IMPACTOS DAS DROGAS NA MAIOR CAPITAL ECONÔMICA DO BRASIL
Por: lucason • 6/11/2015 • Monografia • 1.768 Palavras (8 Páginas) • 542 Visualizações
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E GERENCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
IMPACTOS DAS DROGAS NA MAIOR CAPITAL ECONÔMICA DO BRASIL
CIDADE DE SÃO PAULO
São Paulo
2014
- Escolha do Tema
“De acordo com uma pesquisa realizada pela Unicef (2002) para o Brasil em 2001-02 revela que 21,6% dos adolescentes de 12 a 17 anos da classe A e 20,5% daqueles da classe B usavam ou já tinham feito uso de drogas ilícitas; nas classes C e D este porcentual é, respectivamente, 11,4% e 16,5%. Da mesma forma, pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) nas 24 maiores cidades do Estado de São Paulo em 1999 (10 da RMSP) também revela que a prevalência do uso de drogas é maior nas classes sociais abastadas: 3,3% e 2,0% das pessoas das classes A e B, respectivamente, já tinham feito uso de cocaína, em contraposição a 1,2% e 1,5% nas classes C e D . Na amostra da pesquisa, o uso diário ou de pelo menos uma vez por mês de cocaína nos doze meses anteriores à realização da pesquisa só foi detectado na classe B. Mas, embora a prevalência do uso de drogas seja maior nas classes sociais abastadas, o tráfico envolve preferencialmente as camadas pobres da população: 11% da classe A declarou ver freqüentemente pessoas vendendo drogas na vizinhança, porcentual que cresce com o nível de pobreza da população, para atingir 27% na classe D.” (Kilsztajn. S, 2003,p.259-279).
A escolha do tema parte da citação acima, onde iremos procurar atravésde teorias econômicas averiguar qual a situação e os problemas socioeconômicos gerados pelo consumo e tráfico de entorpecentes na maior cidade economicamente ativa do país, a cidade de São Paulo. Os dados utilizados nesta pesquisa serão baseados em informações obtidas através do Censo do IBGE 2010, informações obtidas através da Fundação SEADE e o número de ocorrências policiais disponíveis no site da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para o ano de 2013.
- Justificativa
Por estar correlacionada diretamente com as condições econômicas dos agentes de uma sociedade e por ser um problema que acarreta determinado atraso no desenvolvimento de uma região, estado ounação, o crime aqui abordado que é previsto em lei constitucional, ou seja, o consumo e tráfico de entorpecentes ilícitos torna-se objeto de estudo econômico cada vez mais frequente entre economistas, como também de autores de outras áreas das ciências, como a Social que verifica o impacto direto à qualidade e expectativa de vida das populações e a Ciência Política visto que o combate ao crime necessita da participação imprescindível dos governos e a melhor alocação de recursos públicos.
Procuramos com o resultado da pesquisa demonstrar as regiões da cidade de São Paulo a abertasporSub-Prefeituras, os fatores socioeconômicos que envolvam um indivíduo na cidade de São Paulo a participar do consumo ou tráfego de drogas e qual o impacto na economia da cidade e seus distritos.
- Problema de Pesquisa e ou Hipótese de Pesquisa
A cidade de São Paulo possui o maior polo industrial do país, é a mais populosa cidade, empregam anualmente mais trabalhadores que qualquer outra região no país em diversos outros setores como serviços e financeiro. Sendo a cidade economicamente ativa mais atraente do estado de São Paulo, é normal também receber a maior quantidade de migração intra-estadual e também do país. Tais fatores são sempre acompanhados de diversos problemas sociais e econômicos, como o combate ao tráfico de drogas que além de manter um mercado informal ilícito por toda a cidade, onde não há pagamentos de impostos e tarifação, “emprega” uma boa parte do capital humano que diariamente gera problemas e despesas para a cidade, como os gastos em segurança pública, os enormes gastos da cidade em manter um dos maiores sistemas carcerários do país e embora seja difícil mensurar tais valores existem ainda os gastos gerados no sistema de saúde pública para tratamento de usuários como, por exemplo, a “Crackolância” no centro da cidade.
Há questões a serem analisadas com base na situação apresentada, algumas perguntas requerem respostas, tais como, os fatores econômicos que são preponderantes a um indivíduo que vive em uma das cidades mais ricas da nação (considerando a renda per capita) a se envolver no crime? Existe relação com a região da cidade em que ele reside? Há diferenças no envolvimento com drogas de acordo com a região da cidade? O nível de escolaridade é um fator determinante do envolvimento dos agentes com as drogas? Após uma mudança na pirâmide das classes sociais com a melhoria no último IDH divulgado pelo Censo 2010, houve alguma melhora em relação ao envolvimento com drogas? Ao final da pesquisa iremos responder algumas dessas perguntas e suas correlações econômicas.
- Objetivos (geral e específico)
Com o objetivo de averiguar até que ponto diferenças no ambiente econômico pode ser considerado responsável pela propensão para um aliciamento de um indivíduo ao comércio e consumo de drogas na cidade de São Paulo. “Para surpresa de muitos economistas, o desemprego e a inflação, os juros e impostos elevados não mais constituem as preocupações principais da opinião pública. Em pesquisas realizadas em meados dos anos noventa nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina, a maioria dos entrevistados aponta o crime e a violência como os problemas mais sérios do seu tempo.” (Fajnzylber, AraujoJr.,2001,p.167)
- Metodologia
Ametodologiautilizadaserá embasada em levantamentos e análise de dados de 2010 e 2013 da cidade de São Paulo, obtidos através do site de informações da Prefeitura de São Paulo, Censo do IBGE, DATASUS, Fundação SEADE e SSP(Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). Fatores econômicos como Faixa de Renda por Domicílios e sociais tais como nível de escolaridade por subprefeitura e número de ocorrências policiais obtidas no ano de 2013 que envolvam o consumo e tráficos de entorpecentes na cidade de São Paulo, serão utilizados e testado suas correlação através do modelo econométrico de regressão MQO, a fim de constatar se os fatores observados possuem justificativas empíricas e possam explicar as determinantes do envolvimento dos indivíduos com drogas.
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