Exploração do Trabalho analisada sob a ótica de J. Robinson
Por: CaioCTSM • 6/6/2018 • Resenha • 266 Palavras (2 Páginas) • 269 Visualizações
Exploração do trabalho analisada sob a ótica de J. Robinson
Joan Robinson define exploração como “um estado de coisas no qual o salário de um fator é inferior ao valor do seu produto marginal” (Robinson, 1933a: 310). Além disso, distingue dois tipos de exploração: a monopolista, que ocorre “quando a curva de demanda por um bem não é perfeitamente elástica” (Robinson, 1933a: 311) e a monopsonista, que surge “quando a curva de oferta de um fator não é perfeitamente elástica para um empregador individual” (Robinson, 1933a: 311). Um aspecto interessante é que a “semi-exploração” se associa à existência de barreiras à entrada, isto é, ocorre em mercados de fatores e/ou de produtos, perfeitamente competitivos, mas em que não há livre entrada 10 . A principal conclusão (ou implicação) é a de que a exploração monopolista do trabalho não é eliminável pela elevação dos salários. A relação que existe entre o conceito de exploração e a liberdade de entrada deriva da idéia de que a restauração do nível normal dos lucros (redução dos lucros extraordinários) mediante uma elevação dos salários resulta em um preço maior para o bem e menos emprego, no ramo de atividade, ao contrário do ajuste que ocorreria mediante a entrada de novos concorrentes, pois isto.
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