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Análise do Bitcoin comparando com moedas tradicionais

Por:   •  8/2/2018  •  Ensaio  •  1.789 Palavras (8 Páginas)  •  371 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA – ALFA

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Análise do Bitcoin comparando com moedas tradicionais

Aluno (a): Douglas Rocha Gomes

                                                                             Pedro Santos Varella

Orientador (a): A escolher  

Goiânia, dezembro de 2017

CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Douglas Rocha Gomes

Pedro Santos Varella

Análise do Bitcoin comparando com moedas tradicionais

                                                                                   Projeto de pesquisa apresentado como parte da avaliação de aprendizagem, na disciplina TCC I, do Curso de Ciências Econômicas, do Centro Universitário Alves Faria, ministrado pelo Prof. Dr. Guilherme Resende Oliveira.

Linha de pesquisa: Economia Monetária

Professor Orientador:

A escolher

GOIÂNIA

2017

INTRODUÇÃO

As necessidades das pessoas guiam as mudanças na Economia. Antes limitada ao escambo, em que era necessário a existência de interesse mútuo na mercadoria dos agentes que ali negociavam, o uso da moeda tornou a sociedade mais eficiente permitindo viabilizar o comércio e reduzir os esforços necessários para que mais transações ocorressem, abrindo portas para uma sociedade capitalista. Sendo também mais seguro e cômodo, já que é mais fácil carregar uma determinada quantidade de moeda que representa um determinado valor, do que carregar café, sal ou gado por exemplo. A especialização e implementação de diferentes técnicas no trabalho, seja na agricultura e mais adiante com a industrialização (manufatura), só foram possíveis porque a sociedade tinha acesso a uma moeda que permitia adquirir essas mercadorias, as trocas deixaram de ser exclusivamente diretas e começavam a ser indiretas, já que nem todas as pessoas eram produtoras de algum bem ou produto, elas poderiam ser remuneradas pela sua mão de obra.

A Revolução industrial permitiu as Economias capitalistas experimentarem um intenso crescimento econômico e a renda média da população teve um crescimento sustentado.

Uma evolução desse período denominado como Segunda Revolução Industrial, a partir de 1850, teve o incremento tecnológico e econômico graças ao desenvolvimento dentro da indústria química, do aço, elétrica e do petróleo, e com adoção crescente de barcos, navios e locomotivas a vapor, o desenvolvimento do avião, a produção em massa de bens de consumo e a invenção do telefone. Graças a toda essa evolução tecnológica, a velocidade da informação começara a romper fronteiras continentais a uma velocidade jamais vista. Nesse momento fica evidente o entendimento da importância da moeda, permitindo com que várias transações ocorressem graças a existência de um padrão, assim como permitir o acúmulo de capital. Com esse mesmo raciocínio, as funções da moeda conforme define Berchielli (Berchielli, 2000), como meio de troca, unidade de conta, reserva de valor e padrão de pagamentos deferidos ficam mais fáceis de serem compreendidos.

Experimentando uma forte recessão por conta de um período pós-guerra, a Grande Depressão (crise de 1929), abre precedentes para estudo de particularidades da moeda e da Economia em si através de fenômenos como inflação, controle de emissão de moeda e o relacionamento entre produção, consumo e crédito, que são estudados pela macroeconomia. No início do Século XX, diversos pensadores Econômicos já haviam disseminado suas ideias e teorias, mesmo assim a Economia sempre esteve exposta a fenômenos adversos que pudessem levar o colapso ao sistema Econômico.

Ricardo mencionava que o Papel-Moeda era uma mercadoria como qualquer outra e, portanto, uma excessiva quantidade a desvalorizaria em relação às demais mercadorias, desta forma, seria necessária uma quantidade maior de moeda para adquirir bens, o que geraria inflação. Para essa situação, Ricardo defendia que era preciso limitar a emissão de Papel-Moeda e propunha vincular sua emissão à quantidade disponível de ouro, prática que já havia sido utilizada, mas que estava em desuso pelo Banco da Inglaterra.

