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Empreendedorismo social e empreendedorismo empresarial com responsabilidade social – da prática

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Por:   •  12/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.195 Palavras (17 Páginas)  •  697 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO SOCIAL E EMPREENDEDORISMO

EMPRESARIAL COM RESPONSABILIDADE SOCIAL – DA PRÁTICA

A NORMALIZAÇÃO

EDUARDO MITSURU HITAKA

Aluno de bacharelado em Turismo das Faculdades Integradas Associação de Ensino

de Santa Catarina – FASSESC

emtourhitak@hotmail.com

MARCELO MARTIM DOS SANTOS

Aluno de bacharelado em Turismo das Faculdades Integradas Associação de Ensino

de Santa Catarina – FASSESC

msmartim@gmail.com.br

Resumo: O presente artigo discorre sobre o empreendedorismo neste início do século XXI, que

está cada vez mais envolto pela responsabilidade social, pressionado por uma sociedade que exige

ações que visem um desenvolvimento sustentável com preocupações sócio-ambientais e não

somente econômicas. Emerge assim, o empreendedorismo social e a normalização da

responsabilidade social para as organizações já estabelecidas e mesmo para os novos

empreendedores empresariais, tornando possível esta prática, mesmo para as organizações que

visam o retorno financeiro, o que é evidente em se tratando de negócios, mas se preocupam com

esta questão.

Palavras chaves: Empreendedorismo; Responsabilidade Social; Normalização.

INTRODUÇÃO

Este início de século XXI está sendo marcado por inúmeras transformações

em todos os aspectos da sociedade, dentre estas, as que se referem às questões

sociais e mesmo as ambientais, cujos impactos recaem sobre toda a sociedade.

Dentro desta nova conjuntura, repleta de problemas como a exclusão social, a

má distribuição de renda, a exploração do trabalho infantil e prostituição de crianças

e adolescentes, entre tantos outros, emerge uma forma de empreendedorismo que

visa atenuar estes problemas: o empreendedorismo social.

Sendo assim, um dos objetivos deste artigo é procurar elucidar um pouco

mais este fenômeno que, mesmo sendo influenciado pelo empreendedorismo

privado, ou empresarial, têm características próprias que a diferencia já na sua

essência: o foco em buscar justamente as soluções para as questões sociais, tendo

como medida de desempenho o impacto social, em contraposição a obtenção de

lucros do empreendedorismo empresarial. (BRITO, 2005).

Discorre-se também sobre a evidência da responsabilidade social, caminho

encontrado pelas organizações que pretendem se engajar nas questões sociais e a

elaboração das diretrizes que nortearão estas organizações, através de normas de

responsabilidade social que deverão estar disponíveis em 2009, data prevista para a

finalização da ISO 26000, da International Standartization Organisation, tendo o

Brasil um papel fundamental, como um dos líderes, juntamente com a Suécia.

(UNIETHOS, 2007).

O EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Dentre as questões sociais, a pobreza é considerado por Noleto e Werthein

(2004) como a face mais perversa da desigualdade social, para a qual a viabilização

da inclusão social, através de ações centradas não apenas em aspectos

econômicos, mas no desenvolvimento social e humano, seria o caminho.

Um termômetro que evidencia a gravidade dos problemas sociais no Brasil é

a própria existência do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome –

MDS. Criado em 23 de janeiro de 2004, tem como missão:

Promover o desenvolvimento social e combater a fome visando

a inclusão e a promoção da cidadania, garantindo a segurança

alimentar e nutricional, uma renda mínima de cidadania e

assistência integral às famílias. (MDS, 2007).

Apesar do empenho do poder público, com programas como o Fome Zero –

da Presidência da República - e o Bolsa Família – do MDS, Coriolano, 2005, coloca

que o Estado-nação, orientado por uma política neoliberal, é subserviente aos

ditames de uma economia globalizada, permitindo que a exclusão social persista no

Brasil.

Dentro deste contexto começa a emergir o empreendedorismo social, onde a

paixão por uma missão social se une às características do empreendedorismo

tradicional. Dees, (1999 apud PICCININ, [2005?]), afirma que o empreendedorismo

social surge para suprir as falhas oriundas das atuações ineficientes dos organismos

governamentais e da filantropia.

Tal afirmação encontra respaldo na constatação de Cunha (2005, p. 6), na

qual o surgimento deste tipo de empreendimento no Brasil foi “[...] tanto embalado

pela incapacidade dos Governos resolverem os problemas sócio-ambientais, quanto

pela maior consciência dos cidadãos sobre a necessidade de contribuir para a

resolução

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