O desenvolvimento do modelo atual de globalização

Ao longo da história da sociedade, a globalização, de uma forma ou de outra sempre esteve presente. Antigamente, por exemplo, através da navegação os povos já demonstravam interesse na busca de novos mercados e do intercambio cultural. A partir deste período,muitas coisas aconteceram para chegarmos até o modelo de globalização atual.

Viu-se o surgimento do Neoliberalismo, que foi definido em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow. Porém o movimento só ganhou visibilidade na segunda metade do século XX, principalmente a partir da década de 80 onde o modelo capitalista começava a se sobressair em relação ao socialismo. A principal característica deste fato, foi o grande aumento da concorrência comercial.

Em 1989, durante o Consenso de Washington, a líder do Reino Unido e o presidente dos Estados Unidos, apresentaram os mecanismos do Neoliberalismo para todos os países. Defendiam principalmente que os investimentos deveriam ser direcionados para as empresas. Pois, segundo eles, com o desenvolvimento das empresas, surgiriam mais empregos e salários melhores. Recomendavam também, que os países se apoiassem nos 3 principais ingredientes do movimento, que eram, a abertura dos mercados, a redução do papel do estado e o estímulo para a entrada de capital estrangeiro.

A abertura dos mercados foi muito importante para as empresas ampliarem o seu campo de atuação, sendo favorecidas aquelas mais estruturadas e que continham maiores recursos para pesquisas relacionadas principalmente ao desenvolvimento tecnológico.

Um ponto fundamental apresentado foi a redução o papel do Estado criando o menor número de barreiras possível e deixando a economia fluir com o mínimo de interferência possível. Além disto, o Estado deveria também, criar atrativos para a entrada de capital estrangeiro.

O movimento proposto teve seu grande impulso na 3ª revolução industrial, com o processo de informatização dos meios de produção, das tecnologias industriais e o grande avanço dos meios de comunicação aliados ao desenvolvimento da internet. Assim a globalização caminhou de maneira muito rápida até os dias atuais.

As empresas já não tinham mais a necessidade de estar sempre perto dos seus consumidores, geralmente nos grandes pólos. As multinacionais entraram num processo de expansão e de maior concentração do capital. Percebe-se também o surgimento de novas marcas mundias avançando na maioria dos países. As fusões e incorporações também caracterizavam o momento.

Tudo isto parecia ser na teoria, como o melhor modelo para a economia da sociedade, porém, pelo que percebemos atualmente, as coisas não caminham bem em todas as áreas. Segundo estudos do Banco Mundial, na mesma proporção que cresce a geração de riqueza, cresce também a taxa de pobreza. E a projeção é a de que esta diferença continue pelos próximos anos, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso da América Latina.

Para avaliar como a globalização afetou o crescimento econômico, a pobreza e a distribuição de renda, Dollar e Kraay (2001) reuniram dados de um grupo de mais de cem países. Eles foram divididos em três grupos: países ricos, países inseridos no processo de globalização (“globalizers”), e países não inseridos na globalização (“non-globalizers”.

Os países inseridos na globalização