A cooperação empresarial como instrumento de afirmação económica das pequenas e médias empresas nacionais
Pesquisas Acadêmicas: A cooperação empresarial como instrumento de afirmação económica das pequenas e médias empresas nacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lyudmyla • 21/2/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.664 Palavras (7 Páginas) • 379 Visualizações
“A cooperação empresarial como instrumento de afirmação económica das pequenas e médias empresas nacionais”
A cooperação consiste num acordo que institui alianças estratégicas, as quais permitem aos diferentes atores, não só reduzir a incerteza e turbulência dos mercados, mas também conjugar vantagens, numa ótica em que o benefício global é superior ao da ação individual.
A cooperação pode ter um carácter temporal, indefinido ou limitado, ou seja, uma vez atingidos os objetivos poder-se-á por fim à colaboração.
A cooperação empresarial consiste no estabelecimento de alianças e parcerias entre duas ou mais empresas com vista a obterem ganhos tanto a nível financeiro como operacional. A cooperação poderá ser um meio para:
• Concretizar estratégias de internacionalização;
• Obter sinergias a nível operacional e financeiro, maior competitividade e poder negocial no mercado e ainda partilhar riscos;
• Avançar para oportunidades de negócio, para as quais, isoladamente, não teriam capacidade de resposta.
A cooperação é entendida, tanto a nível nacional como da União Europeia, como um importante meio para potenciar a competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PME). Existem programas de apoios e serviços que visam proporcionar apoio financeiro e informações úteis sobre oportunidades de negócio ou possíveis parceiros às PME, tal como IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento.
“No passado, os grandes determinantes da competitividade das empresas assentavam numa competição com base nos preços, traduzida na necessidade constante de redução de custos (a competitividade-custo, fator tangível), através do controlo das condições de utilização dos fatores produtivos: trabalho, capital e recursos materiais.”
“No quadro da globalização da economia, em que o âmbito e a natureza da concorrência estão em profunda mutação, com as empresas a enfrentarem novos desafios na sua relação com o mercado e a sua envolvente de negócios, a cooperação empresarial, enquanto instrumento estratégico potencialmente indutor de atitudes inovadoras por parte dos agentes empresariais, pode constituir-se como uma via privilegiada para a exploração de oportunidades de negócio não acessíveis a empresas de menor dimensão, se agindo de forma isolada.”
“A nível estrutural, reconhece-se que as estratégias das PME nas suas abordagens a processos de cooperação são particularmente condicionadas pelas suas características e especificidades, as quais afetam o seu grau de sucesso potencial. Neste sentido, merecem particular referência os aspetos associados à capacidade de inovação, aos elevados custos de desenvolvimento e à necessidade de especialização decorrente dos novos padrões de qualidade e de resposta rápida exigidos pelos mercados.”- Cooperação empresarial: uma estratégia para o sucesso (texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista “Ideias & Mercados”, da NERSANT – edição Setembro/Outubro 2005).
O tecido empresarial português agora está em situação bastante complicado. Os bancos quase não fazem os empréstimos a empresas no desenvolvimento de negócios ou a produção. Em consequência do que a empresa perde seus clientes, ou seja, no país está se tornando mais e mais empresas, que não podem comprar (por causa da falta de dinheiro) bens necessários ou vender o que produzem. As empresas começaram a perceber que o número de clientes potenciais no mercado interno em Portugal tem vindo a diminuir de forma significativa, as vendas caíram e essa tendência tem caracter continua. Este foi o impulso para o aumento das exportações. Para as grandes empresas o acesso aos mercados estrangeiros não é um problema, então para as pequenas e médias empresas é muito difícil fazer isso por vários motivos: o pequeno tamanho da empresa, a falta de dinheiro e recursos produtivos, marca desconhecida da empresa, a discordância das normas portuguesas no país em que deseja exportar, etc. Portanto, para concorrer com as grandes empresas, pequenas e médias empresas devem se unir, ou seja, criar a cooperação empresarial.
Aqui estão algumas estatísticas para 2010, publicados pelo Eurostat e que eu encontrei na Internet. Eu não acho que no momento a situação mudou drasticamente.
“Eurostat confirma baixa cooperação empresarial em Portugal. Menos de um terço (27%) das empresas europeias coopera nos esforços de inovação, diz um estudo da instituição. Perto de 60% das empresas portuguesas aposta na inovação, mas a maioria (80,5%), não procura a cooperação. Entre 2008 e 2010, menos de um quinto das empresas portuguesas desenvolveu iniciativas de inovação em produtos, serviços ou processos em cooperação. O indicador português ficou abaixo da média europeia: 26,5 %. Com frequência, a falta de cooperação entre as empresas portuguesas é referida como factor negativo e o relatório do Eurostat volta a confirmar este aspecto – embora os indicadores quanto aos esforços portugueses tenham estado acima da média. Perto de 60% das empresas portuguesas desenvolve o referido tipo de iniciativas, mas as maiorias fá-lo internamente.
Daquelas com projectos de cooperação, 8,7% desenvolvem-nos com empresas do espaço da União Europeia. Muitas poucas (1,8%) fazem-no com empresas dos Estados Unidos e ainda menos (0,8%), com empresas das economias emergentes da China e da Índia. Como resultado Portugal fica entre os países onde a cooperação para a inovação menos existe: Itália (4%), Espanha (5%) e Alemanha (9%).
Em contexto mais positivo, o tecido empresarial português acaba por ser classificado como tendo sido um dos que teve mais empresas com iniciativas de inovação. A média entre os 27 países da União Europeia foi de 52,9 e Portugal fica entre os quatro com melhor registo: o primeiro foi a Alemanha (79%), depois o Luxemburgo (68%), a Bélgica (61%), Suécia e Irlanda (60%).”
Não é nenhum segredo que as pequenas e médias empresas não podem concorrer com uma grande empresa na evolução do mercado. Em pequenas e médias empresas simplesmente não têm tantos recursos financeiros, industriais e de trabalho, como as grandes empresas para concorrer com ele. Por exemplo, para uma pequena empresa que não opere no mercado externo é, por vezes, difícil iniciar uma atividade normal de exportação devido ao reduzido conhecimento sobre os mercados, à falta de experiência nos contactos externos, à escassez de recursos humanos qualificados, ao fraco poder negocial, etc. Ou, uma empresa pequena não pode concorrer a obras grandes,
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