A Moradia Acesso Para Todos
Por: mariahsf1 • 17/6/2023 • Artigo • 718 Palavras (3 Páginas) • 83 Visualizações
DAVID RICARDO
CONTEXTO HISTÓRICO: revolução industrial (pós Smith), valorização da ciência (iluminismo). Um capitalismo industrial é focado já na produção e quantidade de horas de trabalho (mais valia), e o reflexo disso nas classes sociais.
- proprietários de terra X os capitalistas (donos do capital)
- do outro lado temos os trabalhadores. conflitos de classes com a “classe dominada/explorada” - os trabalhadores
-> apesar de viverem na mesma época, os dois estavam em lados opostos dentro da classe dominante.
- ambos verificaram que existia sim uma exploração dos trabalhadores, mas é importante lembrar que enquanto membros da classe exploradora, as suas teorias não visavam beneficiar a classe trabalhadora, mas em certa medida buscava justificar essa exploração.
→ Ricardo tenta elaborar uma teoria que explicasse de onde vinha a renda… o lucro como um todo
– As principais questões teóricas em que as ideias de Ricardo e Malthus divergem são quanto a Teoria do Valor e a Teoria da Superprodução.
Ricardo apresenta como problema central da Economia Política a dificuldade de determinar as leis que regem a distribuição (de renda) dos “atores” envolvidos na produção de determinado bem. no caso de Ricardo, ele falava especificamente sobre o produto da terra (proprietário de terra, dono capital e os trabalhadores)
* PRODUTO LÍQUIDO PARA RICARDO: importante ter em mente que para ele o produto líquido é todo valor excedente criado pelo trabalho, que poderia ser destinado aos lucros ou à renda da terra.
-> BASE ECONÔMICA DO CONFLITO ENTRE CAPITALISTAS E PROPRIETÁRIOS DE TERRA
* como todos os teóricos clássicos da economia, Ricardo associava prosperidade econômica com acumulação de capital.
lucro -> aumento do capital -> maior demanda de mão de obra -> aumento do salário -> aumento da população (ciclo que permitiria crescimento econômico, prosperidade geral e salários acima do nível de subsistência).
* Isto estaria sendo ameaçado por causa da diminuição da produtividade das terras, o que, segundo a teoria de Ricardo, fazia a renda da terra diminuir os lucros.
-> É importante aqui, lembrar que a Lei de Importações fazia com que a produção de cereais fosse focada dentro do território inglês. desse modo, mais terras “marginais” era usadas para produzir cereais; porém a necessidade do uso cada vez maior de terras não tão produtivas acabava por comprometer os lucros e afetava os preços. Essa situação, de acordo com Ricardo, acabava por comprometer toda a estrutura que permitia o desenvolvimento econômico - o lucro/acumulação de capital, o que afetaria a possibilidade da geração do bem estar social (linkar isso aqui com a famosa ideia de deixar o bolo crescer para depois dividir).
É importante destacar que Ricardo propõe em seu modelo que a renda da terra não era diretamente responsável pela compressão do lucro, mas sim o aumento dos custos do trabalho.
concorrência -> lucro -> igualar taxas de lucro -> nível constante de preços médios -> taxa de lucro uniforme
- Para Ricardo, o cultivo de áreas pouco férteis, resultado da Lei de Cereais, fazia com que o lucro do setor agrícola diminuísse e, como em seu modelo ela defendia que isso obrigaria a diminuição do preço dos produtos inclusive dos agrícolas e dos industrializados, para restabelecer um nível médio (para baixo), o que diminuiria a margem de acumulação e, por consequência levaria a um menor crescimento econômico e diminuição do bem estar estar social.
A IMPOSSIBILIDADE DA SUPERPRODUÇÃO
Outro ponto em que Ricardo e Malthus discordavam era no que tange a superprodução. Enquanto Malthus argumentava que a demanda agregada insuficiente era a causa da superprodução, Ricardo argumentava que subsidiar o consumo improdutivo não traria lucro de forma alguma ao capitalista. Para este teórico, seriam as leis de oferta e de demanda que ajustariam de forma automática os preços e a composição do produto agregado.
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