O Monopólio
Por: ofessse19 • 7/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.874 Palavras (8 Páginas) • 188 Visualizações
Monopólio
Segundo (Samuelson, 1999) Monopólio é uma das classificações dos mercados imperfeitamente concorrenciais e é um caso extremo de concorrência imperfeita. Corresponde a um e único vendedor com o controle total sobre um ramo de actividade e não existe outro sector a produzir um produto substituto próximo.
Os verdadeiros monopolistas hoje em dia são raros, a maior parte deles persistem devido a alguma forma de regulação ou proteção governamental. Exemplo, uma companhia farmacêutica que descobre um novo medicamento para curar uma certa epidemia, será protegido por uma patente que lhe dá o controle de monopólio sobre essse medicamento durante um certo período, casos de serviços locais concessionados, como a empresa que fornece água, luz, gás nas residencias.
Monopólio puro
De acordo com (Salvatore, 1984 ), monopólio puro se refere á forma de organização do mercado na qual existe uma única empresa produzindo mercadorias para qual não há substitutos próximos. RMg Uma estrutura de mercado é caracterizada como sendo de monopólio quando temos as seguintes condições: Sao exemplos de monopólios os serviços oferecidos pela CFM, EDM, entre outros. Esse tipo de monopólio é estabelecido por concessão do sector público. Este de mercado é um caso extremo da concorrência imprefeita e tem como condição essêncial para a sua existência a protecção governamental (Samuelson, 1999). No monopólio, a curva da demanda equivale a curva da receita média e a curva da oferta equivale a curva de custos marginais (Pindyck,1999). Equilibrio à curto prazo No monopólio o lucro é maximizado a curto prazo, quando a receita marginal iguala-se ao custo marginal (Pindyck,1999). RMg = CMg [pic 1] Figura 2.2.1. Maximização do lucro no Monopólio Fonte: Pindyck & Rubinfeld. Microeconomics. 1997. Página339 Se a empresa produzir uma quatidade menor, digamos Q1, então ela estaria sacrificando parte dos seus lucros, pois a receita extra, que poderia estar sendo obtida com produção e venda de quantidades entre Q1 e Qx, excederia o seu custo de produção. De modo semelhante, um aumento no nível de produção de Qx para Q2 resultaria em uma redução dos lucros já que o custo adicional excederia a receita adicional. [pic 2] Figura 2.2.2. Ineficiência Monopolistica Fonte: Pindyck & Rubinfeld. Microeconomics. 1997. Página 337 Equilibrio à longo prazo A longo prazo a empresa monopolista permanecerá no ramo somente se puder obter lucros (ou pelo menos atingir o ponto critico) produzindo na faixa optima com a planta de escala mais apropriada. O nível óptimo de produção a longo prazo é dado pelo ponto onde a curva de custo marginal a longo prazo intercepta a curva da receita marginal. A escala de planta mais apropriada é aquela em que a curva de custo médio de curto prazo é tangente a curva de custo médio a longo prazo no nível óptimo de produção (Salvatore,1984) .
[pic 3]
Figura 2.2.3.Equilibrio à longo prazo no monopólio
Fonte: Salvatore. Microeconomia. 1984. Página324
Em razão dessas vantagens, o monopólio pode apresentar lucro maior que outros sectores.
Nesse sentido, é interessante distinguir lucro normal e lucro extraordinário:
- Lucro normal: Inclui a remuneração do empresário e o seu custo de oportunidade;
- Lucro extraordinário: Situação do monopólio que permite ao monopolista auferir um lucro acima do lucro normal (Guerreiro).
Vantagens e desvantagens do Monopólio
Como vantagem a produção em larga escala, reduz custos, que se repassados aos consumidores beneficiará a coletividade;
O Monopólio tem como desvantagens:
- Possibilidade de ineficiência da firma monopolista e até falta de estímulo para melhoria dos métodos produtivos;
- Limitação imposta aos consumidores quanto às oportunidades de compra e escolha;
- Preços abusivos eventualmente fixados ao consumidor que, em conseqüência, traduziriam-se como lucros elevados ao monopolista (Guerreiro).
Discriminação de preços e poder no mercado
Segundo (Pindyck, 2006), muitos sectores tem poucos produtores, de tal modo que cada produtor tem algum grau de poder de monopólio. O problema enfrentado pelos gestores das dessas empresas é como utilizar seu poder de mercado de forma mais eficaz. Eles devem determinar os preços que serão estabelecidos, a quantidade dos factores de produção e os níveis de produção, tanto no curto como no longo prazo, vizando a maximização de lucro.
Para as empresas que possuem poder no mercado (monopólio) enfrentam muitas dificuldades em relação as empresas perfeitamentes competitivas, uma vez que estas, por definição, não possuem nenhuma influência sobre os preços de mercado, apenas precisam preucuparem-se com os custos das operações da empresa, optando por níveis de produção de modo que os preços sejam iguais aos custos marginais ( P = CMg). Por outro lado, as empresas com o poder de monopólio, os gestores devem também se preucupar com as características da demanda, pois mesmo que decidam estabelecer um único preço para a produção da empresa, devem obter pelo menos uma estimativa aproximada da elasticidade da demanda para poder determinar qual deve ser o preço praticado e seu correspondente nível de produção, acrescenta ( Pindykc, 2006).
A discriminação de preços, estabelece preços diferentes para clientes diferentes, o problema que se coloca consiste em identificação dos diferentes clientes e em conseguir que paguem preços diferentes.
Para o (Salvatore, 1984), o monopólio pode aumentar sua receita total e seus lucros para um determinado nível de produção, praticando a discriminação de preços. Uma forma de discriminação de preços ocorre quando o monopólio estabelece preços diferentes para a mesma mercadoria em mercados diferentes , de tal forma que a última unidade da mercadoria vendida em cada mercado dá a mesma RMg ( discriminação de preço de terceiro grau, RMg1=RMg2=CMg),.
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