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Economia produto interno bruto

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Por:   •  14/11/2014  •  Tese  •  1.379 Palavras (6 Páginas)  •  313 Visualizações

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Como Sandra, muitos outros empreendedores têm apostado alto na vaidade do brasileiro, e ajudado a impulsionar o crescimento do setor de serviços do país, que se destaca no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No segundo trimestre deste ano, os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os serviços tiveram expansão de 0,8%, a maior entre os setores da economia.

Dados da Junta Comercial mostram que na cidade de São Paulo o número de registros em cartório de novos estabelecimentos ligados ao setor de beleza já supera, por exemplo, o de lanchonetes e estabelecimentos similares como casas de chá e de sucos.

Entre janeiro e julho deste ano, foram abertas em São Paulo 2.445 empresas de serviços relacionados à beleza, uma alta de 85% em relação ao número de registros no mesmo período do ano passado (1.317). Já o número de abertura de lanchonetes e similares subiu de 1.705 em 2010 para 1.989 em 2011 (alta de 12,5%). Segundo os dados da Junta, existem em atividade na cidade 10.123 estabelecimentos ligados à beleza e 40.552 lanchonetes.

No país, o número de salões de beleza cresceu 78% em cinco anos, de 309 mil, em 2005, para 550 mil, em 2010, segundo levantamento da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel).

Parte do crescimento se deve ao incentivo à formalização pelo programa federal que criou a figura jurídica do Empreendedor Individual para negócios com receita bruta anual de até R$ 36 mil. Com burocracia reduzida e menores alíquotas, o programa tem facilitado a legalização e o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o que faz com que muitos desses pequenos estabelecimentos passem tanto a emitir nota fiscal como a ter acesso a financiamentos, além de garantir a cobertura da Previdência Social.

Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o número de empreendedores individuais formalizados já soma 1,5 milhão no país. Desse total, os cabeleireiros ocupam o 2º lugar na lista das principais ocupações, com 7,6% do total de registros - percentual inferior apenas ao de empreendedores ligados ao comércio de vestuário e acessórios (10,5%). Somados todos os cabeleireiros que aderiram ao programa e os profissionais de atividades de estética e beleza, o número passa de 146 mil empreendedores, correspondendo a quase 10% de todos os registros.

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Para a coordenadora de projetos de serviços do Sebrae, Karen Sitta, o baixo custo de investimento para abrir um salão e o rápido retorno podem ajudar a explicar porque há tantos negócios do gênero. “É moda, mas é um mercado que tem tido muita procura e um crescimento fantástico. E como o custo é relativamente baixo, é natural que seja o caminho e a oportunidade que muitos encontram para abrirem seu próprio negócio”, diz.

Ela chama a atenção, no entanto, para a necessidade de buscar a profissionalização e a capacitação da mão de obra para não correr o risco fechar as portas. “Os empreendedores precisam entender o salão como negócio. Não basta só abrir o ponto”, diz. Karen lembra que é preciso lidar com uma série de regulamentações e normas técnicas de higiene e saúde e, sobretudo, saber gerenciar a equipe. “Como a rotatividade no setor é alta, investir na qualificação técnica e na retenção de talentos passou é estratégico”, avalia.

Classe C lidera alta de gasto com beleza

O aumento dos gastos dos brasileiros com beleza talvez seja a principal razão para o aumento do número de salões. Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que as despesas com higiene e cuidados pessoais saltaram 388% em oito anos, de R$ 8,9 bilhões em 2002 para R$ 43,4 bilhões em 2010. Segundo o levantamento, a classe C (famílias que ganham entre três e 10 salários mínimos) liderou a alta, respondendo por 45,64% dos gastos (Veja quadro ao lado).

Estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) mostra que os gastos dos brasileiros com serviços de cabeleireiros cresceram 44% em seis anos, movimentando por mês mais de R$ 1 bilhão, praticamente o mesmo valor consumido pelas famílias com frango.

Dados do Euromonitor de 2010 mostram que o país é o terceiro maior mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. Na venda de desodorante, produtos infantis e perfumaria o Brasil já é o maior mercado mundial.

Segundo a Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as 1.659 empresas que atuam no mercado faturaram em 2010 R$ 27,3 bilhões, uma alta de 11,8% em relação a 2009.

Mudanças de hábito

Para Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, a elevação dos gastos com beleza está diretamente ligada ao aumento do poder aquisitivo

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