História Econômia Geral II
Por: moniquetr23 • 12/7/2016 • Trabalho acadêmico • 658 Palavras (3 Páginas) • 354 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
INSTITUTO DE ECONOMIA
HSTÓRIA ECONOMICA GERAL II
De fato a inflação na Grã-Bretanha havia sido controlada com cautela e, em 1925, trouxe de volta o padrão-ouro com o preço vigente antes da Primeira Guerra Mundial, porém essa taxa só teria sucesso se houvesse queda nos preços britânicos pelo menos ao patamar dos preços norte-americanos. Foi uma longa jornada até que finalmente o padrão-ouro fosse oficializado novamente na Grã-Bretanha, e para isso foram tomadas duras medidas monetárias e fiscais. O que complicou a situação para a Grã-Bretanha foi o presidente do Fed querer retomar os preços de 1913 no país: essa política deflacionária visava aumentar os estoques de ouro do Fed. Para a Grã-Bretanha seria muito mais difícil abaixar seus preços quando os EUA estavam fazendo o mesmo, o que fez com que o Banco da Inglaterra tomasse um caráter ainda mais limitativo em suas políticas para que a libra fosse valorizada em relação ao dólar. Tais políticas contencionistas foram extremamente necessárias para que os preços britânicos fossem alinhados aos norte-americanos. A situação melhorou quando os preços norte-americanos pararam de sofrer quedas, em 1922. (Eichengreen, 2000: 91)
Em 1924, com o objetivo de auxiliar a retomada da Grã-Bretanha ao padrão-ouro, o Fed diminuiu suas taxa de redesconto, valorizando a libra. O governo britânico teve que lidar com mais uma dificuldade: um pouco antes de se oficializar a retomada ao padrão-ouro, os mercados se precipitaram a aumentar a cotação da libra, sendo a mesma, no início de 1925, já estando praticamente em seu mesmo nível de antes da Grande Guerra. A libra estava supervalorizada e essa situação elevou muito os preços britânicos, desfavorecendo os exportadores do país, caindo a demanda pelos produtos e aumentando o desemprego. A volta da paridade anterior a Primeira Guerra Mundial foi o que desarticulou ainda mais a economia da Grã-Bretanha na década de 20, que teve diversas medidas restritivas tomadas em seu favor, e contribuiu fortemente para a fragilidade que a economia do país viveu nos anos seguintes. (Eichengreen, 2000: 92)
É fato que as reservas de ouro britânicas estavam caindo desde a retomada ao padrão ouro e entre os anos 1929 e 1931 a balança comercial do país só piorava. A situação das contas correntes eram graves, com as exportações inglesas tendo uma queda considerável - sendo essa diretamente ligada ao alto desemprego no período - o que fazia com que o ouro do Banco da Inglaterra fosse cada vez mais limitado. É bem claro que a situação não estava favorecendo em nada os exportadores britânicos, muito pelo contrário. (Eichengreen, 2000: 118) O banco realizou aumentos na taxa de redesconto porém isso não atraiu o capital esperado para melhorar a conta corrente. A elevação das taxas causou aumento no desemprego, enfraquecia os bancos pela falta de empréstimos e danificava a posição fiscal do governo que já acumulava diversas dívidas, inclusive a dívida de guerra que teria que ser paga aos Estados Unidos pelo auxílio que os norte-americanos prestaram aos britânicos durante a Grande Guerra. O déficit prevalecia nos anos 1930-1931, bem diferente do orçamento em superávit que se registrava antes. (Eichengreen, 2000: 119)
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