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Eugen Von Böhm-Bawerk

Por:   •  21/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  427 Visualizações

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EUGEN VON BÖHM-BAWERK

Eugen von Böhm-Bawerk (1851-1914) foi o terceiro membro do trio austríaco (junto com Menger e Von Wieser). Foi professor de economia política na Universidade de Viena e serviu o governo austríaco no cargo de ministro das Finanças.

Von Bohm-Bawerk contribuiu de diversas maneiras na Economia, dentre elas a análise econômica que se destaca, analisa o elemento de tempo, não em relação as alterações sistemáticas na economia ou em relação ao crescimento econômico, mas o tempo como um elemento significativo no curso normal dos assuntos econômicos, influenciando todos os valores, os preços e os lucros.

Teoria dos juros

Eugen von Böhm-Bawerk incorpora o tempo em sua análise econômica em sua famosa teoria dos juros, que lhe rendeu seu magnum opus, a obra Capital e Juro. Assim o juro surge por três motivos, sendo os dois primeiros subjetivos:

• Orientação atual. Os bens são mais apreciados no presente do que no futuro, sendo assim, menosprezamos as necessidades futuras e os bens que devem satisfaze-las. A única irracionalidade que Von Bohm-Bawerk introduziu em seu "homem econômico", é uma falha de perspectiva. As pessoas subestimam as necessidades futuras porque tem imaginação falha, porque tem força de vontade limitada para resistir à extravagancia. Mesmo tendo, em certos momentos consciência das necessidades futuras, sabem que a vida é curta e incerta e, portanto, preferem aproveita-la hoje do que se sacrificar para o futuro.

• Expectativa do aumento da riqueza. A segunda base para os juros, também subjetiva, surge da ideia de que somos preparados para nos interessar pelo consumo presente em vez do consumo futuro, porque esperamos ser mais ricos no futuro. É nítido que essa base para os juros, assim como a primeira, concentra-se no consumo.

• Produção indireta. A terceira base para os juros envolve a produção. O processo de produção estendido, ou torna-se mais indireto, quando mais e mais bens de capital são produzidos e usados para a fabricação de produtos finais.  Um exemplo que pode ser utilizado é a prática da pesca. Para se obter uma pesca melhor, uma pessoa constrói um barco, que aumenta o processo de produção, e o produto físico final, que seria o número de peixes pegos é maior do que se todo o tempo fosse gasto pescando em vez de construindo o barco. Até von Böhm-Bawerk, a duração do período de produção era considerada um dado tecnológico e, portanto, constante. Eugen von Böhm-Bawerk o transformou em variável.

Com base nesses três conceitos, seguiu-se a explicação do juro. Segundo Eugen von Böhm-Bawerk, ele é um prêmio, aplicado sobre o valor e o preço de bens de consumo atuais. Os trabalhadores e os proprietários de terras recebem o valor atual de seus serviços produtivos. Os aumentos no valor, decorrentes dos métodos mais produtivos que se tornam possíveis com o decorrer do tempo, permanecem nas mãos dos empreendedores. Os juros passam do empreendedor para o capitalista (financiador), que disponibiliza fundos para a produção indireta ou que utiliza capital. Assim, os trabalhadores e os proprietários de terras recebem o valor do produto de seus serviços, mas o valor é descontado no presente. Em resumo, os juros podem ser pagos pelo empreendedor, uma vez que, quanto mais indireto for o processo de produção, mais produtivo e eficiente ele se torna. Os juros precisam ser pagos, porque as pessoas preferem o consumo atual ao futuro.

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