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Emprego Industrial no Brasil: Análise de Curto e Longo Prazos

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Por:   •  10/9/2013  •  Trabalho acadêmico  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  509 Visualizações

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Emprego Industrial no Brasil: Análise de Curto e Longo Prazos

Um dos fatos mais marcantes referentes ao comportamento do mercado de trabalho brasileiro na década de 1990 foi a substancial redução de empregos industriais. Os dados da pesquisa industrial mensal (PIM), do IBGE, mostram que, enquanto a produção industrial cresceu 1,25% ao ano, em média, entre 1990 e 1999, o emprego industrial caiu 5,8% ao ano, em média, no mesmo período. A redução do emprego industrial foi praticamente monotô;nica desde 1990, atenuada por períodos muito curtos de leve crescimento ou de estabilização. Em dezembro de 1999, o emprego industrial dessazonalizado (pelo método X-11 Arima) era 48,7% inferior ao nível observado em janeiro de 1990.

O elevado grau de importância do tema contrasta com o pequeno número de modelos econométricos estimados recentemente que procuram identificar os fatores por trás da determinação do emprego industrial.

O objetivo deste artigo é preencher esta lacuna empírica, através da estimação do tradicional modelo dinâmico de demanda por trabalho com os dados da PIM entre janeiro de 1985 e agosto de 1999. No caso, estima-se uma equação de ajustamento parcial do emprego industrial, contendo como variáveis explicativas o produto e o custo salarial real médio (incluindo todos os encargos sociais e benefícios).

Como há sinais de que as variáveis analisadas são não-estacionárias, estima-se também uma relação de co-integração entre elas e o modelo de vetor de correção de erros (VECM) correspondente. Os procedimentos para a estimação da matriz de co-integração e do VECM levam em conta as restrições impostas pela equação de Euler do modelo linear quadrático, conforme demonstrado em Dolado et alii (1991).

As principais contribuições do artigo são a atualização das estimações do modelo tradicional de ajustamento parcial, que corretamente levam em conta os aspectos dinâmicos da determinação do emprego, e o uso de técnicas adequadas para lidar com o problema da provável presença de raízes unitárias nas variáveis do modelo, o que pode estar comprometendo os resultados do modelo tradicional, devido ao clássico problema de regressões espúrias.1

A próxima seção apresenta o modelo de ajustamento parcial do emprego e alguns resultados empíricos de estimações de equações de emprego para outros países e para o Brasil. A seção 3 descreve os dados utilizados neste artigo. A seção 4 contém os principais resultados da estimação da equação de ajustamento parcial do emprego industrial no Brasil. A seção 5 mostra como a estimação do modelo de custos de ajustamento quadráticos é afetada pela presença de variáveis não-estacionárias. A seção 6 apresenta os resultados da análise de co-integração e o modelo de correção de erro estimado. As conclusões são apresentadas na última seção do artigo.

Taxa de emprego no Brasil:

O IBGE divulgou hoje a série cronológica (aceder aqui em formato PDF) que faz a retrospectiva da população ocupada (empregada) e desocupada (desempregada) para o período entre 2003 e 2009. A área de enfoque desta informação estatística compreendeu as áreas metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

O IBGE (ver resumo) identificou significativas quebras na população desocupada em todas as regiões ao longo do período de 7 anos: mais modestas na área do Rio de Janeiro (8%) mais expressivas em Belo Horizonte (24,2%).

Algumas frases chave destacadas pelo IBGE:

Em sete anos, média anual da população desocupada caiu 28,2%

Participação das mulheres na população ocupada teve crescimento contínuo

Participação dos trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo na força de trabalho sobe de 46,7% para 57,5%

Em 2009, 66,8% dos trabalhadores contribuíam para a previdência, contra 61,2% em 2003

Serviços prestados a empresas foi o agrupamento de atividade com maior crescimento: 30,6%

Em sete anos, contingente médio anual da população desocupada reduziu-se em 28,2%

Em 2009, a taxa de desocupação média anual ficou em 8,1%

De 2003 a 2009, a média anual do rendimento real dos trabalhadores cresceu 14,3%

Rendimento médio real das trabalhadoras representa pouco mais de 70% do dos homens

Média anual dos rendimentos dos trabalhadores pretos ou pardos

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