Atividades História do Pensamento Econômico
Por: MPISA • 18/2/2020 • Trabalho acadêmico • 1.298 Palavras (6 Páginas) • 330 Visualizações
Isabella Cristina P. Marçal
Curso: Ciências Econômicas
Disciplina: Desenvolvimento Socioeconômico
Universidade Metodista de Piracicaba
Fichamento: A lei geral da acumulação capitalista- O Capital
Introdução:
O capítulo em questão tem por finalidade examinar a relação do capital com a classe trabalhadora, especificamente falando, irá analisar a influência que o aumento do capital exerce sobre o destino da classe trabalhadora, para isso, torna-se fundamental levar em conta a composição do capital e suas alterações durante o processo de acumulação. O capítulo divide-se em cinco seções as quais irão explanar detalhadamente fatores relevantes na presente investigação.
1. Demanda crescente de2,5força de trabalho com a acumulação, conservando-se igual a composição do capital
De acordo com Karl Marx, é necessário que a composição do capital seja considerada em dois sentidos, isto é, sobre o aspecto do valor e sobre o aspecto da matéria.
O crescimento do capital acarreta no crescimento de seu componente variável (o componente que se transforma em força de trabalho), decorrente a isso, o autor afirma que a escala da acumulação pode ser ampliada através da mudança do mais-valor ou mais produto. A reprodução da força de trabalho se dá devido ao grande acúmulo de capital, tornando-se necessário a multiplicação do proletariado para a valorização do mesmo.
A força de trabalho é comprada a fim de valorizar o capital e produzir mercadorias que contenham mais trabalho do que o comprador paga, produzindo assim a mais-valia ou geração de excedente, essa ação é a lei absoluta desse modo de produção (capitalista). O aumento do salário significa diminuição quantitativa do trabalho não pago que o trabalhador tem de prestar, essa diminuição nunca pode chegar ao ponto em que ela ameace o próprio sistema. O aumento do capital tornando insuficiente a força de trabalho explorável faz com que haja redundância no mesmo, visto que com a diminuição de capital, a força de trabalho acaba se tornando excessiva, incluindo o seu preço. Constata-se então que a lei da produção capitalista é a relação entre o trabalho não pago transformado em capital e o trabalho adicional necessário à movimentação do capital adicional.
2. Diminuição relativa da parte variável do capital à medida que avançam a acumulação e a concentração que a acompanha.
A acumulação sempre levará a um ponto no qual o desenvolvimento da produtividade do trabalho social se converterá em uma alavanca da acumulação, visto que o grau social de produtividade do trabalho se expressa no volume relativo dos meios de produção transformados em produto por um trabalhador num dado período de tempo, com a mesma tensão da força de trabalho. Dessa forma, o volume crescente dos meios de produção em comparação com a força de trabalho neles incorporada expressa a produtividade crescente do trabalho.
Com o crescimento constante e rápido da acumulação de capital, o aumento salarial cresce a taxas cada vez maiores. A divisão manufatureira junto com a utilização das máquinas, tem possibilitado o processamento de uma maior quantidade de matéria-prima em um curto espaço de tempo, aumentando assim a produtividade.
Na base da produção de mercadorias, onde os meios de produção pertencem apenas aos capitalistas, o produtor manual produz de forma isolada ou vende sua força de trabalho como mercadoria, por lhe faltar meios para produzir autonomamente. O terreno da produção só pode sustentar a produção em larga escala na forma capitalista, de modo que a acumulação de capital nas mãos de produtores individuais acaba constituindo o pressuposto do modo específico de produção.
A acumulação primitiva caracteriza-se como a passagem do artesanato para a empresa capitalista, que se desenvolveu devido a concentração de recursos possuídos por um pequeno número de proprietários e pela formação de um grande contingente de indivíduos despossuídos de bens.
Todos os métodos utilizados para aumentar a força produtiva, consequentemente eleva a produção da mais-valia, se tornando assim o elemento constitutivo da acumulação, que, por conseguinte produz mais capital. A acumulação do capital acaba ocasiona também o aumento no número de capitalistas, gerando cada vez mais concorrência, ocasionando assim o barateamento das mercadorias, onde os capitais menores acabam sendo derrotados pelos maiores.
3. Produção progressiva de uma superpopulação relativa ou exército industrial de reserva
“A acumulação de capital, que originalmente aparecia tão somente como sua ampliação quantitativa, realiza-se, como vimos, numa contínua alteração qualitativa de sua composição, num acréscimo constante de seu componente constante à custa de seu componente variável” (MARX, 1867, cap. XXIII).
Visto que a acumulação simples do capital é acompanhada pela centralização de seus elementos individuais, e a revolução técnica do capital adicional é acompanhada pela revolução técnica do capital original, é possível colocar que a produção capitalista, o desenvolvimento a ele correspondente da força de trabalho produtiva e a alteração orgânica do capital avançam com rapidez.
Uma vez que a demanda de trabalho determina-se por seu componente variável, ela decresce com o crescimento do capital total. Ao aumentar-se o capital global, aumenta-se também seu componente variável.
“...em todas as esferas, o crescimento da parte variável do capital e, portanto, do número de trabalhadores ocupados, vincula-se sempre a violenta flutuações e à produção transitória de uma superpopulação, quer esta adote agora a forma mais notória de repulsão de trabalhadores já ocupados anteriormente, quer a forma menos evidente, mas não menos eficaz, de uma absorção mais dificultosa da população trabalhadora suplementar mediante os canais habituais” (MARX, 1867, cap. XXIII).
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