Formulação Estrategicas
Dissertações: Formulação Estrategicas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatytheodoro • 19/2/2015 • 947 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
Dificilmente se passa um dia em que não haja anúncio na imprensa referente à criação ou à dissolução de uma aliança estratégica. O crescente aumento da popularidade desse novo tipo de atividade é visto como mais uma prova da constante marcha da globalização, principalmente devido ao fato de grande e crescente número desses acordos envolver empresas de, pelo menos, duas nacionalidades diferentes.
Num mundo globalizado, o incremento da competitividade tornou-se questão de sobrevivência para as empresas, independentemente do ramo em que elas atuam. A globalização não só exige presença nos mercados chaves, mas também aumento da produtividade, redução dos custos, melhoria da qualidade dos produtos, investimentos na qualificação dos funcionários e desenvolvimento de novas tecnologias; entretanto, muitas vezes, o incremento da competitividade e a onipresença em diversos mercados são atividades muito onerosas para a maioria das empresas. Poucas delas têm a capacidade de duplicar as suas cadeias de valores em tão diferentes lugares. Isso faz com que atividades de colaboração com outras empresas tenham de ser levadas em consideração, ou seja, a utilização de atividades de parceria é a maneira encontrada pelas empresas não só para sobreviverem no mercado, como também para aumentarem a sua competitividade.
A utilização de atividades de parceria com o sentido de se empreenderem relações de produção com outras firmas não é atividade recente; as inovações dos últimos tempos acontecem em pelo menos quatro níveis (Narula e Hagedoorn, 1999). Primeiro, a colaboração entre empresas é considerada agora a primeira e melhor opção, e não vista mais como a última alternativa disponível (Dunning, 1995). Segundo, as firmas estão cada vez mais usando acordos de parceria para realizarem atividades na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), uma atividade que, tradicionalmente, foi muito vigiada pelas empresas. Cálculos recentes estimam que acordos de parceria na área de P&D totalizam aproximadamente 10-15% de todos os acordos firmados entre empresas, e acredita-se que esse número tenha triplicado desde o início dos anos 80 (Culpan e Kostelac, 1993; Gugler e Pasquier, 1996). Terceiro, não só as firmas estão investindo em P&D por meio de parcerias, como elas estão fazendo esses investimentos em conjunto com empresas de outros países e, muitas vezes, dentro de localidades estrangeiras (Hagedoorn, 1996). A quarta e última novidade em termos de alianças estratégicas na área de P&D, é o crescente uso de diversas formas de organização não-tradicionais, em particular a crescente utilização de acordos de parceria sem participação acionária (non-equity type agreements). Em muitos casos esses tipos de acordo são o mecanismo mais eficiente de se desenvolver pesquisas em setores de alta tecnologia (Hagedoorn e Narula, 1996).
A formação de alianças estratégicas internacionais não se estende, por sua vez, somente aos países industrializados. Diversas parcerias internacionais vêm sendo feitas entre empresas multinacionais e empresas de países emergentes ou mesmo entre firmas oriundas de países em desenvolvimento (Vonortas e Safioleas, 1997).
Se observarmos o caso do Brasil, veremos que o país não é exceção. Casos como a criação da AmBev, a crescente participação de empresas estrangeiras no processo de privatização e a entrada maciça de investimentos diretos no Brasil, mostram que esse país apresenta um terreno muito fértil para a formação e o desenvolvimento de alianças estratégicas internacionais.
PROBLEMA
Apesar da crescente importância das alianças estratégicas na intensificação dos negócios internacionais competitivos de hoje, a análise científica desse tipo de parceria tem sofrido dificuldades em decorrência de dois fatores. Primeiro, existe insuficiência de trabalhos consistentes de natureza analítica, principalmente na área de modelagem, isto
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