A crítica de o estado estacionário da economia
Artigo: A crítica de o estado estacionário da economia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Laris22 • 12/10/2013 • Artigo • 383 Palavras (2 Páginas) • 413 Visualizações
Como define um de seus animadores (Ariés, 2005), décroissance é uma
“expressão-ônibus” que comporta diversas acepções, unidas pela rejeição à ideia
de desenvolvimento como uma “religião sem sentido”. Nela tem abrigo um
rico conjunto de movimentos sociais e culturais entre os quais se pode citar: o
Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais (Mauss), os bioeconomistas, os
pós-desenvolvimentistas, os “objetores” de consciência e os antipub.
A crítica dessa corrente ao Desenvolvimento Sustentável (DS) é ferina, por
considerá-la um puro contrassenso, uma ideologia simplificadora do real, uma
simples “tentativa sedutora de salvar o crescimento” (Latouche, 2007, p. 113).
Morin (2007, p.75), que não pertence a esse movimento, embora nutra por ele
simpatia, também não poupa críticas ao DS, para ele “o desenvolvimento sus-
tentável nada mais faz do que temperar o desenvolvimento por meio da considera-
ção ecológica, mas sem questionar seus fundamentos” (grifo nosso).
Esse movimento tem sua principal raiz na obra do economista Georges-
cu-Roegen, que desenvolveu um trabalho inspirado na segunda lei da termo-
dinâmica (entropia). Ele chama a atenção para o fato de que todo o processo
produtivo é a transformação de energia e matéria de baixa entropia para alta
entropia, ou seja, a transformação de energia e matéria disponíveis em não
disponíveis. Dessa forma, um dia os homens vão ter de mudar o rumo de seu
desenvolvimento, passando não mais a crescer, mas a decrescer. O crescimen-
to econômico deverá ser convertido em decrescimento, se a humanidade não
quiser perecer.
Seu principal seguidor, Herman Daly (1996), propõe uma alternativa me-
nos drástica: a busca de uma situação estacionária (steady-state economy), numa
analogia, segundo Veiga (2008, p.130), “à hipótese cosmológica de que a den-
sidade total da matéria permanece constante no universo em expansão”. Para
Daly (1996), caminhamos para uma situação em que o problema central do
desenvolvimento será o abandono do crescimento econômico, em troca do de-
senvolvimento da qualidade de vida. O recente relatório da ONU, que prega
a
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