Keynes afirma que a principal causa da crise de 1929 fora o excesso de produção em ritmo superior à capacidade aquisitiva dos agentes econômicos. Dentre suas principais ideias, as seguintes complementam a afirmação acima:

Orientação pela Demanda: Keynes afirma que a capacidade produtiva da economia deveria ser guiada pela demanda efetiva dos agentes econômicos;

Instabilidade na Economia: A Economia, independente do modelo seguido, estaria sujeita a crises. Dessa forma, haveria momentos de crescimento econômico elevado, precedidos de retração econômica. A retração seria uma forma de ajuste, que seria motivada pela expectativa de queda da taxa de retorno dos empresários;

Intervenção Governamental: Keynes entendia que em momentos de crise, o governo deveria intervir na economia por meio de políticas fiscais e monetárias ativas, com vistas a reorganizar a capacidade produtiva da economia.

A invenção do transistor (1947) e da internet (1969) em plena guerra fria, criaram mecanismos para que a globalização alcançasse um novo patamar. Experimentamos uma era de mensagens e informações instantâneas, tecnologia em novas formas a favor da ciência e da robótica e a moeda por sua vez tentava acompanhar essa evolução. Apesar de meios de pagamento aparentemente dinâmicos como o cartão de crédito e Paypal, determinadas transações como por exemplo envio de remessas internacionais são consideradas complicadas e possuem altas taxas.

A moeda controlada por um banco central ou qualquer transação dependente de uma terceira parte começa a apresentar sinais de cansaço e uma falsa sensação de segurança, já que crises econômicas e inflação nunca deixaram de existir. A verdade é que precisamos de simplicidade, eficiência e segurança em nossa Economia. Os custos gerados pela produção/manutenção da moeda e as decorrentes das transações envolvendo intermediários acabam “amarrando” a Economia de uma forma geral.

Nos dias atuais milhares de informações e transações monetárias são realizadas no mundo todo a cada instante. Pedimos um taxi, assistimos um filme e compramos produtos com um clique pela internet usando um computador ou um Smartphone. Diante do que foi exposto e atendendo aos anseios da evolução trazida pela tecnologia, surge a Bitcoin, uma moeda digital criptografada, descentralizada, rápida e segura. Criada em 2009 por Satoshi Nakamoto logo após o desencadeamento da maior crise da Economia moderna, a crise Imobiliária Americana de 2008, também conhecida como crise do subprime. Com um  sistema financeiro em colapso da maior potência mundial, uma moeda dinâmica, que reduz os custos e esforços para transações diminuindo ou eliminando os custos de estocagem, manutenção e confecção de moeda, além de não ser regulamentada por nenhum banco central, assumindo assim um padrão global. Pode-se enviar e receber Bitcoins instantaneamente a qualquer lugar do mundo sem intermediários, impostos e com baixíssimas taxas. A Bitcoin opera em uma rede interligada de computadores ponto a ponto, de forma que não seja necessário um servidor central responsável por todo o processamento, dessa forma economizando esforços e sendo extremamente seguro e dinâmico. Esses computadores interligados são os chamados mineradores, responsáveis por validar todas as transações da rede e também os responsáveis pela extração de novas moedas. Essa mineração se dá pela resolução de problemas matemáticos e algoritmos realizados pelos computadores conectados a rede. A dificuldade aumenta a medida que um poder de processamento é adicionado, dessa forma sendo possível manter a raridade de se conseguir um Bitcoin e também limitando a número de moedas extraídas, que será de 21 milhões até ??? Todas essas transações são realizadas no Blockchain, uma espécie de livro caixa que contém registra de forma permanente todas as transações existentes até aquele determinado momento com proteção do gasto duplo. Seria inviável  funcionamento do Bitcoin sem o Blockchain. É uma revolução da moeda e do sistema financeiro em si assim como o e-mail foi em relação a uma carta ou telegrama. Seu funcionamento de um ponto de vista técnico a primeiro instante pode parecer complexo, mais seu funcionamento e uso é simples e objetivo, atendendo os anseios da sociedade.

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