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O Critério básico para avaliar o valor de uma mercadoria é a sua utilidade essencial

Por:   •  28/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  292 Visualizações

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Universidade Federal do Pará - UFPA

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA

Faculdade de Ciências Econômicas - FACECON

Questão 1

a) O critério básico para avaliar o valor de uma mercadoria é a sua utilidade essencial, ou seja, o que ela oferece no sentido de satisfazer necessidades, anseios e desejos dos indivíduos. Tal utilidade é o que denominamos de valor de uso e trata-se de uma propriedade intrínseca à toda mercadoria.

b) O valor de troca é o valor relativo de uma mercadoria em relação a outras mercadorias em uma situação de troca. Ao contrário do valor de uso, o valor de troca não é intrínseco a uma mercadoria. Este permite determinar o valor de uma mercadoria em relação a outra mercadoria.

c) Marx ao buscar explicar a organização da atividade humana através do intercâmbio de mercadorias, identifica o trabalho como substância do valor. As mercadorias seriam, assim, incorporações do trabalho empregado em sua produção, o que ele definiu como valor. Logo, o valor seria o tempo de trabalho socialmente necessário para se produzir uma mercadoria. Nesse sentido, quando dizemos que uma mercadoria tem uma certa quantidade de valor, estamos dizendo que a sociedade dedicou uma certa quantidade de tempo de trabalho para a produção dessa mercadoria.

Questão 2

a) Marx nos alerta que duas mercadorias distintas, linho e casaco, exprimem dois papéis diferenciados. O linho mostra seu valor no casaco, o casaco serve como material para essa expressão de valor. Nesse contexto, a primeira mercadoria (linho) desempenha um papel ativo, em forma de valor relativo. Enquanto a segunda mercadoria (casaco) exibe um papel passivo, como equivalente, ou forma equivalente de valor (o que serve como material para a expressão de valor). Para Marx, a forma relativa e a forma equivalente do valor pertencem uma à outra, mas ao mesmo tempo são extremos que se excluem ou se opõem mutuamente, ou seja, são pólos da mesma expressão de valor . De acordo com a equação I, supõe-se que 1 casaco contém tanta substância de valor como 20 braças de linho, e que ambas as quantidades de mercadorias custam o mesmo trabalho ou a mesma quantidade de tempo de trabalho. Em suma, a forma equivalente ocorre quando o valor de uma mercadoria A é expresso no valor de uso de uma mercadoria B. Isto é, ao expressar uma mercadoria A (linho) seu valor no valor de uso em uma mercadoria diferente B (casaco), imprimi-se a esta última, uma forma peculiar de valor, a forma equivalente. Além disso, a forma equivalente de uma mercadoria é por conseguinte a forma de sua permutabilidade direta com outra mercadoria, visto que nenhuma mercadoria pode figurar como equivalente de si mesma.

b) A parti da análise da equação II, entende-se que o valor de uma mercadoria, no caso o linho, agora é expresso em inúmeros outras mercadorias. Verifica-se que qualquer outra mercadoria transforma-se em espelho do valor do linho. Assim, esse valor aparece pela primeira vez como a cristalização do trabalho humano indiferenciado. Uma vez que o trabalho que o gera agora é representado como trabalho assimilado a qualquer outro trabalho humano, isto é, trabalho humano abstrato. Marx analisa aqui o processo de equiparar as mercadorias não mais isoladamente, agora o linho está em relação social com o mundo das mercadorias. Vale ressaltar que  no itinerário que Marx percorre, está preparando o modo de demonstrar a forma-dinheiro, ou seja, a forma equivalente geral que se transforma em dinheiro. O autor explica-nos que a forma equivalente geral é uma forma de valor em si, que pode ser recebida por qualquer mercadoria. Além disso, a forma-dinheiro é um desdobramento da mercadoria, mas era um tipo específico de mercadoria que se tornou mercadoria-dinheiro, cumprindo uma função especificamente social, sendo historicamente consumada através do hábito social. A forma-dinheiro assume o papel de ser o equivalente geral no mundo das mercadorias.

Questão3

a) Como medida de valores e como padrão de preços, o dinheiro exerce duas funções inteiramente diferentes. É medida de valor por ser a representação social do trabalho humanO, padrão de preços por ser um peso fixado de metal. Ser medida de valor é uma função intrínseca do dinheiro-ouro; ser padrão de preços é uma função extrínseca ou convencional. Essa última, pelo fato mesmo de ser fixada, pode ser modificada, o que põe o problema permanente da "qualidade do dinheiro". Para Marx, a forma preço é uma determinação do valor, é a expressão relativa simples de valor de uma mercadoria A (linho), na mercadoria que já funciona como mercadoria dinheiro (ouro, por exemplo). A primeira função do dinheiro-ouro é representar os valores de todas as outras mercadorias. Essa função decorre imediatamente do fato de que é "equivalente geral". A expressão de valor de uma mercadoria em ouro é sua forma de dinheiro ou seu preço. Como não há necessidade da presença de ouro real nessa função do dinheiro, o preço é apenas uma forma monetária ideal ou imaginária.

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