O papel das revoluções científicas na aceleração do progresso tecnológico
Artigo: O papel das revoluções científicas na aceleração do progresso tecnológico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marinatfb • 16/5/2014 • Artigo • 488 Palavras (2 Páginas) • 221 Visualizações
De acordo com Thomas Kuhn, “pequenas revoluções cientificas” se dão com mudanças de paradigmas. Há pequenas descobertas dentro de um mesmo modelo ate que haja uma nova descoberta que inicie uma nova base teórica”. Esse turning point que Thomas Kuhn se refere é a quebra entre a primeira e a segunda revolução. Nessa nova fase inovações passam ter embasamento teórico, desenvolvendo padrões, o que torna o avanço tecnológico muito mais rápido. Além disso, a segundo revolução é marcada pelo reflexo da Inglaterra nos outros países. Usando de exemplo o grande sucesso da industrialização inglesa, outros países copiavam seu modelo para alcançar o mesmo sucesso em menor tempo, isso ocorre devido a utilização do estoque e conhecimento teórico já consolidado, de modo a se tornar mais rápida sua aplicação pratica.
A Segunda Revolução Industrial foi marcada principalmente pelo reflexo do sucesso da industrialização inglesa nos outros países. Países como Alemanha e Japão passaram a usar o modelo inglês como base para a sua própria industrialização no intuito de atingirem o mesmo sucesso que a Inglaterra. Devido à utilização do estoque e conhecimento teórico já consolidado, sua aplicação foi bem mais rápida. Esse processo de catching-up tecnológico foi adotado pelos dois, mas como cada um se encontrava em um ambiente social distinto, suas trajetórias foram diferentes.
Na Alemanha e no Japão, o desenvolvimento se deu num cenário de poder centralizado, forte interferência do Estado na economia e grande estímulo a monopólios. Para acelerar seu crescimento econômico, ambos os Estados começaram a subsidiar as iniciativas privadas nacionais, como as redes de transporte, que se tornam extremamente importantes para a industrialização.
No caso do Japão, após 200 anos de isolamento econômico, ele se encontrava tecnologicamente e cientificamente atrasado, sem moeda própria, dificultando o crescimento do comércio. Com a Era Meiji, houveram mudanças na estrutura social, no qual possibilitava a mobilidade social. Ocorreu também a inovação científica e tecnológica, o desenvolvimento dos recursos humanos e a adoção de um sistema monetário. O pensamento nacionalista dos japoneses, na qual eles se sentem no dever de ajudar o seu país, e a busca por reconhecimento fez com que o Japão progredisse rápido. Os Zaibatsus, famílias importantes japonesas que tinham posse de grandes empresas, tinham o apoio do governo que lhes davam vantagens competitivas, o que demonstra intervenção do governo na economia.
Já os Estados Unidos, apesar de terem tido uma conjuntura institucional inicial de industrialização liberal, assim como a Alemanha, a partir da década de 1870 esses países, incluindo também o Japão, tomaram medidas protecionistas para beneficiar ramos da indústria, projetos de infraestrutura e setor bancário.
Nesse aspecto, a segunda revolução industrial teve como consequência a baixa dos custos de escoamento e uma grande evolução nos transportes e canais de comunicação. Portanto, o fato de possuir uma maior mobilidade, por exemplo, com a ampliação das malhas ferroviárias e das frots de navios, abriu possibilidade de alocações mais eficientes, melhoras na produtividade, maiores investimentos e consequentemente, aumento da riqueza.
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