AS ESTATÍSTICAS DO SETOR EXTERNO
Por: Mateus Sebrão • 5/12/2020 • Trabalho acadêmico • 626 Palavras (3 Páginas) • 181 Visualizações
ESTATÍSTICAS DO SETOR EXTERNO
Márcio Silva de Araujo
As informações referentes às transações comerciais do Brasil com as demais nações, por meio do comércio exterior, no cerne da sua economia, são relevantes para se ter conhecimento sobre questões de saldos de comércio, despesas com remessas de lucros e dividendos das empresas, envio de recursos de migrantes, investimentos estrangeiros no país, peso das despesas de turistas no exterior e da contabilidade externa.
Este conjunto de informações são obtidas a partir das estatísticas do setor externo e são compostas de dados na forma de fluxo (BP), entendida como a principal destas, e de estoques (PII), considerada como complementar. Neste contexto, as estatísticas referentes ao BP têm como fontes primárias o Banco Central do Brasil (BCB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticos (IBGE).
No caso dos dados fornecidos pelo BCB, os valores estão disponíveis em base mensal, trimestral e anual. Os valores para os agregados anuais são apresentados em dólares norte-americanos (US$), desde 1947. O IBGE apresenta dados desde 1930, embora esse período inicial tenha caráter estimativo. Estas informações, além do mais, apresentadas de BP por parte deste instituto integram-se ao Sistema de Contas Nacionais (SCN) e estão em moeda doméstica (R$).
Essas estatísticas são compostas por notas metodológicas e um conjunto de tabelas e gráficos que apresentam informações referentes ao setor esterno, a saber: balanço de pagamentos (1930-1946), balanço de pagamentos (1947-1986), balanço de pagamentos (1982-2000), reservas internacionais (1956-2000), índices de comércio exterior do Brasil (1901-2000).
A forma de divulgação de dados de BP por parte do BCB ocorre por meio de boletins mensais, notas para a imprensa e pela atualização de suas séries temporais que, há um tempo atrás, encontravam-se disponibilizados em três diferentes versões: balanço de pagamentos (1947-1981), balanço de pagamentos (1982-1994) e balanço de pagamento a partir de 1995.
Além das estatísticas, o desempenho da economia do Brasil pode ser acompanhado pela utilização de indicadores econômicos. Estes são medições utilizadas para analisar a dinâmica da economia, auxiliando nas análises conjunturais e nas suas eventuais mudanças. Sendo assim, estes índices auxiliam os analistas econômicos pois simplificam as informações eminentes para um melhor entendimento da situação presente, permitindo projeções futuras.
Em relação ao setor externo, o uso destes indicadores é de primordial importância, pois estão vinculados a questões como a sustentabilidade das relações comerciais e de capitais entre as economias, a existência ou não de restrição externa para o crescimento econômico do país, o grau de abertura da economia e os riscos para o investidor externo, em um contexto de globalização econômica e de um sistema internacional interdependente, caracterizada pela maior fluidez dos fluxos financeiros.
Em seguida, sabe-se que a apresentação das contas externas ao longo do período em que se construiu essa estatística pode ser ligada aos problemas que se buscava entender em cada momento histórico. Com foco no BP, pode-se analisar estes contextos históricos a partir de três abordagens: o desenvolvimento da contabilidade nacional, a teoria econômica e a necessidade do gestor das publicas públicas.
Conclui-se, por fim, que as estatísticas do setor externo são um grupo específicos de informações que esclarecem acerca do desempenho econômico do país no âmbito internacional, possibilitam uma análise profunda da realidade presente destas atividades e permitem realizar projeções, positivas ou negativas, de conjunturas futuras.
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