O Trabalho FEB

Houve um descompasso entre o volume de lucro obtido com a exploração de Pau Brasil e a lógica econômica portuguesa, visto que mesmo com todo o Pau Brasil sendo absorvido pelos comerciantes europeus, os portugueses não se preocuparam com a produção desse material para garantir a rentabilidade desse comércio na europa, se atendo unicamente à exploração dele e à rentabilidade do comércio português com o oriente, que evidentemente trazia lucros muito maiores, mas que torna evidente que a falta de lógica nessa economia impediu uma continuidade em estabelece  r uma produção de Pau Brasil e dess comérceio bastante lucrativo.

Sim, pois se tratava de uma produção muito irregular e que enfrentava problemas em seu funcionamento como ataques dos índios e incursões dos corsários, e a partir disso surge a idéia de que se não houvesse apenas uma exploração mas também uma produção de maneira lógica do Pau Brasil essa renda de 20 quintais( 80 mil réis) por ano poderia ser muito maior.

Os poucos reflexos socio-econômicos na América Portuguesa da exploração do Pau Brasil se deram devido majoritariamente ao desinteresse da colônia portuguesa em produzir o Pau Brasil para continuar a exportação e aumentar os seus lucros o que acabou por não gerar um olhar atrativo da população portuguesa em se mudar de vez para a América Portuguesa. E foi justamente o contrário o que acabou acontecendo, já que os que vinham vinham apenas para explorar e alguns que acabavam por ficar aqui, os chamados Cristãos Novos, eram motivados única e exclusivamente por medo da inquisição.  

Sim, pois esses números expressivos foram obtidos em apenas de 30 a 40 anos no início da colonização, algo que nos remete ao arcaísmo do pensamento português na sua proposta de exploração da América Portuguesa levando-nos a crer que caso tivesse ocorrido uma exploração e produção lógicas por parte dos portugueses esses números e consequentemente os lucros poderiam ter sido muito maiores.

O fato de o Pau Brasil e a mineração serem elementos de exploração e a cana-de-açúcar ser um elemento de produção e possuirem, portanto, lógicas e formas de exploração e produção completamente distintas; a rentabilidade desses elementos para a coroa portuguesa e a forma de utilização dessas rendas; e por fim se tratando de ciclo, se pressupoe um inicio um meio e fim para cada um desses elementos em termos de exploração e produção e é de senso comum que a exploraçao de Pau Brasil, de cana-de-açúcar e do ouro não se acabam, onde na verdade se tem um período de apogeu em que não se tem uma continuidade devido a falta de uma lógica de produção.