Concepções e definições sobre ciência econômica
Pesquisas Acadêmicas: Concepções e definições sobre ciência econômica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kmilinha09 • 1/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 4.427 Palavras (18 Páginas) • 314 Visualizações
ECONOMIA POLÍTICA APLICADO AO DIREITO
PROF. Elexandra T. Pizzol
Email: etpizzol@intervip.com.br
PARA QUE ESDUDAR ECONOMIA
: A CIÊNCIA "ECONOMIA"
1. DEFINIÇÕES:
Nesta aula serão apresentadas definições de ECONOMIA, propondo destacar seu conteúdo enquanto ciência, sua relação com as demais ciências (política, história, geografia, matemática e estatística); seu objeto; métodos de investigação e a identificação dos problemas econômicos básicos.
1.1. PRIMEIRAS DEFINIÇÕES:
A primeira definição de economia foi utilizada por ARISTÓTOLES (384 a.C.), considerado o primeiro analista econômico. A Economia era a Ciência da administração da comunidade doméstica, a ciência do abastecimento, que trata da arte da aquisição. Sua própria etimologia nos oferece uma reflexão: OIKONOMIA, de OIKOS = CASA e NOMOS = LEI.
Com as mudanças no curso da história, as questões econômicas vão paulatinamente assumindo importância, principalmente no período pós-renascentista e com o desenvolvimento de novos Estados-Nações (França, Alemanha, Inglaterra, Portugal e posteriormente a descoberta da América). Dois fatores podem ser destacados desta nova fase: o alargamento das dimensões do mundo econômico e à consolidação da figura política do Estado-Nação. Neste sentido a ECONOMIA passa a ter nova definição: "seria um ramo do conhecimento essencialmente voltado para melhorar a administração do Estado, sob o objetivo central de promover seu fortalecimento. Portanto, atendia aos objetivos políticos do Estado.
1.2. DEFINIÇÕES CLÁSSICAS
A partir do século XVII, a ECONOMIA passa a ingressar em sua fase científica, os princípios fundamentais da economia foram reformulados por pensadores econômicos. As principais obras publicadas foram
a) 1758 - FRANÇOIS QUESNAY (Francês), o Tableau Economique (Quadro Econômico), tendo como fundamento que toda riqueza se extraía da natureza e a agricultura seria a única atividade geradora de excedentes. A vida econômica obedecia a leis naturais que deveriam ser respeitadas pelos governantes, como o direito à propriedade e a liberdade de ação segundo os interesses individuais de cada pessoa.
b) 1776 - ADAM SMITH (escocês), A Riqueza das Nações: Investigação sobre sua Natureza e suas Causas, que segundo o autor haveria uma "mão - invisível" responsável pela regulação da economia.
Essas duas obras representaram o passo inicial para que os pensadores econômicos dedicassem suas atenções aos estudos sobre a descoberta, análise dos princípios, teorias e leis que pudessem ser estabelecidas para os três compartimentos da atividade econômica: FORMAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO das riquezas. As definições da ECONOMIA fundamentaram-se nessa chamada trilogia teórica (formação, distribuição e consumo), os principais representantes foram: MALTHUS, LAW, STUART MILL, QUESNAY, CANTILLON, DAVID RICARDO E JEAN BAPTISTE SAY.
1.3. DEFINIÇÕES CONTEMPORÂNEAS:
As definições baseadas na trilogia teórica prevaleceram até as últimas décadas do século XIX, quando o teórico ALFREDO MARSHAL, em seu livro publicado em 1890 "Princípios de Economia", propôs uma nova definição: a ECONOMIA é a ciência que examina a parte da atividade individual e social essencialmente consagrada a atingir e utilizar as condições da escassez das nações, produzindo bens e serviços a fim de atender as ilimitadas necessidades das pessoas".
A definição de Marshall constitui uma divisória entre as definições clássicas e contemporâneas; os clássicos não se ocupavam com as causas e conseqüências das depressões, escassez e atraso econômico, já os contemporâneos atribuíam à ECONOMIA a análise das causas das prosperidades e recessão, examinando os problemas decorrentes da escassez em face às ilimitadas necessidades humanas e a investigação das condições necessárias para universalização do bem-estar dos povos.
O autor LIONEL ROBBINS, em sua obra em 1932, "Ensaios, Natureza e Significado da Ciência Econômica", incorporou definitivamente à nova definição da ECONOMIA o problema da e escassez, uma vez considerada as necessidades ilimitadas das pessoas. Definiu ECONOMIA: "como sendo a ciência que estuda as formas do comportamento humano, resultante da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos".
O autor PAUL SAMUELSON, definiu assim ECONOMIA: "é a ciência que se preocupa com o estudo das leis econômicas indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantida em nível elevado a produtividade, melhorando o padrão de vida das populações e empregados corretamente os recursos escassos".
A ECONOMIA passa a ser considerada a "Ciência da Escassez, e os teóricos contemporâneos observaram que, o atendimento a quaisquer objetivos de bem-estar e universalização do desenvolvimento econômico, dependeria, essencialmente, da melhor administração dos recursos escassos. Portanto, é o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes.
Na evolução das definições pode-se observar que a trilogia clássica (formação, distribuição e consumo das riquezas) foi contemporaneamente substituída pela dicotomia: recursos escassos e necessidades ilimitadas.
1.4. CONCEPÇÕES E DEFINIÇÕES SOBRE CIÊNCIA ECONÔMICA
O marco inicial da etapa científica da Teoria Econômica coincidiu com os grandes avanços da técnica e das ciências físicas e biológicas, nos séculos XVIII e XIX. Nesse notável período da evolução do conhecimento humano, a Economia construiu seu núcleo científico, estabeleceu sua área de ação e delimitou suas fronteiras com outras ciências sociais. A construção de seu núcleo científico fundamentou-se no enunciado de um apreciável volume leis econômicas, desenvolvidas a partir das concepções mecanicistas, organicistas e posteriormente humanas, através das quais os economistas procuraram interpretar os principais fenômenos da atividade econômica.
Os economistas do grupo Organicista pretendiam que o organismo econômico se comportasse como um órgão vivo. Os problemas de natureza econômica eram expostos numa terminologia
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