana.html>. Acesso em: 23 out. 2017

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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