O Mercosul – Mercado Comum do Sul
Trabalho acadêmico: O Mercosul – Mercado Comum do Sul. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MaykonM10 • 21/7/2014 • Trabalho acadêmico • 1.985 Palavras (8 Páginas) • 512 Visualizações
RESUMO: O Mercosul – Mercado Comum do Sul – é um bloco econômico criado pelo Tratado de Assunção, em 1991, e conta atualmente com Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, mais recentemente, com a Venezuela como países-membros.
Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia participam como membros associados, ou seja, participam das reuniões, mas não possuem poder de voto. No entanto, o Equador já manifestou sua intenção de se tornar um membro efetivo do bloco, o que deve ocorrer nos próximos anos após a realização de ajustes em sua legislação. Além desses países, o México participa apenas como membro observador.
I N T R O D U Ç Ã O
A instituição do Mercosul foi a mais ambiciosa ação em favor da integração econômica
dos países do Cone Sul. Inicialmente, o Mercosul mostrou-se bastante promissor como
mecanismo facilitador e indutor do comércio regional. A prova disso é que o volume de
trocas aumentou de 8,2 bilhões de dólares americanos, em 1990, para 41,4 bilhões de
dólares americanos, em 1997. Embora a fase inicial do Mercosul tenha sida bem-sucedida, a fase seguinte , a partir de 1997, foi menos animadora em razão das
dificuldades econômicas dos países-membros do bloco.
No caso específico da Argentina e do Brasil, que são as duas maiores economias,
vigorosas políticas econômicas liberais, associadas à adoção de câmbio do tipo crawling
peg, criaram um quadro pouco favorável à integração regional devido aos crescentes
déficits comerciais e ao endividamento interno e externo. A situação tornou-se
circunstancialmente insustentável, levando o Brasil a mudar radicalmente sua política
econômica e cambial em 1999, acarretando fortes reflexos sobre os fluxos comerciais
intra-bloco.
A Argentina, por sua vez, resistiu inicialmente às mudanças, mas viu-se obrigada a fazê-
las num quadro econômico e social muito mais difícil, comprometendo ainda mais o
processo de integração. Entre 1997 e 2003, houve retração do volume de trocas, de cerca
de 38%.
A redução do comércio regional levantou a suspeita de que a integração regional
assentava-se em bases frágeis. De fato, os fluxos de comércio intrabloco, em relação ao
PIB regional, sempre foram bastante modestos, tendo atingido, em 2003, menos de 4%.
Desde o início, o Mercosul criou expectativas de que poderia favorecer os mercados de
trabalho, o que despertou a atenção de vários segmentos da sociedade. Os impactos do
Mercosul para o emprego são, no entanto, pouco conhecidos, e do pouco que se sabe, os
efeitos são tímidos. Vários fatores concorreriam para tal, a saber: elevadas assimetrias
econômicas e sociais, baixas taxas médias de crescimento do PIB per capita e baixo nível
do PIB per capita, e pequeno volume de comércio intrabloco. Todos esses fatores
inibiriam a integração econômica e, por conseguinte, o mercado de trabalho.
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O Mercosul foi implantado simultaneamente à liberalização comercial, o que traz
dificuldades para a identificação dos seus efeitos no mercado de trabalho, e a década de
1990 foi marcada por várias reformas econômicas e institucionais que afetaram
fortemente o mercado de trabalho, trazendo, também, dificuldades para se identificar os
efeitos do Mercosul sobre variáveis como emprego, salário e pobreza.
As legislações trabalhistas também passaram por mudanças simultaneamente à
implantação do Mercosul, acentuando as dificuldades de identificação e, por fim,
ocorreram problemas de compatibilização de estatísticas.
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H I S T O R I A
A ideia de uma integralização entre os países da América do Sul já havia sido estudada por Simon José Antônio de la Santíssima Trindad Bolívar y Palacios, ou Simon Bolívar, no século XIX. Ele foi um militar e líder da Venezuela. Revolucionário, peça fundamental para a independência venezuelana. A união entre as nações da América seria chamada de pan-americanismo. Ele nada mais é que um acordo diplomático, político e de cooperação entre os estados americanos em vários segmentos do interesse comum.
O Protocolo de Ouro Preto serviu para o estabelecimento das diretrizes básicas do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Ele é o complemento e, uma das vertentes, do Tratado de Assunção. Apenas foi chamado assim por se suceder na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. A partir daí, o MERCOSUL ganha uma personalidade jurídica. Significa que, agora, o mercado possui uma legislação interna e é capaz de direcionar os integrantes.
Em 1996, é fechado mais um acordo. Esse, que consiste na Declaração Presidencial sobre Consulta e Concentração Política dos Estados Parte do MERCOSUL. Além disso, firmaram com o Chile e Bolívia a Declaração Presidencial Sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL. O Mercado Comum do Sul firmou aliança com esses dois países, que não fazem parte da instituição. De acordo com especialistas, esse fato ocorreu juntamente com o golpe de estado no Paraguai.
No ano de 1998, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, agora, membros oficiais do Mercado Comum do Sul, firmam outro contrato com Chile e Bolívia, o Protocolo de Ushaia. No tratado, executado na Argentina, o MERCOSUL decreta um compromisso democrático entre eles e os associados.
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