Métodos quantitativos utilizados para gestão de negócios

2 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

Nas últimas décadas, cada vez mais, o mercado varejista de supermercados vem recebendo grandes investimentos de redes estrangeiras que partem em busca de novos mercados consumidores, tendo em vista que os seus mercados de origem apresentam saturação.

Logo após a introdução do Plano Real, ouve um grande aumento na entrada de redes supermercadistas estrangeiras no Brasil.

E o interesse em investir no Brasil pelos grupos estrangeiros desde então vem crescendo cada vez mais, por parte de grandes redes como, Grupo Sonae, Carrefour, Wal Mart e Royal Ahold.

O mercado Brasileiro ofereçe grandes atrativos para estas redes comerciais, tendo grande mercado consumidor, baixo poder de competitividade local e poucas restrições por parte da legislação quanto a entrada de novas empresas no mercado.

E com o intuito de tentar enfrentar este cenário, as empresas nacionais procuram fazer investimentos no sentido de aumentar o seu poder competitivo, através de melhorias nas lojas, venda das lojas menos rentáveis e criando organizações com central de compras e distribuição nas redes varejistas de médio e pequeno porte. Portanto, as empresas que não se ajustam a este ambiente ou não desenvolver meios e processos para aumentar a enficiência da produtividade, tentem a perder seu espaço econômico ou até mesmo a fecharem.

As empresas nacionais que não conseguem se adaptar a esta nova realidade podem optar pela associação ao capital estrangeiro como forma de permanecer no mercado.

No setor supermercadista de Porto Alegre nóta-se que ouve uma expansão das grandes redes estrangeiras e brasileiras através da aquisição de pequenas e médias empresas do setor.

Percebe-se que, cada vez mais, os grandes grupos estão, através de seu crescimento geo-econômico, ocupando espaços regionais, com a finalidade de consolidar suas posições neste mercado.

Devido ao crescimento dos grandes grupos na área de supermercados faz com que o consumidor porto-alegrense, seja em maioria, ciente de apenas três gigantes do varejo, um vez que as pequenas redes locais estão sendo absorvidas. As três grandes empresas Sonae, Carrefour e Zaffari correspondem a 90% do faturamento do setor na Capital e são responsáveis por 55% da receita estadual, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados.

Ouve uma grande mudança em 2006 com a entrada da gigante Wal Mart que assumiu o primeiro lugar no ranking do Estado, quando incorporou a rede Sonae e o segundo lugar no ranking nacional.

Juntamente ao surgimento e o fortalecimento da grande empresa, estão interligados um conjunto de eventos e inovações inter-relacionadas, que por sua vez, desencadeiam mudanças significativas ligadas ao sistema de produção e comercialização, gerando redução nos custos de transação e operação com economias de escala e de escopo, facilitando assim o surgimento dos oligopólios.

O setor de supermercado do Rio Grande do Sul enquadra-se melhor na situação de oligopólio fraco, sendo que se é considerado oligopólio fraco quando o market-share das quatro maiores empresas não ultrapassar 40% do mercado.

Considerando a definição de mercado relevante, verificamos que os indicadores de concentração podem ser mais acentuados pelo fato de que três das maiores redes de supermercados do Estado (Carrefour, Sonae e Zaffari) terem seu foco de atuação centrado na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Em relação aos aspectos ligados a ecomonia de escala das grandes redes, ocorre o uso de poder de negociação frente a fornecedores, incuindo propagandas compartilhadas e até bonificação em mercadorias para grandes oferatas.

Comprando em grande volume, os supermercados conseguem obter descontos por volume comprado, pertimitindo assim um custo menor nas mercadorias. Esta estratégia já vem sendo adotada nos últimos anos pelas pequenas redes, através da formação de cooperativas, que realizam compras para os associados. Tornando-se assim mais competitivos frente as grandes redes.

Percebe-se que os três grandes varejistas do setor, tem como conduta anunciar continuamente as suas ofertas e promoções nos meios de comunicação de massa, principalmente em jornais de circulação estadual, como o Zero Hora e Correio do Povo.

Outro diferencial de competitividade é a utilização de crediário próprio que permite, além de ganhos operacionais, rendimentos financeiros.

O grupo Carrefour tem uma estratégia de vendas baseada em preço, focando buscar o consumidor de baixa renda.

A rede Sonae, preservando os nomes dos grupos que adiquiriu, optou por uma política de preservação dos aspéctos históricos , emocionais e culturais associados a este grupo, que identificavam-se com a tradição gaúcha. Podendo associar assim sua estratégia competitiva a combinação de maior qualificação de suas mercadorias com a prática de preço competitivo.

Verifica-se que ocorreram tranformações na estrutura e na forma como opera o setor, em face do processo de globalização mundial de mercados, evidenciando-se uma tendência à concentração neste segmento da economia gaúcha, que acompanha tendências nacionais e mundiais.

As mudanças estruturais ocorreram principalmente pela entrada de redes estrangeiras no mercado gaúcho, primeiramente, com o Carrefour, depois com o grupo Sonae, que investiu pesado no setor tanto pela abertura de novas lojas como pelas fusões e aquisições de concorrentes.

O processo de concentração caracteriza-se por uma polarização, em direção aos grandes centros, havendo o domínio de poucas empresas.

De acordo com Labini (1980) a concorrência imperfeita e oligopólio diferenciado dentro da atividade varejista é bastante antiga, mas o oligopólio concentrado é a novidade, e é forma de mercado comum nas indústrias de países desenvolvidos, que passou a ser identificada também no comércio de produtos de consumo de massa, devido ao desenvolvimento das grandes redes de supermercados.

Portanto o presente trabalho indicou liderança de preços pelas redes maiores, em Porto Alegre, como também apontou para existência de uma estrutura oligopolizada fraca no setor de supermercados no estado do Rio Grande do Sul, onde as grandes redes conseguem de fato exercer o seu poder de mercado.

3 MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS Á GESTÃO EMPRESARIAL

a) Medidas Descritivas

I. Medidas de Têndencia Central

Uma Medida de Têndencia