As Estruturas de Mercado
Por: joelmaraivosa • 20/9/2018 • Dissertação • 1.618 Palavras (7 Páginas) • 274 Visualizações
ESTRUTURAS DE MERCADO
Resumo preparado por Mérida Herasme Medina, usando como referências:
Mankiw, N Gregory, Introdução à Economia, Pioneira Thomson Learning, 2005
Sandoval de Vasconcellos, Marco A. e Troster, Roberto L, Economia Básica, Editora Atlas S.A, 1998 (4ª edição)
Um mercado existe quando compradores que desejam trocar seu dinheiro por bens ou serviços estão em contato com vendedores desses bens. A formação e desenvolvimento de um mercado pressupõem a existência de um excedente econômico intercambiável, ou seja, deixa de ser uma economia natural ou de subsistência para ser formada por oferta e demanda separada. De acordo com a natureza da mercadoria, distingue-se o mercado monetário, de trabalho, de bens, serviços, etc.
Desse modo, o mercado pode ser entendido como o local teórico ou não, do encontro regular entre compradores e vendedores. Nessa conjunção de forças entra a questão da capacidade que compradores de um lado, e vendedores de outro, têm de influenciar no preço.
A ação da oferta e da demanda determina o preço e a quantidade de equilíbrio no mercado. Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo a apresentar resultados muito distintos em cada mercado, pois cada um tem características específicas de produto, condições tecnológicas, acesso, informação, tributação, regulamentação, participantes, localização no espaço e no tempo que o torna único.
Isto permite a classificação dos mercados. Podemos destacar três aspectos principais:
Número de firma no mercado
Diferenciação do Produto
Existência ou não de barreiras à entrada de novas empresas
EMPRESAS EM MERCADOS COMPETITIVOS (OU PERFEITAMENTE COMPETITIVO)
Reúne tanto do lado da oferta quanto da demanda, um grande número de agentes econômicos (compradores e vendedores) que seriam indiferenciados entre si. Neste mercado ideal, ninguém tem poder sobre os preços.
a) Atomicidade: Muitos compradores e vendedores-Uma firma isolada não consegue alterar preço do mercado. Isto implica que as ações de um comprador ou vendedor individual no mercado têm um impacto negligenciável no preço. Cada um aceita o preço de mercado como dado. Daí se define que agentes são tomadores de preços.
b) Homogeneidade : Produto homogêneo (não há diferença de embalagem ou qualidade): Se quiser vender a um preço mais alto não consegue (todos os produtos são iguais)
c) Mobilidade de Firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no mercado: empresas podem entrar ou sair livremente).
d) Mobilidade de Bens (não existem custos de transporte): existe completa mobilidade de produtos entre regiões. Não há custos de transporte: o consumidor de Volta Redonda paga a mesma coisa que o da capital. Enfim, não se considera a localização espacial de vendedores e consumidores.
e)Racionalidade: empresários maximizam lucro e consumidores maximizam satisfação (utilidade) Se oferecer um preço mais baixo, fere princípio de racionalidade, pois o maior preço oferece maior lucro
f)Transparência de mercado: acesso a toda informação relevante
Sob estas condições, uma empresa tem uma pequena participação no mercado e não pode influenciar sobre os preços. Por isso é chamada de concorrência perfeita (tudo mundo é igual) ou mercado perfeitamente competitivo.
Da interação entre oferta e demanda surge um sistema de preços que vai orientar a economia no sentido de aumentar ou reduzir a produção. Esta é a tese da existência da “mão invisível” de Adam Smith e como principal resultado, defende que a economia de mercado (capitalismo) seja a melhor forma de organizar a atividade econômica. A economia clássica construiu sua teoria supondo este tipo de funcionamento, e que as decisões individuais conduziriam o mercado ao equilíbrio.
Estas são hipóteses ideais, refletindo um mercado sem barreiras, sem interferência; enfim, poucos realistas. Mas representam um referencial para a construção de modelos mais próximos da realidade. De ponto de vista metodológico é mais útil construir inicialmente modelos simples para descobrir relações básicas, (e depois preencher os detalhes), do que construir diretamente modelos.
MONOPÓLIO
O monopólio existe porque há algum impedimento para que entrem outras firmas. Como é a única, tem poder de mercado e portanto, para impor seu preço.
Monopólio Puro: Quando há um vendedor em um mercado bem definido que não tem concorrentes próximos e, portanto, pode influir sobre o preço do mercado do seus produtos. O monopólio puro é um caso raro sendo mais comum que umas poucas (grandes) empresas controlem a oferta do mercado.
Ao igual ao modelo de concorrência perfeita, este supõe situações fora da realidade, mas que são uma referência útil para o estudo de estruturas de mercado.
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Ex. A Microsoft tem o direito exclusivo (copyright) de produzir e vender cópias do sistema operacional Windows. Se alguém deseja uma cópia tem que comprar da Microsoft. Diz-se que a Microsoft detém o monopólio do mercado do Windows.
Conseqüências:
a) A principal conseqüência deste poder de mercado é que altera a relação entre o preço e os custos da empresa:
Clientes dos monopólios, como tem pouca escolha (e, portanto, demanda inelástica), tem que pagar o preço imposto pela empresa. Mas a empresa não pode também cobrar qualquer preço, pois depende da sensibilidade da demanda pode ser alterada: as vendas cairiam se os preços aumentam muito.
Os monopólios não podem atingir qualquer nível de lucro porque os preços altos reduzem a quantidade adquirida pelos consumidores. Embora os monopólios possam controlar preços, seus lucros não são ilimitados.
A política do monopólio pode estar limitada pela concorrência indireta de outros bens, pela renda do consumidor e pela ameaça potencial de entrada de outras empresas que se sentem atraídas pelo lucro.
b) Nos mercados competitivos a maximização de lucros é obtida quando compradores e vendedores são guiados por uma mão invisível (preços) que promove o bem-estar econômico. Já no mercado monopolista, o resultado geralmente não atende os interesses da sociedade. Como existe uma falha do mercado o governo deve intervir.
EX.
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