História: David Ricardo
Por: Isabella Dias • 2/2/2016 • Bibliografia • 827 Palavras (4 Páginas) • 722 Visualizações
David Ricardo
David Ricardo nasceu filho de um rico capitalista inglês que havia conseguido sua riqueza na bolsa de valores. O próprio Ricardo superou seu pai em volume de riqueza logo antes dos 30 anos. Após ler A Riqueza das Nações de Adam Smith dedicou-se a estudar e escrever sobre Economia Política além de aumentar sua riqueza.
Ricardo é normalmente considerado o mais rigoroso dos economistas, e construiu um sistema abstrato de funcionamento do capitalismo e suas implicações insuperável em sua época. Além disso, foi também criado por ele um estilo de pensamento e dedução do sistema econômico existente até hoje.
David Ricardo foi contemporâneo de Malthus e como este, influenciado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pela crescente inquietação da classe trabalhadora frente aos proprietários de terra. Ricardo, contudo, sempre defendia os interesses da classe capitalista.
Em sua obra Princípios de Economia Política e Tributação, Ricardo define o que para ele é o problema central da Economia Política: O produto da terra – tudo que é retirado de sua superfície pelo emprego conjunto do trabalho, das máquinas e do capital – é dividido entre três classes da comunidade, a saber: o proprietário da terra, o dono do capital necessário para o seu cultivo e os trabalhadores que entram com o trabalho para o cultivo da terra. O principal problema da Economia Política é determinar as leis que regem esta distribuição.
A definição de renda da terra em sua teoria é “a parte do produto da terra que é paga ao seu proprietário pelo uso dos poderes originais e indestrutíveis do solo”, e sua teoria de determinação da renda baseava-se em duas hipóteses: a terra é diferente em sua fertilidade e todas as terras podem ser ordenadas a partir da mas fértil para a menos fértil e ; a concorrência sempre iguala a taxa de lucro dos fazendeiros capitalistas que arrendam suas terras para os proprietários. Ricardo também definiu produto líquido como a quantidade total produzida menos todos os custos de produção, inclindo a substituição do capital usado na produção e os salários dos operários, ou seja, produto líquido é todo o valor excedente criado pelo trabalho e que poderia ser destinado aos lucros ou à renda da terra.
Ricardo identificava que a prosperidade econômica era derivada do acúmulo de capital. Segundo ele, quando os capitalistas auferiam lucros e acumulavam capital, a busca por mão-de-obra aumentava, o que gerava um aumento de salários, fazendo-os superiores ao natural (de subsistência), o que levava a um aumento da população. Ricardo argumentava que enquanto houvesse lucro, esse ciclo poderia continuar indefinidamente.
Com respeito ao valor do trabalho, Ricardo afirmava que embora todas as mercadorias tivessem valor e utilidade, a utilidade não estabelecia o valor. De acordo com ele: “Possuindo utilidade, as mercadorias recebem seu valor de troca de duas fontes: de sua escassez e da quantidade de trabalho necessária para sua obtenção”. Ainda, defendia que para algumas mercadorias, a escassez era importante (ex.: estátuas, livros e vinhos), pois estas tinham um valor independente da quantidade de trabalho inicialmente necessário para sua produção, e que variava de acordo com a riqueza e inclinações daqueles interessados nelas. Contudo,
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