Economia Unidade I - Unip
Por: Jhonny Soares • 11/10/2016 • Trabalho acadêmico • 4.588 Palavras (19 Páginas) • 479 Visualizações
1 Introdução À EConoMIA
A ciência econômica tem como pressuposto estudar a escassez dos recursos, ainda que as necessidades humanas sejam ilimitadas. Nesse sentido, a função da economia é alocar (distribuir) bem os recursos, otimizando-os, minimizando seus custos e maximizando sua rentabilidade.
Assim, há a necessidade de se fazerem escolhas, ou seja, o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir.
1. Economia de mercado ou descentralizada estabelecida no modelo capitalista.
2. Economia centralizada ou planificada sedimentada no modelo socialista.
A economia capitalista se apresenta com um viés mais dinâmico dentro da concepção do mercado, subdividindo-se em:
• sistema de concorrência pura ou perfeita, em que quase não há a intervenção do governo; • sistema de economia mista, em que há maior participação do governo.
No modelo de concorrência pura ou perfeita, o mercado proporciona o equilíbrio dos preços, o que é denominado de laissez-faire , isto é, sem a presença do estado. Como explanou o célebre economista inglês Adam Smith, é como se existisse uma “mão invisível” que levasse a economia ao equilíbrio.
No âmbito da oferta/procura, podemos elucidar:
• excesso de oferta (escassez de demanda): aqui há um excedente de estoques com a concorrência entre as empresas (concorrência intercapitalista), os preços tendem a cair até atingir o equilíbrio; • excesso de demanda (escassez de oferta): há filas de consumidores que competirão entre si pelos produtos. Os preços tendem a se elevar até atingir o equilíbrio.
No âmbito das escolhas, caracterizamos:
• o que e quanto produzir: a decisão acontece no âmbito dos consumidores, ou seja, pelo cruzamento da oferta/procura. • como produzir: é decidido no âmbito das empresas; diz respeito a uma questão de eficiência produtiva, de ter know-how .
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Unidade I
ASSOC. - Revisão: Carla/Luanne - Diagramação: Fabio - 27/03/13
• para quem produzir: caracteriza-se por ser uma questão distributiva, isto é, há o benefício, o privilégio de se produzir determinado produto ao invés de outro.
O sistema de concorrência pura ou perfeita se apresenta com imperfeições, pois a partir do instante em que a economia vai se tornando mais complexa, outras variáveis surgem tornando o equilíbrio dos preços mais difícil.
Vejamos as variáveis:
• a realidade econômica é analisada sob uma forma muito simplista, simplificada;
• em uma economia de mercado, os preços nem sempre atingem o equilíbrio, pois:
— os sindicatos exercem uma pressão no valor dos salários que reflete nos preços;
— os monopólios e os oligopólios formam cartéis que pressionam para que não haja redução dos preços;
— intervenção do governo com subsídios, impostos, políticas cambial, salarial;
— preços mínimos;
— preços públicos (água, energia).
Nos países emergentes em processo de industrialização, o estado intervém nos setores estratégicos como os de infraestrutura, isto é, aeroportos, portos, siderúrgicas, petroquímicas, hidroelétricas, indústrias petrolíferas, pois são setores que exigem altas inversões de capital e apresentam taxa interna de retorno (TIR) de longo prazo, inviabilizando investimentos do setor privado. Hoje, já há a Parceria Público-Privada (PPP), no sentido de atenuar esse “gargalo”.
Como expusemos anteriormente, com a evolução da economia, o grau de complexidade se elevou, surgindo outras variáveis, como monopólios, oligopólios, a especulação financeira, a dinamização do comércio internacional, a expansão dos sindicatos. Nesse contexto, esse modelo não mais consegue explicar as crises econômicas, principalmente a depressão de 1929, “quebra” da bolsa de Nova Iorque (EUA), na qual 90% dos bancos faliram. Assim, a presença do Estado na economia, no intuito de fazê-la retornar ao equilíbrio, era necessária. Dessa forma, a sua atuação aconteceria por:
• complementação de investimentos da iniciativa privada em setores que exigem altas inversões de capital e taxa interna de retorno de longo prazo;
• fornecimento de bens públicos que não são vendidos pelo Estado, como educação, saúde, segurança;
• fornecimento de preços públicos, como água, energia, saneamento básico;
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Economia
• o governo como maior tomador e emprestador de recursos, ou seja, na compra e venda de serviços;
• economia centralizada ou planificada;
— O maior representante desse modelo foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em que os meios de produção como máquinas, matérias-primas, terras, edifícios, sistema financeiro pertenciam ao Estado. Os meios de sobrevivência como vestuário, eletrodomésticos, veículos, pertenciam ao indivíduo.
observação
O que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir em uma economia socialista é resolvido por um órgão central de planejamento; na economia capitalista, é resolvido pelo mercado.
2 ForMAção do PEnsAMEnto EConÔMICo
Mercantilismo
Essa escola de pensamento econômico caracteriza-se pelo acúmulo de metais preciosos, particularmente ouro e prata. Quanto maior esse acúmulo, mais forte seria a nação.
Fisiocracia
Escola francesa de pensamento econômico (séc. XVIII) segundo a qual a terra seria a única fonte de riqueza de uma nação. Foi a primeira escola a dividir a economia em setores, mostrando que estes apresentavam uma inter-relação. Seu maior expoente foi François Quesnay.
• Adam Smith
Economista
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