Classificação e características da pequena empresa
Pesquisas Acadêmicas: Classificação e características da pequena empresa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: DayserreRayane • 24/11/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 2.883 Palavras (12 Páginas) • 460 Visualizações
1 Classificação e características da pequena empresa
Segundo o SEBRAE (2006), a classificação do porte das empresas, permite com que as mesmas possam usufruir de benefícios e incentivos previstos nas legislações, que dispõem sobre o tratamento diferenciado ao segmento.
Conforme o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, aprovado em 1999 pela Lei nº9.841/99, a classificação poderá se dar de duas (02) formas: 1). Através da receita bruta e/ou 2). Pessoas ocupadas nas empresas (número de funcionários).
A primeira determina que:
• Microempresa é a empresa que gera uma receita bruta anual igual ou inferior a R$4333.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinquenta e cinco reais e quatorze centavos).
• Empresa de Pequeno Porte: é a empresa que gera uma receita bruta anual superior a R$433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinquenta e cinco reais e quatorze centavos).
A segunda forma de classificação considera a diferença de segmentos e determina que deverão ser consideradas:
• Microempresa: na indústria e construção: até 10 pessoas ocupadas
• Pequena Empresa: na indústria e construção: de 20 a 99 pessoas ocupadas
Outros aspectos também caracterizam as empresas de pequeno porte como:
a representatividade das micro e pequenas empresas no contexto da economia brasileira, tendo como destaque os setores de comércio e serviços. Essa importância da empresa de pequeno porte é encontrada na grande maioria dos países do mundo e ainda contribui para a evolução da sociedade por meio de fatores econômicos, sociais e até políticos.
a informalidade em que operam e trabalham, não pagando impostos, não registrando os funcionários e não emitindo notas fiscais, assim não existindo para a legislação.
Segundo Rattner apud Viapiana (2001), a definição e classificação das micro e pequenas empresas é um problema para o desenvolvimento de estudos e os critérios convencionais como o número de empregados ou valor do faturamento.
Morelli (1994), cita que para a classificação do porte da empresa, torna-se necessário a adoção de variáveis ou critérios quantitativos e/ou qualitativos, que podem ser descritos como:
Quantitativos: considera-se como os principais problemas enfrentados a falta de um sistema contábil organizado nas micro e pequenas empresas e a pouca confiabilidade de alguns dados obtidos nos levantamentos, principalmente nos censos econômicos.
Qualitativos: são considerados os critérios que se referem à forma de administração e ao tipo de inserção no mercado como: acesso ao mercado de capitais e inovações tecnológicas; existência de divisão do trabalho especializado; nível de especialização da mão-de-obra, etc...
2 Aspectos que afetam a gestão da pequena empresa
Conforme Matias e Lopes (2002) existem alguns aspectos que afetam incondicionalmente a gestão da pequena empresa, e esses podem ser considerados como pontos fortes e fracos que se refletem nos resultados finais.
São eles:
Pontos fortes: podem ser considerados pontos fortes da pequena empresa, a maior flexibilidade devido a menor burocracia; maior agilidade na tomada de decisão por depender de um número reduzido de pessoas; maior comunicação entre os membros da empresa, tornando o processo mais eficaz do que em empresas maiores; uma relação mais integrada com o público da empresa que são os empregados, clientes, fornecedores e a comunidade, e ainda a capacidade de oferecer um atendimento diferenciado e personalizado a seus clientes.
A logística também é considerada um ponto forte, pois por poder estar próximo ao cliente final, gerando a possibilidade de rápida adaptação, por causa de sua flexibilização.
Pontos fracos: como pontos fracos, são considerados: a má gestão, tida como responsável por 90% dos fracassos, ocasionada pela falta de conhecimento que envolve os ocupadas princípios da administração e instrumentos básicos de gestão, além da falta de recursos financeiros e dificuldade na obtenção de crédito; falta de capacidade para enfrentar momentos de instabilidade e dificuldade da empresa; falta de profissionais qualificados.
Além dos pontos fortes e fracos identificados, as pequenas empresas deverão estar atentas a alguns fatores específicos de sucesso e fracasso como segundo Schell (1995), a “solidão” empresarial que ocorre através de um aprendizado empírico, sem a utilização de fontes de consulta (outros empresários), más contratações, não-demissão em momento oportuno, qualidade baixa, força de vendas sem treinamento adequado, falta de responsabilidade à cultura da empresa.
Conforme Degen citado por Viapiana (2001), outros fatores também colaboram para o insucesso como: a falta de objetividade nas ideias, desconhecimento do mercado em que se pretende atuar, erro na estimativa das necessidades financeiras, subavaliação dos problemas técnicos do negócio, falta de diferenciação dos produtos em reação aos concorrentes, falta de obstáculos à entrada de concorrentes, desconhecimento dos aspectos legais, escolha equivocada dos sócios, localização inadequada.
3 A importância do Planejamento na empresa de pequeno porte
Golde (1986), cita que o procedimento natural de uma pequena empresa é esquivar-se do planejamento, por este significar que o gestor deverá manipular incertezas sobre as quais ela parece ter pouco controle. Mas sem o planejamento as empresas correm o perigo de atribuir importância inadequada a atenção exigida pelas crises imediatas, o que precipitará ela própria uma série interminável de pequenas crises que poderiam ter sido evitadas.
Quando os planejamentos são desenvolvidos na pequena empresa, os mesmos são caracterizados pela informalidade, atribuída a falta de técnicas matemáticas no planejamento, dando-se ênfase à subjetividade.
Outra tendência do planejamento em pequenas empresas é a concentração de objetivos e procedimentos no futuro próximo, anual ou mensal. Para as pequenas empresas, como as mudanças ocorrem muito rapidamente e em tamanha extensão que efetivamente pode não proporcionar bons resultados o planejamento para mais de dois ou três anos. Pode ser mais recomendável a elaboração de planejamentos com a revisão semestral ou trimestral do que anual, mas na situação atual, o planejamento é normalmente usado para livrar a pequena empresa de
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