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A inflação monetária

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Por:   •  31/10/2013  •  Resenha  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  206 Visualizações

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inflação

Há vários tipos de inflação. Ela será cíclica se for a que tipicamente ocorre nos períodos de expansão da economia, mas será histórica se for devida a uma dada conjuntura e, portanto, puramente ocasional. Por outro lado, a inflação é galopante (hiperinflação) se as subidas de preços forem muito elevadas; é rastejante se elas forem pequenas. De um outro ponto de vista, existe inflação aberta (ou declarada) quando há subida efetiva dos preços. Mas, mesmo na inexistência de inflação, pode haver condições para ela existir, não se efetivando ela porque estão a ser tomadas medidas adequadas para a combater. Nestas circunstâncias, diz-se que existe inflação fechada (ou contida).

Existem três grandes causas da inflação: a massa monetária em circulação, a procura e os custos. Estas três causas não se excluem - aliás, combinam-se frequentemente.

A inflação monetária é devida a massa monetária em excesso em circulação na economia. É usualmente provocada por excessos de criação de moeda. A explicação deste fenómeno é dada pela teoria quantitativa dos clássicos, através da chamada equação de Fisher (ou das trocas monetárias), que refere que a quantidade de moeda em circulação a multiplicar pela sua velocidade de circulação é igual ao nível geral de preços multiplicado pelo número de transações. Considerando constantes a velocidade de circulação e o número de transações, a qualquer aumento da massa monetária corresponderá um incremento em igual proporção do nível geral de preços. Esta é a teoria quantitativa pura (a única explicação dada para a existência de inflação até à década de 30), que considera uma repercussão integral das variações da massa monetária nos preços. Numa posição mais moderada, pode-se dizer que essa repercussão existe, embora não numa proporção exata.

A existência de uma procura superior à oferta também faz elevar os preços. Na realidade, se a procura aumentar e a oferta (interna ou externa) não acompanhar esse aumento, o nível de preços irá necessariamente subir (existe, no dizer de Keynes, um gap inflacionista). Na hipótese de haver desemprego, há a possibilidade de a oferta conseguir acompanhar o incremento da procura pelo integral aproveitamento da capacidade produtiva e, como tal, de não haver aumento dos preços. No entanto, se houver pleno emprego, a oferta será rígida e haverá inevitavelmente inflação. O pleno emprego constitui, portanto, a barreira da inflação.

A última causa da inflação são os aumentos dos custos de produção. Se eles aumentarem e as empresas pretenderem manter as suas margens de lucro, os preços dos produtos finais terão necessariamente que aumentar também. Isto é válido para um aumento de qualquer custo, embora o caso mais frequente seja o de aumento dos custos salariais. O preço do produto final só não aumentará, havendo aumentos salariais, se a produtividade do fator trabalho também aumentar e na mesma proporção. De facto, se houver um aumento de salários sem um aumento correspondente da produtividade, só não haverá inflação se existir uma compressão das margens de lucro.

Importa ainda considerar que a inflação de um qualquer ano depende de fatores de natureza autónoma (como, por exemplo, uma crise petrolífera) e de outros induzidos (consequências de tensões inflacionistas existentes na economia e que se prolongam de anos anteriores).

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