A Transição 2018 para 2019 Por: Yoshiaki Nakano
Por: vicosta08 • 18/4/2020 • Dissertação • 1.731 Palavras (7 Páginas) • 126 Visualizações
Disciplina: Economia
Gestão Financeira
A Transição 2018 para 2019
Por: Yoshiaki Nakano
Com base no artigo "A transição de 2018 a 2019" de Yoshiaki Nakano, analisamos vários problemas políticos expostos em nossa realidade política atualmente. Após as instabilidades que a ordem política brasileira pós- impeachment, aparentemente a economia brasileira tem mantido certa estabilidade, comparado a crise que iniciou-se no primeiro semestre de 2014, devido a recessão econômica levando a um recuo no Produto Interno Bruto (PIB) por dois anos consecutivos. O PIB nada mais é que a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. Ele é considerado um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região.
Para melhor entendê-lo a macroeconomia ocupa-se do estudo do funcionamento da economia e seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada, mas que ao mesmo tempo permita conhecer o nível de atividade econômica de determinado país ou de um conjunto de países e atuar sobre ele. Há três problemas principais presentes na macroeconomia: O desemprego, a alta inflação e o baixo crescimento do Produto Interno Bruto, quando o PIB está baixo é sinal que o País não está crescendo.
Já os seus objetivos são: altas taxas de crescimento econômico, alto nível de emprego, estabilidade de preços, ou seja, inflação controlada e o equilíbrio nas transações externas.
Mas, vale ressaltar que raramente observou-se períodos em que os quatros objetivos da macroeconomia foram atingidos ao mesmo tempo, na realidade, a maioria dos países se deparam com a necessidade de escolher um objetivo prioritário.
O novo governo enfrentará a fixação de um teto constitucional de gastos públicos, a aprovação pelo Congresso Nacional da reforma trabalhista e o envio de uma proposta da previdência, situação fiscal extremamente difícil e mudanças na metodologia de reajuste no salário mínimo.
Mas realmente será possível realizar todos essas reformas? Visto que o Brasil segue uma Regra de Ouro que diz que o governo não pode se endividar para financiar despesas correntes. Então analisamos que as despesas do governo estão crescendo, seja com: salários, pagamentos da previdência,materiais para hospitais.
Após a nova classe média tomar consciência da corrupção que reina no setor público, tudo se tornou mais difícil para o governo, pois o povo exige o que tem por direito, exigindo melhorias na gestão de serviços públicos. Além de eles perceberem as vantagens que o funcionário público tem em relação ao trabalhador do setor privado.
O autor Yoshiaki Nakano, professor e diretor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP), impõe uma opinião firme e que me chama bastante atenção, quando relata sobre a situação fiscal brasileira, acredito que seja uma das principais causas expostas na realidade econômica de nosso País, a falha que acontece nessa área, acarretou grandemente para dar oportunidades para a corrupção política.
A política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Sobre os resultados na Política Fiscal:
Podem focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal, em particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por exemplo, o resultado nominal apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta. Já o resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.
Essa política tem uma grande responsabilidade fiscal, para que o uso dos recurso públicos sejam equilibrados visando a redução da dívida líquida com o percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Sendo mais específica a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade
Enfim, com base nas pesquisas não só a situação fiscal está extremamente difícil, mas sim cumprir a regra constitucional de teto de gastos. Desta forma, obrigatoriamente o novo governo terá que fazer um conjunto de reformas constitucionais para mudar a trajetória crescente dos gastos ditos obrigatórios.
Caso isso não ocorra, seguiremos para ingovernabilidade, podemos utilizar o Rio de Janeiro como um exemplo de um futuro Brasil, onde criaram um quadro para revoltas populares, polarização política sem precedentes e violência crescente.
Uma solução para todos esses problemas encontrados em nossa política brasileira é a própria escolha do povo, precisamos eleger um governo disposto a fazer reformas e ajustes duradouros. Se a sociedade brasileira não for capaz de tomar esta decisão de convocar uma liderança com disposição e valores morais para fazer mudanças profundas e dolorosas que são necessárias, infelizmente, caminharemos para um descontrole econômico, social e político. Mas vale ressaltar que a responsabilidade para a melhoria na política, não cabe só a sociedade, mas também em quem o povo acredita, que possam melhorar e suprir a necessidade em nossa realidade pública, sejam elas: políticas, econômicas, fiscais, sociais.
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