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A inflação na gestão familiar angolana

Por:   •  19/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.775 Palavras (8 Páginas)  •  134 Visualizações

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Capítulo.1

1.1 A inflação na gestão familiar angolana

A sociedade angolana encontra-se hoje em dia sob inflação, a crise económica e financeira que tem assolado o país tem sido bastante prejudicial as classes mais baixas, pois muitas famílias não sabem como fazer face a essa mudança. É um facto que a inflação influência directamente no bolso de todos nós, principalmente das classes mais baixas da população que possuem um rendimento mais baixo, muitas das rendas destas famílias mal chega para a satisfação das sua necessidades e com a subida dos preços de bens e serviços muitas dessas famílias desestabilizam-se. A inflação muitas das vezes chega a níveis extremos e cabe não só as famílias e as empresas criarem formas de a combaterem ou amenizarem, mas também ao governo pois de certa forma a maior responsabilidade fica a par deste órgão que rapidamente deve criar políticas capazes que reduzir o impacto da mesma, ou seja, políticas que funcionariam não como soluções imediatas mas sim de longo prazo pois a resolução imediata desse processo resultaria numa “deflação” que por muitos peritos é considerada tão ou quanto destrutiva como a inflação.

Normalmente o impacto da inflação nas famílias começa a dar-se em bens e serviços básicos, como no caso da alimentação muitos dos produtos sobem devido ao aumento da matéria prima, custos de produção, alta procura, entre outros factores. O combustível e a electricidade com a sua alta durante a inflação influênciam também no valor de muitos bens e serviços, pois estes são tidos como elementos básicos de sustentabilidade de uma sociedade.

A gestão familiar durante a inflação deve ser feita de formas a proporcionar um melhor uso do dinheiro no meio familiar garantido assim uma estabilidade financeira em tempos difíceis. Muitas famílias não têm como recorrer a especialistas da área para instruí-las por isso deve haver uma auto-capacitação de modo a criar estratégias que ajudem a família a gerir melhor o dinheiro por exemplo: diminuir o consumo, comparar preços, comprar somente o necessário, evitar desperdícios e muitos outros pontos importantes.

1.2 Conceitos de inflação

Do latim inflatĭo, o termo inflação se refere à acção e ao efeito de inflar (aumentar de volume). A utilização mais habitual do conceito tem um sentido económico: a inflação é, neste caso, a elevação dos preços que tem efeitos negativos para a economia de um país. Significa que, com a inflação, sobem os preços dos bens e dos serviços, o que dá origem a uma queda do poder de compra. Por exemplo: um trabalhador costumava comprar 30 quilos de alimentos com o seu salário de 100.000,00 AKZ. Passados poucos meses, devido à inflação esse mesmo salário apenas lhe permite comprar 10 quilos de alimentos.

A inflação possui um único sentido mas termos há que diferem certos conceitos. Por outras palavras, mas não descontestualizando, a inflação é um processo pelo qual ocorre um aumento generalizado e continuo no preço dos bens e serviços, provocando perda do valor monetário fazendo com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantia cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos. Os agentes económicos (Famílias, Empresas e Estado) são atingidos, ainda que de forma desigual, sendo que a intensidade do impacto depende do ritmo da inflação e da expectativa dos agentes económicos em relação ao comportamento futuro dos preços.

1.2.1 Causas da Inflação

Existem várias teorias sobre as causas da inflação, estando entre as mais comuns o desencontro entre a oferta e a procura de moeda, isto é quando a oferta de moeda é maior que a procura pelos agentes económicos, resultando em perda do seu valor. Esta ideia foi defendida pelo ilustre economista “Milton Friedman” ao afirmar que a inflação em qualquer lugar é um fenómeno monetário.

Outra causa da inflação é o aumento dos custos de produção (Mão de obra, custo da matéria-prima, gastos gerais de fabrico, etc.), fazendo com que os produtores aumentem os preços a fim de compensarem os resultados gerados pelos referidos custos. As expectativas também podem influenciar o aumento dos preços na economia, isto é, sempre que os agentes económicos acreditarem que os preços dos bens e serviços na economia irão aumentar, tenderão a exigir um aumento real dos seus salários, fazendo com que por sua vez os produtores imputem esse aumento nos preços dos bens e serviços.

O aumento da procura sem posterior aumento da oferta também é uma das causas da inflação, os preços sobem porque há uma escassez de bens no mercado ficando assim mais cara e difícil a aquisição de certos bens. O aumento de um item básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada.

Os possíveis efeitos da inflação:

• Desincentivo ao investimento. A inflação traz consigo incertezas deixando o investidor inseguro quanto aos preços futuros por se terem tornados imprevisíveis, preferindo não fazer investimentos devido ao clima de insegurança que se criou em torno do retorno do seu investimento;

• Serve de estímulo à produção local e desincentivo às importações. A inflação não existe apenas em Angola, muitas sociedades também encontram-se sob inflação acompanhada por uma crise economica e financeira e querendo reduzir os impactos da mesma adoptam certas estratégias sendo uma das mais comuns a redução da oferta da moeda para uma estabilização e melhor controle da moeda em circulação. Empresas há em Angola que vivem de importações dependendo de outras moedas para a aquisição de seus produtos, e essas mesmas moedas encontram-se em alta no mercado devida a inflação e a uma crise económica e financeira em seu país de origem. A alta destas moedas desincentiva as importações porque se antes a empresa com 1 milhão de dólares conseguia 100 toneladas de cimento vindos de fora, hoje em dia com essa alta consegue apenas 50 toneladas. A produção local é sempre uma mais valia porque para além de contribuir para a economia do país também, reduz os custos de importação.

• Desperdício de tempo e recursos. Os agentes económicos perdem tempo procurando bens e serviços com menos variação de preços (comparação constante), enfrentam custos adicionais na reprogramação dos caixas com novos preços, reetiquetagem (empresas) dos produtos, entre outros;

Porque é que é importante manter a inflação baixa e estável?

É

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