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Nova Economia: Inclusão Digital e Impulso Democratizador

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Por:   •  2/10/2013  •  Artigo  •  655 Palavras (3 Páginas)  •  354 Visualizações

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Nova Economia: Inclusão Digital e Impulso Democratizador

Espartaco Madureira – fevereiro/2001

Globalização e Nova Economia são apenas novos termos para definir uma antiga

realidade. Na década de 1960 surgia a expressão global village, cunhada por Marshall

McLuhan, e a constatação de já sermos uma “aldeia global” e a revelação das inovações

tecnológicas como indutoras de novos mecanismos de desenvolvimento econômico e do

“processo civilizatório” da humanidade, já nos foi apresentada por Darcy Ribeiro.

Por outro lado, uma abordagem histórica poderia resgatar os primórdios da

“globalização” sob o comando de Alexandre Magno (que estendeu os domínios

macedônicos à Europa, África e Ásia). Ou, ainda, discutir os aspectos globalizantes do

processo helenizador do império romano, do mercantilismo das potências ultramarinas e

do imperialismo causador de duas grandes guerras mundiais no século passado.

Já, uma visão economicista poderia contribuir para reduzir e contextualizar o

termo “nova economia” por meio de uma análise detalhada das teorias do

desenvolvimento e dos ciclos econômicos e suas flutuações endógenas. Além de

apresentar didaticamente a perene relação existente entre fatores de produção, mercado,

taxa de juros e nível de emprego. Concluindo com uma discussão sobre a inter-relação

entre o animal spirit de Keynes e a destruição criadora de Schumpeter como

sustentáculos da atual volatilidade financeira e do desempenho das empresas de alta

tecnologia.

Dito isto, acho que podemos avançar na discussão sobre inclusão digital e

fortalecimento da democracia como etapas complementares e necessárias para a

legitimação do novo modelo de investimentos, de comércio e de relações entre agentes e

mercados.

A revolução da microeletrônica, a popularização da telefonia celular e o

crescimento de provedores e usuários da Internet (utilizando-se de correio eletrônico, do

e-commerce, e-gov, b2b, g2c etc) são os exemplos clássicos utilizados para demonstrar

as recentes mudanças, as crises e as oportunidades mundiais. Assim sendo, podemos

constatar que as inovações nas Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC)

são os novos lubrificantes dos velhos mecanismos econômicos.

Mas, assim como as TIC e a Internet, em especial, apropriam-se de um potencial

de modernidade e de incrementos de produtividade e de eficiência econômica,

simultaneamente, permitem a sustentação de uma utopia de interligação e de inserção

global, assim como do estabelecimento de uma democracia virtual, onde todos

poderiam ter acesso a informações, bens e serviços, bem como ter um espaço de livre

expressão e comunicação.

Este é o futuro e é a idéia subjacente à Internet – um mundo interligado de

cidadãos globais. E será ótimo.

Porém, como a sociedade brasileira é extremamente polarizada e complexa1,

vemos como a TIC pode ser “antropofagizada”, tanto em cases de sucesso como o

ReceitaNet e o ComprasNet, como

...

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