ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA INCC
Por: Marília Ymaê Vale • 9/11/2017 • Trabalho acadêmico • 781 Palavras (4 Páginas) • 593 Visualizações
- ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA
Esta análise tem o objetivo de relacionar qualitativa e quantitativamente os custos da construção civil no Brasil no período de 2006 a 2016, tendo como base o INCC – Índice Nacional de Custo da Construção, divulgado mensalmente pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Os dados serão analisados de acordo com a volatilidade do mercado, ano a ano, levando em conta fatores da ecqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqonomia nacional e internacional que, de algum modo, exerceram qualquer relação no consumo ou custo da construção na última década.
- INCC – Série histórica
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- ANÁLISE QUALITATIVA
A análise seguira organizada por tópicos, relacionando os fatores internos e externos da Economia nacional e internacional.
- 2006 – O acumulado do ano de 2006, 5,04% é considerado relativamente baixo para o histórico deste indicador, segundo a segunda menor baixa da série. Levamos em consideração alguns destaques internacionais para a baixa nos custos, pois EUA e China impulsionaram a economia internacional, com políticas monetárias, valorizando sua moeda e mão de obra. Os países emergentes e o Brasil, que teve PIB de 3,9% são beneficiados pela conjuntura internacional, que proporciona fluxo crescente de capitais. Consequentemente aquecendo o setor da construção civil
- 2007 – O acumulado do ano foi de 6,03%. Um fator importante foi a movimentação do mercado de ações que se fortaleceu com maior número de capitais abertos da história, no Brasil. Com boas perspectivas no mercado nacional, houve movimentações de R$55,1 bilhões à frente de 2006, demonstrando expansão do crédito no setor imobiliário.
- 2008 – Neste ano, o acumulado atingiu sua maior alta da série analisada, com 11,96%, entrando para a história, pois ocorreu a queda do banco americano de investimentos LEHMAN BROTHERS, onde iniciou a maior crise econômica mundial desde 1929. Os riscos de uma crise profunda congelam o mercado de crédito global, desvalorizando o preço de ativos e diminuindo o crescimento da economia, ocorrendo alta súbita do Dólar, encarecendo materiais, equipamentos e mão de obra.
- 2009 – Esse ano iniciou com baixa, atingindo 3,20%. O novo presidente é eleito nos EUA, Barac Obama toma possa com plano de resgate da economia em vigor. Europa e Japão adotam medidas econômicas para evitar retração. O Brasil adotou medidas anticíclicas com benefícios fiscais para estimular o crescimento.
- 2010 – O índice tinge mais uma alta, com 7,56%. O mundo neste período iniciou uma guerra cambial. A desvalorização de moedas foi alvo de muitas discussões. A injeção de U$600 bilhões na Economia pelo banco Central nos Estados Unidos fez com que a moeda americana se estabilizasse, valorizando o real. Em contraponto, o Brasil estava em crescente queda no ranking de produtividade, caindo de 48 para 56º
- 2011 – Nesse ano, o índice fechou com 7,58%. No Brasil, o bom desempenho do mercado de trabalho e do crescimento da renda, a forte aceleração dos preços no início do ano, leva o Branco Central Nacional a elevar a taxas de Juros, de 10,75% para 12,05% ao ano, e a restringir o crédito ao consumo. Mas o mercado de construção civil segue em alta, fazendo com que o indicador se mantenha na média histórica de 7,5%.
- 2012 – O índice iniciou o ano mantendo se em 7,6%. Apesar do crescimento mais baixo e desaceleração do PIB nacional. Mesmo o desemprego apresentou recorde de baixa no Brasil, o crescimento inferior aos demais anos não impulsionou o setor da construção, que se manteve estável. Neste período, a indústria encolheu 0,8% e a agropecuária caiu 2,03%
- 2013 – Com índice fechando o ano com 8,06%, o grande destaque da economia brasileira, foi o setor agropecuário, que cresceu 7% desde 1996. Já o setor de serviços, cresceu 2%, seguido do setor indústria, com 1,3%. Com isso, houve uma estagnação na indústria e resultou no aumento dos custos pela mão de obra.
- 2014 – Neste ano, o índice atingiu 6,74%, tendo uma leve queda no setor da construção. A indústria teve incentivos do governo no setor de tributos e está ligado a mudanças na lei, com fatores legislativos, e não a fatores econômicos.
- 2015 – O índice atingiu o total de 7,21%. O PIB nacional teve seu pior resultado em 25 anos, caindo 3,8%, chegando a R$5,9 trilhões. Apenas a agropecuária cresceu em 2015. O setor da construção teve uma queda importante, puxada pela parte de infraestrutura e imobiliária, fazendo com que o setor de serviços recuasse 2,7%.
- 2016 – Fechando nossa série histórica, 2016 fechou o ano com 6,33%. O Brasil registrou pelo segundo no consecutivo, uma contração na economia, o que resultou na acumulação de queda de 4% no Produto Interno Bruto. A Alta do Dólar chegou a R$4,16, desvalorizando a moeda nacional e diminuindo o apetite dos investidores no setor.
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