O Mercado de Capitais
Por: Paloma Gonzaga • 5/11/2018 • Resenha • 1.595 Palavras (7 Páginas) • 229 Visualizações
- Fluxo Circular da Renda
O fluxo circular da renda se inicia com a participação de dois tipos de agentes: famílias e empresas. As famílias são as detentoras dos fatores de produção e as empresas que utilizam, por determinado preço, seus recursos. Quando se incorpora o processo de acumulação de capitais e dos fluxos de financiamento, teremos dois novos componentes: os bens destinados ao consumo e os bens destinados a acumulação.
A existência de bens destinados a acumulação nos leva a necessidade da utilização dos intermediários financeiros, surgindo, assim, os mercados financeiros. A necessidade da existência de bens públicos justifica a incorporação do governo ao fluxo.
- Moeda e Sistema financeiro
Podemos definir moeda como um conjunto de ativos financeiros de uma economia que os agentes utilizam em suas transações.
As características das moedas são: indestrutível, inalterável, homogênea, durável e transferível.
Já as funções da moeda são: instrumento de troca, reserva de valor e unidades de conta.
O sistema financeiro de um país é composto por: instrumentos financeiros, instituições financeiras e mercados financeiros.
- Instrumentos Financeiros
Os instrumentos financeiros são emitidos por instituições financeiras, empresas e governo, sendo que cada um possui características específicas de risco, liquidez e rentabilidade e pode ser classificado como instrumentos de propriedade ou de dívida.
Os instrumentos financeiros podem ser classificados como instrumentos emitidos por emitidos por instituições financeiras (depósitos a vista ou depósitos em conta corrente, depósitos a prazo, letras de câmbio e letras hipotecárias), instrumentos financeiros emitidos por empresas não financeiras (ações, debêntures e notas promissórias) e títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
- Instituições Financeiras
- Mercados Financeiros
Os mercados financeiros são aqueles em que os instrumentos financeiros podem ser transacionados. É composto por quatro segmentos: monetário, de capitais, de crédito e de câmbio.
- Intermediações e desintermediações financeiras
- Rentabilidade absoluta x rentabilidade relativa
- Rentabilidade esperada x rentabilidade observada
Rentabilidade observada: está relacionada com o conceito de passado. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento.
Rentabilidade esperada: é calculada como a média da rentabilidade observada. Representa uma expectativa (esperança) de retorno do investidor.
- Liquidez
Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro.
- Risco x Retorno
Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira para ir em busca de maiores retornos.
Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.
- Diversificação (Risco sistemático x risco não sistemático)
Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem em sua origem em fatores comuns a todos os ativos de mercado.
Risco não sistemático (ou específico): é a parte da volatilidade do ativo que tem em sua origem em características do ativo.
- Medidas de Risco (Variância, desvio padrão, correlação)
Sinônimo de volatilidade. Quanto maior o valor, maior o risco. Mede oscilação dos ativos.
Mensura a inter-relação entre duas variáveis. Oscila de -1 a 1. Quanto menor o índice, maior o grau de diversificação.
- Tracking Error
É dado pelo desvio-padrão das diferenças entre os retornos de um fundo e os retornos do seu benchmark em um determinado período. Quanto mais “volátil” forem as diferenças, maior será seu tracking error.
- Erro Quadrático Médio (EQM)
O erro quadrático médio é calculado pela media das diferenças ao quadrado entre os retornos de um fundo de seu benchmark.
- Índice de Sharpe
Mede o quanto o prêmio é recebido por risco assumido.
- Beta
Em relação ao coeficiente beta, este tornou-se uma medida popular de risco, pois simplifica o problema quando relaciona a variabilidade do retorno da carteira do mercado.
O beta pode assumir valores como: β > 1 → a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado;
β = 1 → a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado;
β < 1 → a carteira de ativos é menos arriscada que a carteira de mercado.
- Princípio da Dominância
O princípio da dominância diz que, para investimentos de mesmo retorno potencial, o investidor racional escolherá aquele que apresentar menor risco.
Em caso de investimentos com o mesmo risco o investidor racional escolherá o investimento de maior retorno.
- Duration de Macaulay
É o prazo médio ponderado do titulo de renda fixa. Em geral, quanto maior a duration mais cairá o preço do título, se a taxa de juros aumentar.
- Convexidade
Quanto maior a convexidade de um título, menor será seu efeito de mudanças em seu preço decorrente de variações da taxa de juros e vice-versa.
- Tipos de Risco
Risco de Liquidez: trata-se da dificuldade de vender um determinado ativo pelo preço e no momento desejado. A realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração substancial nos preços do mercado. Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores. Ex.: imóvel.
Risco de Crédito: está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo não pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma data acertada, seja este compromisso juros ou o principal. Ex.: títulos.
Risco País: o risco país tem sua origem na possibilidade de um país não honrar seus compromissos, ou seja, não ter capacidade de gerar recursos para o pagamento de suas obrigações com credores externos. O risco país também pode ser gerado pelo risco político ou soberano quando se criam restrições ao livre fluxo de capitais, impondo controles cambiais que impossibilitam a remuneração dos investidores externos. Ex.: golpes militares, políticas.
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