OS CENÁRIOS MACROECONÔMICOS PARA O PERÍODO 2020-2031.
Por: Tiago Pereira • 10/12/2020 • Seminário • 1.777 Palavras (8 Páginas) • 199 Visualizações
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Boa noite!
O seminário vai ser apresentado por Rodrigo Maciel, Thiago Pereira e Willian Neres.
Vamos apresentar sobre a nota técnica que o IPEA publicou no 4º trimestre de 2018. O título é: OS CENÁRIOS MACROECONÔMICOS PARA O PERÍODO 2020-2031.
Os autores dessa nota técnica são: Marco Antônio Cavalcanti e José Ronaldo Souza Júnior.
O IPEA é o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Suas atividades de pesquisa fornecem suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros.
SLIDE 2 – PARA QUÊ PROJETAR O FUTURO DA ECONOMIA?
- Cenários de longo prazo podem ser uma ferramenta importante para a avaliação de custos, benefícios e riscos macroeconômicos de alternativas de política econômica.
- Melhor entendimento das possibilidades e das limitações ao crescimento potencial do país.
SLIDE 3 – CENÁRIO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
- Desajuste fiscal estrutural, ou seja, por seguidos anos o governo gastou mais do que arrecadou e isso colocou o endividamento público em trajetória explosiva;
- Baixa eficiência dos gastos públicos;
- Arcabouços regulatórios e institucionais com efeitos perversos sobre a atividade econômica como, por exemplo, a dificuldade em atrair investimentos nacionais e estrangeiros.
- Também temos a Rápida transição demográfica, resultante de uma combinação de quedas contínuas da fecundidade e o envelhecimento da população, que acarretam em importantes desafios na esfera previdenciária e de gastos públicos com saúde, entre outros.
- A Emenda Constitucional (EC) nº 95/2016, que cria o teto dos gastos públicos, foi a forma encontrada pelo governo para fazer um ajuste gradual por meio da contenção dos gastos.
SLIDE 4 – O QUE PODE SER ALTERADO?
- Realização de reformas que permitam conter o crescimento explosivo da dívida pública, propiciando as condições mínimas requeridas para a estabilidade macroeconômica.
- Remover distorções microeconômicas e gargalos estruturais que impeçam a elevação sustentada do investimento e da produtividade geral da economia.
SLIDE 5 – CONTEXTO EXTERNO ATUAL
Qualquer que seja a trajetória escolhida para o Brasil, a economia mundial oferece riscos exógenos. Recentemente, tem surgido preocupações em relação à possibilidade de uma desaceleração do crescimento global.
Além disso, há também uma preocupação importante acerca da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e outros países.
Também tem-se uma preocupação com a desaceleração mais intensa da economia chinesa poderia ter impactos diretos sobre o Brasil, porque o país asiático é o maior comprador das exportações brasileiras.
SLIDE 6 – CONTEXTO EXTERNO PROJETADO NESTA NOTA TÉCNICA
- Supõe-se que o cenário internacional seja neutro, não ajudando nem atrapalhando de forma significativa a evolução das variáveis domésticas.
- Isso significa assumir que os preços de commodities se manteriam relativamente estáveis em torno dos níveis atuais;
- que as taxas de juros internacionais, apesar de crescentes, se estabilizariam em níveis inferiores aos que prevaleceram até a crise financeira internacional;
- que os fluxos de capital também se manterão estáveis.
- Significa assumir também que a China será capaz de promover uma transição suave de seu regime econômico, o que traz implícita a hipótese de que a tensão comercial associada à guerra de tarifas tende a diminuir.
O objetivo da nota técnica é avaliar os resultados alternativos de escolhas que dependem apenas de escolhas de política feitas internamente. No entanto, é importante frisar que uma eventual crise externa poderia ter impactos negativos mais intensos no caso do cenário interno de deterioração fiscal, em que o País estaria mais vulnerável.
SLIDE 7 – CENÁRIOS ANALISADOS
Com o intuito de estudar o panorama da economia brasileira no período 2020-2031, os autores desta nota técnica propuseram 3 cenários de como estará a economia brasileira levando em consideração a aprovação ou não de reformas econômicas.
- 1) Cenário de referência
- 2) Cenário transformador
- 3) Cenário de desequilíbrio fiscal
- Estes se diferenciam pelo grau de avanço na adoção de uma ampla gama de medidas com os impactos esperados sobre o crescimento potencial do país.
Vamos detalhar agora cada um desses cenários.
SLIDE 8 - 1) CENÁRIO DE REFERÊNCIA
- No campo da MACROECONOMIA teríamos a aprovação das reformas requeridas para o equilíbrio fiscal de longo prazo o que possibilitaria a gradual convergência da economia para uma trajetória de crescimento balanceado;
- Já no campo da MICROECONOMIA supõe-se avanço modesto na adoção das reformas microeconômicas de modo que não haveria ganhos significativos em termos de produtividade e de crescimento no longo prazo;
- Supõe-se também projeções conservadoras para o crescimento da escolaridade e do capital humano.
SLIDE 9 – TABELA
Na tabela vemos a projeção dos autores da nota técnica dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) e do PIB per capita no período que vai de 2020 à 2031.
Como apontado pelos autores, neste cenário de referência, o PIB brasileiro teria crescimento modesto, com média 2,2% ao ano.
SLIDE 10 – PROJEÇÕES FISCAIS NO CENÁRIO DE REFERÊNCIA
- Essas medidas, no entanto, não seriam suficientes para reverter a trajetória de alta da dívida de forma sustentável e crível sem a contenção estrutural do crescimento dos gastos.
- A dinâmica demográfica prevista para os próximos anos e décadas causaria elevações sistemáticas dos gastos públicos com transferências de renda, caso não sejam alteradas as regras atuais de seguridade social.
- A obtenção de receitas extraordinárias, por meio da venda de ativos (estatais e imóveis, por exemplo) ou de leilões de concessão ou de partilha (por exemplo, de petróleo), poderia acelerar a redução do endividamento e, por conseguinte, as despesas com juros e o deficit nominal.
SLIDE 11 - PROJEÇÕES FISCAIS NO CENÁRIO DE REFERÊNCIA
- O crescimento moderado combinado com a estratégia gradual de ajuste fiscal, baseada apenas na contenção do crescimento dos gastos públicos, faria com que o nível de endividamento ainda demorasse alguns anos para reverter a trajetória de alta.
SLIDE 12 – 2) CENÁRIO TRANSFORMADOR
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