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Estratégias Tradicional e Oportunista

Por:   •  21/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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Estratégias Tradicional e Oportunista

A empresa que adota a estratégia tradicional geralmente não muda seus produtos, os principais motivos para que isso não ocorra incluem os fatos de que o mercado não demanda uma mudança no produto, os concorrentes também não inovam e a falta de capacidade técnica da empresa para realizar mudanças.

Grande parte dessas empresas opera em situação de extrema competição, quase em concorrência perfeita, dessa forma a feroz concorrência por preços leva a um controle rígido de custos, restringido assim os recursos para atividades com retorno de mais longo prazo como o desenvolvimento de novos produtos e modernização produtiva.

Um tipo específico de empresa que adota a estratégia tradicional é aquela em que a reputação do produto se dá exatamente pela característica artesanal da produção, Dessa forma, mudanças no produto e na embalagem não são bem recebidas pelos consumidores, que preferem a condição artesanal do produto e uma inovação nesse sentido poderia acarretar uma descaraterização do produto.

Estratégia Oportunista está relacionada a exploração de nichos de mercado ou oportunidades temporárias em mercados que estão passando violentas transformações. Dessa forma, a empresa utiliza de mecanismos como a imaginação e o conhecimento da demanda que, nesse caso, são mais importantes que a capacidade técnica e que quando utilizados corretamente abrem janelas de mercados a serem exploradas.

Doença holandesa (dutch disease): forte aumento das exportações de produtos primários ou serviços. O termo dutch disease foi cunhado pela revista The Economist em um artigo homônimo publicado em 1977, no qual se estabeleceu uma relação de causalidade entre a apreciação cambial da moeda holandesa em decorrência da descoberta de grandes reservas de gás natural no país nos anos 1960. O aumento das exportações destas commodities por sua vez, teria diminuído a rentabilidade das vendas externas de produtos industrializados, reduzindo a participação da indústria e das manufaturas no PIB. Trata-se de algo nocivo ao desenvolvimento econômico à medida que: uma taxa de câmbio valorizada desestimula as exportações; é muito custoso aos países ajustar suas contas fiscais quando há reversão dos preços das commodities, especialmente por conta do caráter pró-cíclico das despesas do governo; gera-se uma distorção de preços relativos e repasse do aumento dos preços das commodities para a inflação doméstica; podem faltar recursos para fomentar atividades de alto conteúdo tecnológico, cujas externalidades para o restante da economia são superiores às verificadas com a produção de matérias-primas; pode haver uma especialização excessiva na fabricação de alguns produtos, a despeito das vantagens comparativas (estáticas) de cada país; e o país pode ter dificuldades de financiar o déficit em conta corrente quando houver uma mudança nos preços das commodities (Bresser-Pereira 2008). Desse modo, verifica-se que doença holandesa e desindustrialização são conceitos que podem ou não ser correlatos. Enquanto a primeira acarreta o surgimento da segunda, a desindustrialização pode ocorrer simplesmente em função do processo de desenvolvimento econômico. Assim, tratar ambos os fenômenos sem distinção, além de representar um equívoco, não permite aferir adequadamente nenhum dos dois fenômenos. Adicionalmente, a interpretação que a desindustrialização é um processo nocivo ao desenvolvimento econômico depende da definição e base de dados utilizada.

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