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Conhecendo Adam Smith Um Resumo Sobre seu Mundo e A Riqueza das Nações

Por:   •  15/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.047 Palavras (9 Páginas)  •  270 Visualizações

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                      Universidade Federal do Rio Grande do Sul

 

Israel Vargas Bessa

Conhecendo Adam Smith

Um resumo sobre seu mundo e A Riqueza das Nações

Porto Alegre

Israel Vargas Bessa

Em 1723, em uma época que ainda se usava pregos como dinheiro  em algumas regiões, numa pequena cidade chamada Kirkcaldy, com uma população que abrigava em torno de 1500 pessoas, no Condado de Fife na Escócia, nascia o futuro Economista, Professor e Filosofo Adam Smith, Vinha de uma família relativamente abastarda seu pai advogado e procurador (morrera antes de seu nascimento) e sua mãe herdeira de terras, teve uma infância tranquila, desde pequeno se mostrando um notável aluno, embora segundo relatos fosse muito distraído.

Desde cedo ficou evidente que seu destino era ensinar, aos dezessete anos foi para Oxford com uma bolsa de estudos e lá permaneceu por seis anos, Smith passou anos sem qualquer ensino ou orientação, lia tudo que lhe caia nas mãos, foi nesse momento que adquiriu uma admiração por David Hume, carregava sempre um exemplar do À Treatise of Human Nature, embora não ser considerada uma leitura adequada dentro da universidade para um futuro filósofo.

Em 1751 – ele ainda não fizera vinte e oito anos – foi oferecida a Adam Smith a Cátedra de lógica na Universidade de Glasgow e logo depois lhe deram a Cátedra de Filosofia moral. A Filosofia Moral era uma disciplina muito mais ampla em sua concepção naquele tempo comparada a atualidade, englobava Teologia Natural, Ética, Jurisprudência e Economia Política, tudo isso orientado ao mesmo tempo. Um grande desafio principalmente, pois Glasgow era reconhecida como o centro sério do que veio a se tornar o Iluminismo Escocês, um ambiente cheio de notáveis talentos. Em 1758 Smith tornou-se Decano da instituição, seus alunos o admiravam, principalmente como professor, seu jeito diferente lhe rendia diversas homenagens e imitações de seus alunos, pequenos bustos eram expostos em vitrines de livrarias.

Mas de fato não foi sua personalidade excêntrica que lhe deu prestigio, Smith Em 1759 publicou um livro que se tornou rapidamente uma sensação e seu primeiro Best seller. Chamava-se The Theory of Moral Sentiments (A teoria dos sentimentos morais) e situou Smith imediatamente no primeiro lugar entre os filósofos da época. O Principal foco da obra era explicar como a sociedade era capaz de gerar juízos morais, para Smith o individuo nasce sem nenhum tipo de sentimento, e a consciência surge a partir das interações sociais e ainda as ações sociais partiriam sempre de um interesse próprio o que deixaria as coesões sociais ainda mais difíceis, apesar do egoísmo existente na personalidade humana, o homem tem a capacidade de se colocar como um terceiro, criando boas ações e compaixão com o próximo, pois o homem necessita ser aceito, o desejo de ser admirado é a grande origem dos comportamentos morais.

Embora seja um livro que aborda mais questões morais e não entre na economia de fato, o livro da um prelúdio das ideias de Smith e acaba se tornando a base para o sua ideia de liberalismo econômico.

Em 1760 alguém que visitasse a Inglaterra provavelmente ouviria falar sobre Adam Smith de Glasgow, Estudantes viajavam de todas as partes da Europa, inclusive da longínqua Rússia apenas para ouvir suas elaboradas aulas e exposições, Smith já se tornava uma personalidade notável e essa fama chamou a atenção de um homem chamado Charles Townshend por intermédio de seu agora amigo David Hume.

Townshend era um importante politico e parlamentar britânico na época, e dele veio um convite para Smith que poucos negariam convite de ser tutor para o filho de sua mulher. Ele seria o acompanhante do jovem duque e Charles ofereceu que poucos recusariam quinhentas libras por ano, mais as despesas e uma pensão de quinhentas libras por ano pela vida inteira. Smith até então, ganhava o salário máximo de cento e setenta libras, que era o pagamento de um professor naquela época, Smith aceitou.

O Tutor e o jovem duque então partiram então por uma viagem por toda a Europa, Passaram por Genebra onde Smith conhecera Voltaire, Viajou para Paris onde teve um encontro com o maior pensador econômico da França, François Quesnay, doutro da Corte de Luis XV e um dos percursores da escola de economia conhecida como Fisiocracia, que se opunham aos mercantilistas da época, dizendo que as riquezas não vinham de reservas de ouro e da prata, mas sim do trabalho produtivo na agricultura. Foi nesse período que Smith começou a refletir mais sobre as questões econômicas, principalmente sobre as causas da riqueza de um país.

Smith discordava dos mercantilistas e simpatizava com algumas ideias dos Fisiocratas apesar de não concordar com a tendência agrícola, ele acreditava nos logos da fisiocracia o Laissez-faire (deixai fazer) e o Laissez-passer(deixai passar).

Ainda em suas viagens, Smith conheceu também um notável americano Benjamin Franklin, que lhe forneceu dados sobre a riqueza das colônias americanas e debateram sobre o papel que elas desempenhariam um dia, esse dialogo certamente influenciou nas futuras escritas de Smith sobre as Colônias, afirmando que elas constituíram uma nação que prometia se transformar na maior e mais formidável do mundo, então após anos desde sua ultima publicação e após vários insights e estudos Smith lança seu maior trabalho, The Wealth of Nations.

        

Em 1776 era publicado The Wealth of Nations (A Riqueza das Nações), o livro havia sido classificado como manifestação não apenas de uma grande mente, como também de toda uma época, livro que foi contra o protecionismo do mercantilismo e gerou uma ideologia que dominou o século tendo sua forte influencia até hoje o Liberalismo, esse trabalho irá expor algumas das principais ideias do livro.

The Wealth of Nations é um grande livro dividido em diversos capítulos sendo o primeiro intitulado “Das causas do aumento da produtividade e do trabalho” e trata justamente sobre esse assunto, já no primeiro capitulo Smith explicita que a fonte do valor é determinada pelo trabalho produtivo e a produtividade esta em ligação com a divisão do trabalho, quando há uma maior divisão de trabalho, há uma maior a produtividade, quando um trabalhador desempenha uma única tarefa a repetição aumenta a habilidade e velocidade, além de aproveitar o tempo evitando mudanças de tarefas, o resultado é o aumento de produção e redução de custos, Smith utiliza um exemplo que muito foi difundido, se um único homem produz um alfinete do início ao fim, provavelmente não iria produzir mais do que um ou dois por dia, no entanto uma fabrica de alfinetes, com diversos funcionários cada um desempenhando uma função, é produzido centenas a milhares de alfinetes por dia.

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